"Pela
primeira vez acreditamos que podemos declarar o começo do fim da pandemia de
sida", disse à imprensa Diane Havlir, professora de Medicina da
Universidade da Califórnia de San Francisco (Califórnia, oeste), e copresidente
da Conferência da sida de 2012.
O mesmo optimismo
é compartilhado por Anthony Fauci, director do Instituto Nacional de Alergias e
Doenças Infecciosas (NIAID): "Começamos realmente a dar-nos conta de que é
possível actuar na transmissão e mudar a trajectória da pandemia (...),
inclusive que (ainda) não haja cura", explica à AFP. (RM/Reflectindo sobre Moçambique)
O virólogo baseia
as suas esperanças, sobretudo, nos recentes resultados de testes clínicos que
revelam que os antirretrovirais também permitem reduzir fortemente o risco de
transmissão em pessoas saudáveis, e não apenas controlar o vírus naquelas que
estão infectadas.
Para o doutor
Gottfried Hirnschall, encarregado do relatório sobre a sida da Organização
Mundial de Saúde (OMS), isto "estará, provavelmente, o centro das
conversas da conferência".
Esta será a
primeira vez desde 1990 que a conferência bianual, a número 19, será realizada
nos Estados Unidos, depois da anulação de uma lei que proibia o acesso de
soropositivos ao país.
A proibição foi
anulada pelo Congresso em 2008 e o texto, promulgado pelo presidente Barack
Obama em 2009. "Reverter a tendência da pandemia para termos uma geração
livre da sida", é o tema principal da conferência, que reune de 22 a 27 de julho 25 mil
participantes, entre personalidades políticas, artistas, pesquisadores e
activistas.
Além o
ex-presidente Bill Clinton (1993-2001), e sua esposa, Hillary, secretária de
Estado americana, também participam personalidades como Elton John e Bill
Gates, ou cientistas de renome, como a prêmio Nobel de Medicina Françoise
Barre-Sinoussi, que, ao lado de Luc Montagner, descobriu o vírus da sida.
Estima-se que 34
milhões de pessoas vivam com sida no mundo. Cerca de 30 milhões de pessoas
morreram desde o início da doença, há mais de três décadas, e cerca de 1,8
milhão morrem todos os anos vítimas da doença.
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