– acusa a Renamo reunida em Conselho Nacional em Nampula
“A Frelimo é um grupo de bandidos, terroristas que enchem votos nas urnas” – Afonso Dhlakama
“No dia 8 de Março de 2012, a Frelimo libertou o machado de guerra, desenterrando-o com o ataque a Renamo” – Lúcia Afate, delegada política provincial da perdiz em Nampula
“O
ataque à Renamo foi um crime organizado que resultou em viúvas e
órfãos. A Renamo é uma pedra no sapato do senhor Guebuza e do seu
partido” – Albino Faife Muchanga, presidente da Mesa da Assembleia do Conselho Nacional da Renamo
Nampula
(Canalmoz) – Arrancou ontem, na cidade de Nampula, a primeira reunião
do Conselho Nacional do partido Renamo, desde a sua eleição no 5°
Congresso, realizado em 2009 nesta mesma cidade. O evento começou com
fortes declarações, centradas no partido Frelimo chegando-se ao ponto de
acusar Armando Guebuza e o Partido Frelimo de estarem a saquear as
riquezas minerais do país.
A
cerimónia de abertura contou com três intervenções. Lúcia Afate,
delegada política provincial da Renamo em Nampula, foi a primeira a
tomar a palavra. Disse a certa altura que “no dia 8 de Março de 2012 a
Frelimo libertou o machado da guerra, desenterrando-o com o ataque à
Renamo”. Mandou, entretanto, um recado ao Partido Frelimo dizendo: “tudo
o que tem princípio tem fim, e a Frelimo não é excepção”. Não explicou
onde queria chegar com isso.
Por
seu turno, Albino Faife Muchanga, presidente da Mesa da Assembleia do
Conselho Nacional da Renamo, tratou de diversos temas que dominam a
actualidade em Moçambique. Falou do crime organizado nas formas de
assassinatos e sequestros que enfermam a capital do país. Falou da
descoberta de recursos naturais, aludindo que os mesmos estão a ser
saqueados pelo presidente da Frelimo e da República e pelos seus
próximos.
Entende
o presidente da Mesa da Assembleia do Conselho Nacional da Renamo que o
facto de o então movimento beligerante ter levado a Frelimo a rubricar o
Acordo Geral da Paz há 20 anos pode, na actualidade, obrigá-lo a dar
rumo diferente à governação, à democracia e à paz.
“A
Frelimo considera a Renamo um inimigo a abater. O ataque a Renamo foi
um crime organizado que resultou em viúvas e órfãos. A Renamo é uma
pedra no sapato do senhor Guebuza e o seu partido”, disse.
Tal
como os seus correligionários, Dhlakama não teve mãos a medir para
falar da Frelimo chegando mesmo a acusar o partido liderado por Aermando
Guebuza de ser um grupo de bandidos. “A Frelimo confunde Nachingweia
com Maputo. A Frelimo é um grupo de bandidos, terroristas que enchem
votos nas urnas”.
Aos
jovens, o líder da Renamo lançou um apelo: “na Renamo os jovens não
estão para aumentar o número de membros, mas, sim, para assegurar o
futuro da Renamo e do país. O poder deve passar para a juventude”. Não
referiu se ele próprio está disposto a passar o poder à juventude na
própria Renamo.
Esta
primeira reunião do Conselho Nacional da Renamo como nos foi dito,
deverá discutir, dentre várias questões, os procedimentos a serem
aplicados no estabelecimento de Conselhos Provinciais, Distritais e dos
Postos Administrativos, e “a preparação da grande revolução popular”,
entre outros assuntos.
Este
encontro de dois dias junta 100 delegados em representação de todas as
províncias do país, bem como deputados da Assembleia da República,
membros das Assembleias Provinciais e Municipais, para além de quadros
seniores do partido Renamo. (Aunício da Silva)
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