
“Não temos registo de óbito”, garantiu Graça Chongo, director nacional da Polícia Militar.
A viatura em causa carregava cerca de quatro toneladas de material bélico. Uma outra, mas que não esteve envolvida no acontecimento, carregava cerca de seis toneladas do mesmo tipo de material.
Dezenas de residências nos bairros circunvizinhos e outro tipo de infra-estruturas, incluindo as instalações do Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE) ficaram parcialmente danificados, ao serem atingidos pelos estilhaços projectados no mesmo instante. O pior só não aconteceu pois o facto teve lugar nas primeiras horas da manhã, momento em que os trabalhadores se dirigiam aos seus postos de trabalho.
Explicando o sucedido, Graça Chongo disse que os dois camiões seguiam em direcção à Moamba, onde vem decorrendo a destruição de material explosivo obsoleto desde as explosões havidas no paiol de Mahlazine, a 22 de Março último.
As viaturas tiveram de passar pela Base Aérea de Mavalane para reabastecerem e seguir para a Moamba, com militares sul-africanos que acompanham o referido processo.
“Este trabalho faz-se logo pela manhã e tem sido normal os camiões saírem da Base Aérea com a equipa de militares para a Moamba. Infelizmente hoje (ontem), quando um dos camiões vinha, quando fazia manobras para o local de destruição, houve qualquer coisa que neste momento não posso dizer o que é, porque ainda está se a fazer uma avaliação, que provocou a explosão”, apontou.
Segundo José Mataruca, porta-voz do Ministério da Defesa, tratou-se de um acidente e não negligência dos militares que fazem o manuseamento daquele material bélico. Referiu que no dia 30 de Junho tinha se declarado que o processo de destruição do material bélico tinha terminado, mas, em princípios do mês passado, o Ministério da Defesa fez nova recolha de engenhos nos bairros, como resultado de relatos que haviam. Segundo ele, é esse material que tinha sido armazenado no paiol de Mahlazine e que estava a ser transportados para destruição na Moamba.
Em contacto com a nossa Reportagem, moradores dos bairros circunvizinhos pediram a reparação dos danos provocados. Exigiram maior cuidado no manuseamento daquele material bélico, pois “estamos a ficar aterrorizados”.
Fonte: Notícias
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