O
presidente em exercício da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa
(CPLP), o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, não estará
presente na cimeira da organização, que tem lugar esta sexta-feira, em
Maputo, por alegadamente ter uma agenda superlotada. Em sua
representação enviou o seu vice-presidente.
Assim,
o presidente moçambicano, Armando Guebuza, que vai assumir a
presidência rotativa a partir de amanhã, não vai receber o testemunho do
seu homólogo e predecessor. E mais: não haverá o habitual e a breve
troca de experiência que caracteriza os processos de transferência de
poderes em organizações desta natureza.
Esta
ausência acontece numa altura, particularmente, decisiva para a
organização, já que Angola não deve passar o testemunho na presidência
da CPLP a Moçambique, mas a organização deve eleger o seu novo
secretário-executivo, que também será moçambicano, e decidir pela
aceitação ou não da Guiné Equatorial como membro de pleno direito.
Entretanto,
não é apenas o presidente da CPLP que se vai furtar da reunião de
Maputo. As Nações Unidas, que habitualmente enviam um representante na
pessoa do seu secretário-geral ou outro quadro sénior, também não
poderão vir a Maputo. E, agravante, nem a União Africana, o maior órgão
continental, far-se-á representar no encontro desta sexta-feira.
Mas
já se encontra em Moçambique o presidente de Portugal, Cavaco Silva; de
Timor-Leste; Taur Matal Ruak, entre outros representantes de
delegações, embaixadores e técnicos.
Orçamento da CPLP
Outro
assunto que deverá merecer atenção dos chefes de Estado e de governo é a
necessidade de aumentar o orçamento da organização na ordem de 29%, que
neste momento é de 1.6 milhão de euros, ou seja, o orçamento passará
para 2.064.000 de euros, caso os chefes de Estado ratifiquem a resolução
discutida nas reuniões preparatórias.
Na
mesma sessão, os chefes de Estado e de Governo vão, na sessão de
amanhã, condecorar Malam Bacá Sanhá, antigo presidente da Guiné-Bissau, e
Aristides Pereira, primeiro presidente de Cabo Verde.
O nosso kota ja deu conta de que nao conseguiu gerir o seu certificado de arquiteto da paz,se fosse inteligente ou tivesse conselheiros de verdade,deixaria a presidencia da repuplica quando morre o savimbi, e dedicar-se ao trabalho da uniao Africana e da cplp,assim nao o fez,acabou de pintar todo bem que ele fez.
ResponderEliminarEsta falta de comparência de José Eduardo dos Santos 'a Maputo foi debatida ONTEM no habitual programa aos domingos da STV. Os mais badalados comentaristas da praça maputense repudiaram a agenda "muito preenchida" que Zedu tem para "gazetar" a cimeira da CPLP. Estas recorrentes ausências já levou mesmo estes a pensar que a CPLP como "não comunidade dos povos" e que só serve aos chefes de estado e de governo. Se estes que acharem mal servidos, não vão ou mandam seus adjuntos.
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