Em relatório divulgado ontem em Maputo
São fragilidades, segundo o referido relatório, que vão desde a burocracia à corrupção prevalecentes nas instituições públicas…
Maputo (Canalmoz) - O presidente da República, Armando Guebuza, reconhece haver graves problemas na governação do país.
O
reconhecimento do fracasso das políticas do Governo está expresso no
“Relatório do Balanço da Terceira Edição da Presidência Aberta e
Inclusiva”, divulgado ontem em Maputo pela ministra da Administração
Estatal, Carmelita Namaschilua.
Neste
documento, o chefe de Estado que é simultaneamente chefe do Governo
onde é coadjuvado por Aires Ali, primeiro-ministro, diz ter constatado
fragilidades gritantes da sua governação.
São
fragilidades, segundo o referido relatório, que vão desde a burocracia à
corrupção prevalecentes nas instituições públicas, exiguidade de
unidades sanitárias sobretudo nas zonas fronteiriças, onde a população é
obrigada a se deslocar para os países vizinhos para poder ter acesso
aos cuidados médicos, até à deterioração de produtos agrícolas nas mãos
dos produtores, devido, primeiro, à intransitabilidade das vias de
acesso para o escoamento das mesmas, das zonas de produção para as zonas
de consumo, segundo, devido à falta de um sistema eficaz no país para a
comercialização da produção agrícola.
De
acordo com o relatório do balanço do presidente da República, as
fragilidades de governação não terminam por aqui, pois Armando Guebuza
constatou ainda a crescente onda de criminalidade em Nacala, na
província de Nampula, onde a população queixou-se da falta de segurança
perante a passividade das autoridades policiais que nada fazem para o
estabelecimento da ordem e tranquilidade públicas. Esta situação, de
acordo com o relatório, levou ao chefe de Estado a lançar um grande
apelo tanto para a Polícia como para a população no sentido de haver uma
grande colaboração visando inverter esta situação que tende a atingir
contornos alarmantes naquela zona do norte do país.
O
relatório, no que respeita à criminalidade não faz qualquer referência à
onde de raptos e pedidos de elevadas quantias de resgate que tem estado
a atingir empresários da comunidade muçulmana em Maputo e Matola.
Contudo,
o relatório refere ainda que o chefe de Estado ficou também bastante
preocupado com graves problemas de planificação a nível da maioria dos
distritos que acabam retardando o desenvolvimento local, o que contraria
a bandeira eleitoral do Governo da Frelimo em que a grande prioridade
era de combater a pobreza a partir dos distritos até aos centros
urbanos.
PR considera positivo o balanço da “presidência aberta”
Apesar
das irregularidades e fragilidades da sua governação constatadas nos
115 distritos visitados de 20 de Abril a 20 de Julho passado, no âmbito
da “Presidência Aberta e Inclusiva”, Armando Guebuza considera, no seu
relatório, que o balanço da edição deste ano é “positivo”, tendo em
conta os progressos registados resultantes desta iniciativa, uma vez que
permitiu o reforço da unidade nacional e a preservação da paz através
do crescente aprimoramento dos canais e mecanismos de comunicação entre
os dirigentes e a população.
Por
outro lado, o presidente da República Armando Guebuza diz no seu
relatório ter anotado com satisfação que as populações têm-se empenhado
cada vez mais na luta contra a pobreza através de iniciativas próprias
tais como: a produção de alimentos no âmbito da revolução verde e
criação de auto-emprego, através de projectos “financiados pelo
Governo”.
Guebuza
diz ter ainda ficado satisfeito com os resultados positivos
provenientes do impacto dos chamados “sete milhões” que anualmente são
alocados aos distritos pelo Governo central, no sentido de impulsionar o
desenvolvimento local. De referir que estes fundos não só não têm tido
retorno aos cofres do Estado como as populações se queixam de só estarem
a beneficiar membros do partido Frelimo.
Refira-se
ainda que durante as suas deslocações, o chefe de Estado faz-se
acompanhar por membros do Conselho de Ministros, vice-ministros e
convidados para além de quadros do Ministério da Administração Estatal e
da Presidência da República, onde a tónica central da sua mensagem em
todos os comícios e nos encontros com a juventude tem sido o apelo à
unidade nacional e à luta contra a pobreza. (Raimundo Moiane)
Olá!
ResponderEliminarCada País, cada estado e municipio com os seus problemas. E a luta é constante para obter uma ordem em todos os sentidos.
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EliminarAnche qui da noi è cosi, non credo ci sia un paese al mondo dove chi governa pensi davvero al popolo e non ai ricchi!! buona serata...ciao
ResponderEliminarGracias!
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