A ATRIBUIÇÃO do título de Doutor Honoris Causa ao nacionalista africano Marcelino dos Santos, a 31 de Julho do corrente ano, pela Universidade Lusófona de Portugal, teve em conta o trabalho que o povo moçambicano e a FRELIMO fizeram e continuam a fazer, na luta pela criação e triunfo da liberdade e construção da independência nacional, bem como no encontrar e trilhar caminhos que levassem à união e libertação dos povos à escala planetária, segundo explicou o laureado, ontem no seu regresso a Maputo.
"Como tivemos ocasião de dizer em Lisboa, este título é em homenagem a uma causa de honra ao trabalho, à luta do povo moçambicano e à capacidade de direcção da FRELIMO em toda a jornada que nos levou à independência nacional e que hoje continua, mas pela construção de condições para um futuro melhor e igualdade dos moçambicanos", afirmou, sublinhando que, mais do que nunca, hoje os povos têm a obrigatoriedade de desenvolver acções que tenham uma perspectiva continental e não isoladas.
Disse também que tal feito é ainda um reconhecimento dos portugueses, enquanto amigos do povo moçambicano, à natureza e qualidade da luta desencadeada e vitória alcançada.
Porém, explicou que este facto não deve ser visto de forma isolado, salientando ser necessário recordar e compreender a contribuição dada pela lutas armadas revolucionárias dos africanos, neste caso Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, S. Tomé e Cabo Verde, enquanto colónias portuguesas, na libertação dos próprios portugueses das masmorras do regime colonial fascista.
"E hoje os combates que nós estamos a travar aqui no nosso país, as vitórias que estamos a obter são uma contribuição para iluminar os caminhos dos povos do Norte que devem seguir para acompanhar a libertação geral dos povos", indicou.
Por outro lado, Marcelino dos Santos alertou para a importância de se acreditar nas lutas que foram desencadeadas para as independências e as que hoje os povos travam para o desenvolvimento da humanidade. "É preciso acreditarmos na qualidade da obra que vínhamos fazendo, estamos a fazer e nos propormos a realizar no futuro. Naturalmente que não é só Moçambique e a Frelimo, mas é todo o Continente Africano e o mundo no geral".
Não obstante este movimento global, Marcelino dos Santos entende que Moçambique dá um contributo preponderante na clareza da visão dos caminhos do futuro.
"Mais ainda, é que as visões sobre os processos de construção da paz, liberdade e democracia devem ter em conta que elas são lutas que interessam aos povos, não devendo, por isso, serem formulados fora do contexto dos mesmos povos a que interessam".
Refira-se que a Frelimo fez-se representar na cerimónia de recepção a Marcelino dos Santos, pelo membro da Comissão Política, Manuel Tomé e por membros do secretariado do CC do partido no poder.
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