Ainda bem que as auto-intituladas sociedades muçulmana, hindú e ismaelita decidiram mudar de posição e não ir adiante com a sua ideia de paralisarem todas as actividades comerciais e sociais. A tempo, e no limite, prevaleceu a sensatez e evitou-se uma conturbação social indesejável, nesta altura, e facilmente sanável dentro dos mecanismos institucionais existentes.
"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,
VOA News: África
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Angolanos elegem hoje presidente
Eleições gerais em Angola.
A UNITA alertou para irregularidades no processo eleitoral, afirmando ainda que “este é o pior processo de sempre....” no entanto, o partido do “Galo Negro” participou em toda a campanha eleitoral.
Hoje é dia de eleições em Angola. Pouco mais de 9.757.671 eleitores angolanos vão eleger na base do novo modelo em que o candidato que ocupa o primeiro lugar na lista do partido mais votado nas eleições legislativas será, automaticamente, eleito presidente.
Contudo, o dia de ontem foi marcado pela intenção da UNITA, na voz do seu líder e candidato a presidente, Isaías Samakuva, de ver as eleições adiadas, não obstante ter participado da campanha.
O porta-voz do MPLA, entretanto, afastou ontem a possibilidade de adiamento das eleições gerais ainda que Samakuva tenha advertido que não se responsabilizará pelo que vier a acontecer hoje.
A UNITA alertou para irregularidades no processo eleitoral, afirmando ainda que “este é o pior processo de sempre...”. Entretanto, Leonardo Simão, que chefia a equipa de observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), avançou ontem que o ambiente vivido é de tranquilidade.
Leia mais na edição impressa do «Jornal O País»
Cortes de energia deixam a desejar no Ricatla
SR. DIRECTOR!
Agradeço antecipadamente, mais uma vez, a V. Excia por se dignar publicar esta carta na página reservada aos leitores do Jornal de maior circulação no País, onde é digno dirigente. O bairro Ricatla, no distrito de Marracuene, província de Maputo, é onde está instalado o recinto da FACIM, a maior feira multissectorial de produtos nacionais e estrangeiros, cuja cerimónia de abertura oficial foi dirigida pelo Presidente de República Armando Guebuza, na passa segunda-feira.
Maputo, Sexta-Feira, 31 de Agosto de 2012:: Notícias
Zambézia: o futuro celeiro de Moçambique
Com mais de 4.4 milhões de habitantes, a província da Zambézia tem potencialmente o segundo maior mercado para a venda de bens e produtos em Moçambique, e está na FACIM 2012 para mostrar as suas potencialidades económicas para o mundo.
Na Zambézia, há condições para o investimento no sector da agricultura, recursos minerais e pescas.
A província da Zambézia é tida como a mais pobre do país, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) referentes ao Inquérito do Orçamento Familiar, mas, na FACIM, a segunda província mais extensa e populosa de Moçambique.
Com mais de 4.4 milhões de habitantes, a província da Zambézia tem, potencialmente, o segundo maior mercado para a venda de bens e produtos em Moçambique, e está na FACIM 2012 para mostrar as suas potencialidades económicas para o mundo.
“Estamos abertos ao investimento e garantimos segurança a todo o investidor”, assegurou o governador da província da Zambézia, Itai Meque, para quem há muito que se pode explorar em termos de investimentos e com garantia de retorno.
Aposta nos cereais para abastecer o país
Itai Meque revelou que, nos próximos anos, a província de Zambézia deverá transformar-se numa grande referência na produção de cereais (arroz, milho, soja e feijões) com vista a abastecer o mercado nacional. Neste contexto, a província vai aproveitar grande parte dos oito milhões de hectares aráveis e dos regadios existentes.
A ideia da província é abastecer a todas as província do país em cereais, evitando que os grandes volumes de importação a que o país se submete em razão da fraca produção local destes produtos. Com a terra e os regadios que nós temos, há condições para produzir arroz para abastecer o país e até exportar. Mas, para isso, temos que passar de agricultura de subsistência para agricultura industrializada”, disse Itai Meque.
Na Zambézia, produz-se algodão, tabaco, etc., mas o grande cartão-de-visita da província é o chá que é produzido nos seus vários distritos. Nesta área, duas fábricas serão reactivadas de modo a que a produção do chá volte aos níveis dos anos 70 e 80.
