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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Não há nenhuma corrupção nas inspecções de viaturas - garante o INAV

O INSTITUTO Nacional de Viação descarta a possibilidade de poderem ocorrer situações de corrupção ou viciação de vinhetas no actual processo de inspecção de veículos e reboques. Segundo o respectivo director-adjunto, Jorge Muiambo, o comprovativo de inspecção só é emitido como parte de um processo de análise a que o veículo é submetido e porque o sistema é informatizado, qualquer tentativa de falsificação é detectado pela auditoria.
Maputo, Segunda-Feira, 2 de Agosto de 2010:: Notícias
 

Na sequência das enchentes que se verificaram, nas últimas duas semanas, nos centros de inspecção de veículos localizados na cidade de Maputo e Matola, circularam informações segundo as quais algumas viaturas passavam nos testes mesmo sem apresentarem as condições exigidas, isto a troco de valores alegadamente entregues aos inspectores.

Jorge Muiambo clarificou, a este propósito, quando entrevistado pela nossa Reportagem, que quem alimenta este tipo de informação são as pessoas que ainda não se fizeram aos centros de inspecção e demonstra desconhecimento dos procedimentos usados naqueles serviços.

"Os que não foram e não conhecem os procedimentos, dizem que há corrupção num exame que se faz com equipamento electrónico. Alguém pode corromper uma máquina de medir tensão por exemplo? Ela dá os valores e não há como adulterar para além de que faz um registo e imprime. Como falsificar a informação processada por computador? No caso das inspecções de viaturas, a eficiência dos travões, luzes, amortecedores e emissão de gases, tudo vem no monitor e os dados são integrados. Não há espaço para falsificação. Quando o veículo passa sem o teste não há relatório", disse a nossa fonte.

Ainda no quadro da inspecção, segundo Jorge Muiambo, o agente tem que ver outros aspectos como é o caso do livrete, das luzes entre outros "itens" que depois são processados.

"Quando há falsificação do livrete, a viatura reprova até informação contrária do INAV. Para ter-se a vinheta tem que haver registo feito por computador que é resultado da inspecção então não tem como a vinheta ser emitida sem que haja registo", disse.

Por outro lado, segundo o nosso interlocutor, o serviço de inspecção tem auditorias diárias. Foi na sequência destas auditorias que quatro trabalhadores foram expulsos por tentativa de falsificação.

"Houve uma tentativa de quatro ou cinco moçambicanos e foram expulsos. A gestão faz auditoria no final do dia e foi detectada a tentativa de falsificação.

Muiambo disse-nos que o adiamento do início da fiscalização, inicialmente prevista para hoje, não vai desacreditar o processo, porquanto, há cada vez mais pessoas que reconhecem a importância das inspecções.

"Não haverá desvalorização porque as inspecções por si só estão a trazer nos novos dados. Muita gente leva as viaturas para ver se estão em bom estado ou não. Mesmo antes de levar á oficina ou mesmo antes de comprar de alguém levam ao centro de inspecção. De igual modo, as empresas fazem diagnóstico usando o equipamento dos centros de inspecção. As inspecções vieram para ficar. Há um grupo de cidadãos que conhece o valor e está a aderir ao processo", disse a nossa fonte.
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(MiradourOnline)

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