A «Operação Tubarão», da Polícia da República de Moçambique (PRM), empreendida nos últimos meses do primeiro semestre do corrente ano, em que agentes da Polícia de Protecção ou segurança pública (vulgo «cinzentinhos») faziam-se acompanhar de militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), poderá ser extinta até final do corrente mês, afirmou Pedro Cossa, porta-voz do Comando Geral da PRM, em declarações exclusivas ao «Canal de Moçambique». Pedro Cossa reconheceu que “os militares não estão dotados para garantir a ordem pública, mas, sim, para defender a pátria contra os seus inimigos”. Pelo que “não devem andar na via pública a exigir documentos de identificação aos cidadãos.” Pedro Cossa disse que “a medida (de pôr militares a controlar a Ordem e Segurança Pública) tinha em vista conter a grande onda de criminalidade e violência que assolam estas duas cidades”.
Acrescentando que “mesmo assim, os militares não estão autorizados a interpelar cidadãos para lhes exigir identificação. Apenas acompanham os agentes da nossa corporação, como forma de apoiar o efectivo policial em Moçambique que está muito aquém do ideal”. A mesma fonte frisou que “a segurança proporcionada à sociedade moçambicana, é a segurança possível, não a ideal. Isto porque a PRM está a trabalhar neste momento com menos de metade do efectivo ideal para proporcionar a segurança”.
Referiu ainda que “o normal, segundo estudos internacionais, é de 1 polícia para 350 indivíduos. Mas em Moçambique temos um polícia para mais de mil cidadãos, o que nos levou a pedir apoio às Forças Armadas”. Porém, Pedro Cossa viria a afirmar que “devido às queixas que o Comando Geral tem recebido de cidadãos, acusando os militares de vários atropelos aos seus direitos, o Comando Geral da PRM decidiu retirar os militares, o que poderá acontecer até finais de Agosto deste ano.”
Fonte:Canal de Moçambique
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