«O PaísOnline»
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Moçambique com PIB superior à média recomendada pela ONU
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) acaba de recomendar ao Executivo moçambicano a realização de esforços suplementares visando criar mais postos de emprego, “porque o país tem condições excelentes para isso e não há razão de ter taxas mais altas de desemprego, enquanto tem um crescimento económico de 8%, contra 5% da ONU”, realçou Asan Diop, director executivo do Departamento de Protecção Social daquele organismo internacional.
“Tenho particular interesse de convidar o Presidente da República, Armando Guebuza, a colocar o emprego no centro das atenções do seu Governo para se combater a pobreza”, sublinhou Diop, falando, esta Segunda-feira (27), em Maputo, durante uma cerimónia que serviu para anúncio da concessão de cerca de oito milhões de dólares americanos ao Governo de Moçambique para a implementação de diversos projectos de geração de emprego.
O valor será investido nas províncias de Nampula, Sofala e Maputo, no quadro da implementação de um amplo programa de criação de mais postos de trabalho, esperando-se que até 2015 venha a ser criado um milhão de novos postos laborais para a camada juvenil, em especial, segundo ainda Diop.
Energia e vontade
Aquele dirigente da OIT destacou a performance da economia moçambicana, sublinhando que Moçambique reúne excelentes condições para atingir os seus objectivos, no que concerne ao combate contra o desemprego e pobreza absoluta por apresentar uma boa estabilidade política, situação que contribui para a atracção de mais investimento externo.
“A taxa moçambicana de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é das melhores a nível mundial, porque está estimada em cerca de 8%, uma taxa que é bem superior à recomendada pela Organização das Nações Unidas de 5%”, realçou o director executivo do Departamento de Protecção Social da OIT, em visita de trabalho a Moçambique.
Respondendo às preocupações de Diop, a ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo, disse que o Governo tem vontade de criar mais postos de trabalho, “o que queremos são investimentos para que mais postos de trabalho venham a surgir e para aproveitamento integral dos recursos naturais disponíveis”.
De referir, entretanto, que Moçambique acaba de ser eleito membro do Conselho de Administração da OIT, em representação dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Botswana pretende formar seus oficiais na Academia Samora Machel
Defesa.
O Botswana está a ponderar a possibilidade de formar oficiais das suas forças armadas na Academia Samora Machel, em Nampula, no norte de Moçambique, disse na terça-feira um responsável militar moçambicano.
De acordo com a Agência Angolana de Informação, Angop, as autoridades militares daquele país “estão muito interessadas em enviar os seus efectivos para frequentarem a Academia Marechal Samora Machel”, disse o vice-chefe do Estado-maior das Forças Armadas moçambicano, Olímpio Camboina, após uma visita àquele país.
“As autoridades tswanas estão apenas à espera da formalização da questão, porque é do seu interesse que seus militares frequentem a Academia Militar Marechal Samora Machel, em Nampula”, acrescentou, citado pelo “Diário de Moçambique”, da Beira.
O militar adiantou que a Academia Samora Machel tem condições para acolher outros alunos oriundos de Estados-membros da SADC.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Renamo aprova acções de Araújo e deixa a Frelimo enterrada em Quelimane
Manuel de Araújo |
Neste relatório do Conselho Municipal, constam acções tais como a limpeza da urbe, recolha de resíduos sólidos, aquisição de semáforos (os problemáticos), tapamento de buracos na zona do cimento (actividade que o governador diz ser da sua autoria), organização da estrutura organizativa do município, neste caso a reabilitação do Posto Administrativo Urbano número 1, plantio de árvores, inicio da construção do muro de vedação do Cemitério da Dona Ana, entre outras actividades.
Estas e outras coisas fazem parte das acções desenvolvidas pela edilidade nos últimos seis meses da sua governação.
Entregue o documento para o respectivo debate e aprovação na AMQ, na sua XVII Sessão Ordinária realizada, última Sexta-feira (24), em Quelimane, eis que mais uma vez, a Frelimo votou contra, sob varias alegações.
Renamo vota a favor e “enterra” Frelimo
Quando se chegou a vez da votação do relatório, uma vez que o mesmo já estava nas mãos dos membros da AMQ, houve apenas pequenos esclarecimentos por parte do edil Manuel de Araújo, mas sem muita profundeza.
Na hora de levantar os boletins de votação na posse dos membros da Assembleia Municipal de Quelimane, eis que só a Renamo deu luz verde votando a favor do relatório do edil de Quelimane.
