O Sudão afirma que saúda os elementos positivos na nova resolução das Nações Unidas que autoriza uma nova força de manutenção da paz para Darfur.
Esta força híbrida pretende ajudar a acabar com quatro anos de violência.
O embaixador sudanês para as Nações Unidas reconheceu que a versão final da resolução permitia aos propostos 26 mil militares o uso da força para proteger os civis.
Mas acrescentou que não era uma luz verde para os que procuravam impôr medidas mais duras contra o Sudão.
A Secretária de Estado norte-americana, Condolezza Rice, também saudou a resolução. "Esperamos que o governo sudanês cumpra os seus compromissos. E esperamos também que os esforços do Secretário Geral para conseguir um acordo de paz entre as facçõe rivais sejam bem sucedidos."
[Povo sudanês fica contente com a aprovação da resolução na ONU].
A aprovação dos Estados Unidos aconteceu apesar das críticas de alguns senadores que afirmaram que a resolução era demasiado branda. Os Estados Unidos mostraram-se preparados para adopterem medidas unilaterais se o governo sudanês não respeitar totalmente a resolução.FinanciamentoA ONU vai agora ter que encontrar financiamento para a sua força conjunta com a da União Africana, algo que pode ascender aos dois mil milhões de dólares. Mais de duzentas mil pessoas foram mortas em Darfur desde o início do conflito em 2003. Fontes no terreno dão conta da satisfação do povo sudanês e dos trabalhadores de ajuda humanitária que alertaram que o envio de militares devia acontecer o mais rapidamente possível para salvar vidas. Comandantes rebeldes disseram à BBC via telefone que estavam aliviados com a aprovação da resolução.
Os comandantes rebeldes mostraram-se dispostos a dar início às negociações esta sexta-feira na cidade de Arusha, na Tanzânia, que podem levar a um novo acordo de paz. É claro que o aumento da presença militar pode aumentar a segurança a curto prazo mas uma solução sustentável em Darfur passa necessariamente por um acordo político. Este vai ser um enorme desafio, dadas as fortes divisões entre um número crescente de grupos rebeldes.
Fonte: BBC-Lingua Portuguesa
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