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VOA News: África

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Guebuza reconhece fracasso do seu Governo

Em relatório divulgado ontem em Maputo  

São fragilidades, segundo o referido relatório, que vão desde a burocracia à corrupção prevalecentes nas instituições públicas…

Maputo (Canalmoz) - O presidente da República, Armando Guebuza, reconhece haver graves problemas na governação do país.
O reconhecimento do fracasso das políticas do Governo está expresso no “Relatório do Balanço da Terceira Edição da Presidência Aberta e Inclusiva”, divulgado ontem em Maputo pela ministra da Administração Estatal, Carmelita Namaschilua.
Neste documento, o chefe de Estado que é simultaneamente chefe do Governo onde é coadjuvado por Aires Ali, primeiro-ministro, diz ter constatado fragilidades gritantes da sua governação.
São fragilidades, segundo o referido relatório, que vão desde a burocracia à corrupção prevalecentes nas instituições públicas, exiguidade de unidades sanitárias sobretudo nas zonas fronteiriças, onde a população é obrigada a se deslocar para os países vizinhos para poder ter acesso aos cuidados médicos, até à deterioração de produtos agrícolas nas mãos dos produtores, devido, primeiro, à intransitabilidade das vias de acesso para o escoamento das mesmas, das zonas de produção para as zonas de consumo, segundo, devido à falta de um sistema eficaz no país para a comercialização da produção agrícola.

De acordo com o relatório do balanço do presidente da República, as fragilidades de governação não terminam por aqui, pois Armando Guebuza constatou ainda a crescente onda de criminalidade em Nacala, na província de Nampula, onde a população queixou-se da falta de segurança perante a passividade das autoridades policiais que nada fazem para o estabelecimento da ordem e tranquilidade públicas. Esta situação, de acordo com o relatório, levou ao chefe de Estado a lançar um grande apelo tanto para a Polícia como para a população no sentido de haver uma grande colaboração visando inverter esta situação que tende a atingir contornos alarmantes naquela zona do norte do país.
O relatório, no que respeita à criminalidade não faz qualquer referência à onde de raptos e pedidos de elevadas quantias de resgate que tem estado a atingir empresários da comunidade muçulmana em Maputo e Matola.
Contudo, o relatório refere ainda que o chefe de Estado ficou também bastante preocupado com graves problemas de planificação a nível da maioria dos distritos que acabam retardando o desenvolvimento local, o que contraria a bandeira eleitoral do Governo da Frelimo em que a grande prioridade era de combater a pobreza a partir dos distritos até aos centros urbanos.

PR considera positivo o balanço da “presidência aberta”

Apesar das irregularidades e fragilidades da sua governação constatadas nos 115 distritos visitados de 20 de Abril a 20 de Julho passado, no âmbito da “Presidência Aberta e Inclusiva”, Armando Guebuza considera, no seu relatório, que o balanço da edição deste ano é “positivo”, tendo em conta os progressos registados resultantes desta iniciativa, uma vez que permitiu o reforço da unidade nacional e a preservação da paz através do crescente aprimoramento dos canais e mecanismos de comunicação entre os dirigentes e a população.
Por outro lado, o presidente da República Armando Guebuza diz no seu relatório ter anotado com satisfação que as populações têm-se empenhado cada vez mais na luta contra a pobreza através de iniciativas próprias tais como: a produção de alimentos no âmbito da revolução verde e criação de auto-emprego, através de projectos “financiados pelo Governo”.
Guebuza diz ter ainda ficado satisfeito com os resultados positivos provenientes do impacto dos chamados “sete milhões” que anualmente são alocados aos distritos pelo Governo central, no sentido de impulsionar o desenvolvimento local. De referir que estes fundos não só não têm tido retorno aos cofres do Estado como as populações se queixam de só estarem a beneficiar membros do partido Frelimo.
Refira-se ainda que durante as suas deslocações, o chefe de Estado faz-se acompanhar por membros do Conselho de Ministros, vice-ministros e convidados para além de quadros do Ministério da Administração Estatal e da Presidência da República, onde a tónica central da sua mensagem em todos os comícios e nos encontros com a juventude tem sido o apelo à unidade nacional e à luta contra a pobreza. (Raimundo Moiane)

4 comentários:

  1. Olá!
    Cada País, cada estado e municipio com os seus problemas. E a luta é constante para obter uma ordem em todos os sentidos.
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    Felicidades e parabéns pelo blog e todo o seu conteudo.
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    http://wwwavivarcel.blogspot.com.br

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    1. Obrigada pela visita, Celia, e acompanhe a actualidade mocambicana neste blogue.

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  2. Anche qui da noi è cosi, non credo ci sia un paese al mondo dove chi governa pensi davvero al popolo e non ai ricchi!! buona serata...ciao

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