A Frelimo absteve-se e manteve os seus cartões de voto debaixo dos assentos.
“Votamos para encorajar o edil a trabalhar” - Noé Mavereca
Instando a pronunciar-se sobre o voto a favor que deram ao relatório de actividades da edilidade, Noé Mavereca, não pensou duas vezes, disse de viva voz que a votação a favor que a sua bancada fez ao relatório tem uma única missão, encorajar o edil a desenvolver mais acções para o bem-estar dos munícipes de Quelimane.
Aliás, Mavereca sublinhou que mesmo que uns não queiram aceitar, há muita coisa que está a mudar na cidade de Quelimane, tendo apontado, a limpeza da urbe, tapamento de buracos e entre outras acções que na óptica da sua bancada, só precisam de mais esforço, por isso, o voto a favor tem em vista ajudar na melhoria destas acções.
“Tudo aquilo faz parte do plano deixado por Pio Matos” - Armando Chagunda, chefe da bacncada da Frelimo
Por seu turno, Armando Chagunda, chefe da bancada da Frelimo na AMQ, disse que a sua bancada não votou por achar que as acções que o edil de Quelimane diz ter realizado nos últimos seis meses fazem parte do plano deixado pelo então edil de Quelimane, Pio Matos.
Na óptica de Chagunda, Araújo não tem capacidades suficientes para em seis meses tapar buracos, colocar semáforos e por ai em diante. Isso sim, resulta de um plano da Frelimo que havia sido desenhado, só que não teve a sua execução por causa daquela saída do Pio. Por isso, não vê motivos para votar a favor.
A ser assim?
Ora, com atitudes como estas que a bancada da Frelimo tem vindo a protagonizar, pelos vistos, o enterro está cada vez mais a ser algo visível.
Algumas correntes não compreendem como é que este partido segue esta maneira de agir, sabendo que os seus anseios a curto prazo são de reconquistar a cidade nas mãos da oposição. Mas enquanto as eleições não chegam haverá mais sessões e mais documentos para serem votados. @verdade
Petróleo e gás colocam Moçambique no mercado internacional
As recentes descobertas de petróleo, carvão e de gás natural em
Moçambique espevitam o país para uma posição privilegiada no mercado
internacional e criam condições favoráveis para sua preferência na
economia e nas finanças internacionais.
Os poderes (supremos) do presidente da Frelimo
Decisão do Comité Central abre espaço para o debate.
Armando Guebuza, actual Presidente da República e do partido |
A
tradição, atestada pelos estatutos da Frelimo, mostra que o poder, na
verdade, está no partido, mais do que no Governo. Isto é, o presidente
do partido é mais poderoso do que o Presidente da República ou Chefe do
Estado.
O
Comité Central do Partido Frelimo decidiu, na última sessão, terminada
no domingo passado, que Armando Guebuza, actual Presidente da República e
do partido, é candidato à sua própria sucessão na liderança do partido
governamental. Esta decisão confirma a tese de alguns membros do partido
de que “Guebuza é candidato natural” para este cargo, que ocupa desde
2005. Se inicialmente esta ideia era encarada como especulação, agora já
é um facto. O debate, há muito iniciado, deverá agora ganhar outros
contornos, sobretudo no que se refere ao futuro do poder a nível do
partido e do Presidência da República, caso o presidente seja
proveniente da Frelimo. É que, a partir de 2014, caso o seu candidato
ganhe eleições, a Frelimo passará a ter dois centros de poder: A
presidência do partido, nas mãos de Armando Guebuza, e a da República,
com uma outra figura. Quebrar-se-á, desta forma, a tradição do partido,
alegada para afastar Joaquim Chissano da liderança máxima do partido, em
2005, de o presidente do partido ser, simultaneamente, Presidente da
República.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Frelimo chumba desempenho de Arão Nancale
Incompetência na gestão municipal na cidade da Matola
- Edil nega que tal tenha acontecido
O
partido Frelimo reuniu-se no passado mês de Julho, na cidade da Matola,
com os presidentes dos Conselhos Municipais da região sul do país, todos
membros do mesmo partido, para avaliar o seu desempenho, soube o
Canalmoz de fontes que participaram do encontro. Na reunião, o
desempenho do edil da Matola, Arão Nhancale foi desclassificado pelos
camaradas, coincidindo assim com a avaliação negativa que a maioria dos
munícipes da Matola faz à equipa do edil tenista.
