A Organização Internacional do Trabalho (OIT) acaba de recomendar ao Executivo moçambicano a realização de esforços suplementares visando criar mais postos de emprego, “porque o país tem condições excelentes para isso e não há razão de ter taxas mais altas de desemprego, enquanto tem um crescimento económico de 8%, contra 5% da ONU”, realçou Asan Diop, director executivo do Departamento de Protecção Social daquele organismo internacional.
“Tenho particular interesse de convidar o Presidente da República, Armando Guebuza, a colocar o emprego no centro das atenções do seu Governo para se combater a pobreza”, sublinhou Diop, falando, esta Segunda-feira (27), em Maputo, durante uma cerimónia que serviu para anúncio da concessão de cerca de oito milhões de dólares americanos ao Governo de Moçambique para a implementação de diversos projectos de geração de emprego.
O valor será investido nas províncias de Nampula, Sofala e Maputo, no quadro da implementação de um amplo programa de criação de mais postos de trabalho, esperando-se que até 2015 venha a ser criado um milhão de novos postos laborais para a camada juvenil, em especial, segundo ainda Diop.
Energia e vontade
Aquele dirigente da OIT destacou a performance da economia moçambicana, sublinhando que Moçambique reúne excelentes condições para atingir os seus objectivos, no que concerne ao combate contra o desemprego e pobreza absoluta por apresentar uma boa estabilidade política, situação que contribui para a atracção de mais investimento externo.
“A taxa moçambicana de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é das melhores a nível mundial, porque está estimada em cerca de 8%, uma taxa que é bem superior à recomendada pela Organização das Nações Unidas de 5%”, realçou o director executivo do Departamento de Protecção Social da OIT, em visita de trabalho a Moçambique.
Respondendo às preocupações de Diop, a ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo, disse que o Governo tem vontade de criar mais postos de trabalho, “o que queremos são investimentos para que mais postos de trabalho venham a surgir e para aproveitamento integral dos recursos naturais disponíveis”.
De referir, entretanto, que Moçambique acaba de ser eleito membro do Conselho de Administração da OIT, em representação dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
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