Prevalência de corrupção na Função Pública
Enquanto
a ministra da Função Pública diz o que diz, o Gabinete Central de
Combate à Corrupção (GCCC) tem outra versão. Maria Ana Gemo, directora
do GCCC alega que o Governo não concede fundos para que a instituição
empreenda o tal combate
Maputo
(Canalmoz) - A ministra da Função Pública, Vitória Diogo, não está a
ver resultados positivos no combate à corrupção na Função Pública.
Reconhece que os casos de corrupção têm estado a minar o desenvolvimento
nas instituições e órgãos do Estado, por isso pede mais “acções de
envolvimento e atrevimento por parte do Gabinete Central de Combate à
Corrupção (GCCC)”, instituição subordinada à Procuradoria-Geral da
República.
Para
Vitória Diogo, os instrumentos aprovados pelo Ministério da Função
Pública para combate à corrupção não bastam (Lei de Probidade Pública),
daí que ela diga que há necessidade do Gabinete Central de Combate à
Corrupção ser mais intrometido e investigativo, sobretudo em acções de
auditoria e inspecção aos órgãos do Estado de modo a combater a
corrupção”.
Vitória
Diogo lançou estes desabafos recentemente durante a reunião Nacional do
Gabinete Central de Combate à Corrupção, realizado em Maputo.
A
ministra considerou na ocasião que as acções de modernização da
administração, como, por exemplo, a introdução do SISTAFE, têm
contribuído consideravelmente para o combate à corrupção e combate ao
descaminho de salários, situações que eram frequentes no país, mas
Vitória Diogo quer mais resultados.
A justificação da falta de fundos
Enquanto
a ministra da Função Pública diz o que disse, o Gabinete Central de
Combate à Corrupção (GCCC) tem outra versão. Maria Ana Gemo, directora
do GCCC alega que o Governo não concede fundos para que a instituição
empreenda o tal combate, isto é, o GCCC não tem fundos para ser mais
intrometido e investigativo como pede Vitória Diogo irmã da
ex-primeira-ministra Luísa Diogo e membro da Comissão Política do
Partido Frelimo.
Segundo
Ana Gemo, não obstante a falta de meios o GCCC tem frequentemente
empreendido várias auditorias e inspecções às instituições públicas para
identificação de actos de corrupção e desvio de fundos do Estado.
A
verdade é que os resultados dessas inspecções têm sido praticamente
nulos ou quando existem trazem à ribalta apenas caso de corrupção de
pequena relevância. (António Frades)
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