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sábado, 27 de agosto de 2011

Pio Matos cede a pressão

Edil de Quelimane poderá avançar como independente
Por Raul Senda
Depois dos presidentes das autarquias de Cuamba, Arnaldo Maloa, e de Pemba, Sadique Yacub, abdicarem dos seus tronos, esta terça-feira, Pio Matos, edil de Quelimane, rendeu-se à pressão partidária e apresentou à respectiva Assembleia Municipal a carta de renúncia do seu mandato, volvidos aproximadamente dois anos e meio no poder. Com o abandono de Pio Matos sobe para três o número de edis que abandonaram os cargos esperando-se que nos próximos dias juntem-se os presidentes dos municípios de Chókwè e Manhiça.
À comunicação social, Pio Matos declinou avançar os motivos que o levaram a renunciar, devendo fazê-lo nesta quinta-feira na sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Quelimane expressamente convocada para o efeito.

Porém, o SAVANA sabe que sobre Pio Matos pesam acusações de uma gestão danosa da capital de Zambézia e “desentendimentos insanáveis” com alguns membros da Frelimo naquele ponto do país. Aliás, quase todos os presidentes convidados a renunciar são acusados de uma gestão danosa das autarquias e resistências às constantes intromissões do partido na gestão municipal. Mas em declarações a AFP nesta quarta-feira, Pio Matos precisou que tinha razões pessoais para abandonar o cargo e negou que tenha sido pressionado pelo seu partido.
“Se continuasse no cargo com esses problemas (pessoais) teria afectado o meu desempenho”, disse, observando que não era nem doença ou problemas familiares. Garantiu que tem intenções de prosseguir as suas actividades políticas dentro da Frelimo.
Contudo, uma fonte próxima de Pio Matos garantiu ao SAVANA que o edil pondera avançar como independente nas eleições intercalares. Este era o terceiro mandato de Pio Matos no município de Quelimane.
Lembre-se que Arnaldo Maloa, edil de Cuamba foi o primeiro presidente do município a renunciar publicamente o seu cargo. Na sua justificação Maloa explicou que renunciou ao mandato por razões profissionais, pois foi-lhe atribuída uma bolsa de estudo e prefere seguir e deixar o lugar à disposição.
Por sua vez , Sadique Yacub, de Pemba, justificou a sua saída alegando motivos de saúde sem, no entanto, apresentar as devidas provas médicas. Contudo, Sadique disse dias antes que, há muito que a sua relação com estruturas do partido atingiu níveis de crispação. O presidente demissionário dissera numa entrevista concedida ao SAVANA que estava a ser alvo de uma campanha de perseguição orquestrada pelos seus “camaradas”, alegadamente por ter adoptado uma postura rigorosa no cumprimento da lei de terras, sobretudo no que diz respeito à atribuição de DUAT’s. Na altura alguns elementos ligados à Frelimo disseram que Yacub havia ido longe demais e a sua queda era uma questão de tempo.
Enquanto isso, dois outros presidentes de igual número de municípios deverão nos próximos dias apresentar os seus pedidos de renúncia. Trata-se de Jorge Macuácua, da autarquia de Chókwè (Gaza) e Alberto Chicuamba, da Manhiça (Maputo).
Savana – 26.08.2011

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