África do Sul
(Nelspruit)
– As novas investigações sobre o acidente de Mbuzini, prometidas pelo
chefe de Estado sul-aficano, Jacob Zuma, durante uma visita efectuada a
Moçambique de 13-14 de Dezembro de 2011, estão a cargo da Direcção para a
Investigação Prioritária do Crime (DPCI), soube o Canalmoz de fonte
segura em Nelspruit. Também conhecida por «Falcões» (ou Hawks), a DPCI
tem vindo a entrevistar entidades moçambicanas, sul-africanas e suázis
ligadas ao sector da aeronáutica, entre outras. A unidade policial,
«Falcões», é chefiada por Anwa Dramat, antigo combatente na
clandestinidade do Umkhonto weSizwe, braço armado do ANC.
Prevê-se
que os investigadores da unidade Falcões interroguem membros da
Comissão de Inquérito nomeada pelo governo moçambicano na sequência do
desastre de Mbuzini, em particular o Major-General Jacinto Veloso.
A
nossa fonte referiu que o Maj. Gen. Veloso ʺé certamente uma das figuras
na lista dos Falcões, em virtude das revelações que fez num livroʺ
recentemente editado na África do Sul pela Zebra Press (Memories at Low
Altitude). no livro, Veloso dá conta de que a União Soviética impediu
que investigadores da Comissão de Inquérito moçambicana entrevistassem
um dos tripulantes do Tupolev presidencial que havia sobrevivido ao
acidente de Mbuzini e que se encontrava na altura hospitalizado em
Maputo. O autor de «Memories at Low Altitude» refere que a Embaixada da
URSS na capital moçambicana legou que o estado de saúde do tripulante,
Vladimir Novoselov, não permitia que ele fosse interrogado a respeito do
acidente, mas dias depois a missão diplomática soviética no nosso país
tratou de evacuá-lo para Moscovo, sem disso ter notificado a Comissão de
Inquérito moçambicana. A saída de Novoselov para Moscovo processou-se,
porém, com o conhecimento do governo moçambicano.
Peritos
sul-africanos e moçambicanos, que permaneceram na União Soviética entre
Novembro e Dezembro de 1986 no âmbito das investigações sobre o
acidente de Mbuzini, apresentaram um pedido formal à Comissão de
Inquérito soviética para uma entrevista com Vladimir Novoselov, que
havia partido de Maputo para Moscovo a 5 de Novembro, acompanhado da
esposa, Nadja Novoselov. A Comissão de Inquérito soviética, presidida
por Ivan Donstov, não satisfez o pedido, alegando a ʺinexistência de
meios de transporte para uma viagem a Leninegradoʺ, cidade onde
Novoselov residia. (Redacção)
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