“Na
reunião, o nosso irmão Nhacale esteve mal, porque lhe mandaram sentar.
Foi severamente criticado e disseram que ele não fez nada no município
que possa merecer uma avaliação” disse a nossa fonte.
No
encontro, dois municípios da província de Maputo, nomeadamente o da
Namaacha e Manhiça, mereceram nota positiva do partido e no caso da
Manhiça. Arão Nhancale, encontra-se mergulhado num mar de problemas
naquele município, desde a questões de saneamento, estradas e sobretudo
na gestão de conflitos de terras.
Nhancale nega avaliação negativa
Contactado pelo Canalmoz, Arão Nhancale disse que não ter conhecimento desse facto.
“Eu
não tenho conhecimento disso. Vai ter com a pessoa que lhe disse. Vai
procurar dele para te explicar melhor. Eu não tenho esse conhecimento”
afirmou o presidente do Conselho Municipal da Cidade da Matola.
Visivelmente
irritado com as questões, ele acrescentou dizendo que “o nosso
desempenho o que eu saiba é bastante positivo, e estamos em mais de 70
por cento do cumprimento do nosso manifesto eleitoral”.
“Portanto
isto ai, vai procurar a que te disse, para melhor te mostrar o
documento. Se não há documento pergunta a pessoa que te disse para te
explicar melhor” concluiu Arão Nhancale. (Bernardo Álvaro)
Simião Ponguane já não é director de Informação da TVM
Maputo
(Canalmoz) – Os mecanismos de controlo sobre a TVM continuam e a ideia é
afastar tudo e todos que representem perigo. O Conselho de
Administração da Televisão de Moçambique (TVM), a televisão pública
nacional, afastou esta segunda-feira Simião Ponguane do cargo de
director de Informação daquela estação televisiva. Simião Ponguane
confirmou ao Canalmoz o seu afastamento da direcção de Informação da TVM
que remeteu qualquer explicação para o Presidente do Conselho de
Administração (PCA), Armindo Chavana. Para o lugar de Ponguane, foi
indicado Augusto Levy, ex-apresentador do extinto e popular programa
“Pela Lei e Ordem”, que até então exercia funções de delegado da TVM em
Nampula.
Ponguane,
tido como uma das pessoas que se batia por um verdadeiro serviço
público de televisão, já era visto como incómodo. Foi exonerado das
funções de director de Informação e foi nomeado como “assessor editorial
do Conselho de Administração”, um burocrático cargo que foi inventado à
última hora, exactamente para tirar do caminho um dos mais reputados
jornalistas da TVM. Até porque o cargo para o qual foi nomeado não é
executivo. “É um cargo para Ponguane não fazer mais nada e ficar
sentado”, disse uma fonte da chefia da redacção da TVM em sinal de
desabafo.
Entretanto,
o Presidente do Conselho de Administração da TVM, Armindo Chavana,
disse ao Canalmoz que Ponguane cessou funções como director de
Informação para reforçar a cadeia de comando face aos desafios de
crescimento da TVM. Chavana disse que a medida visa responder aos
desafios de crescimento que surgiram com a introdução do Canal dois, a
abertura das delegações distritais e a introdução de outras grelhas de
programação. “Por causa dos desafios de crescimento decidimos
acrescentar no quadro de direcção, a figura do Assessor Editorial do
Conselho de Administração com funções não executivas”, disse o PCA da
TVM. (Matias Guente)
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Guebuza confirmado único candidato à sua sucessão no partido
Apenas na presidência da Frelimo
Maputo
(Canalmoz) – No encerramento da VII Sessão Ordinária do Comité Central
do Partido Frelimo, na noite de ontem na Matola, o secretário-geral do
partido confirmou o que há muito tinha anunciado: Guebuza será o único
candidato à sua própria sucessão na presidência do partido Frelimo.
Filipe
Paúnde disse que pelo desempenho positivo que Guebuza teve à frente do
partido, não havia outra alternativa que não fosse a sua recandidatura.
Segundo Paúnde, a candidatura de Guebuza foi proposta pelo Comité
Central e aceite por unanimidade pelo Comité Central e pelo própria
candidato.
Não
houve outro concorrente. No congresso a ter lugar entre 23 e 28 de
Setembro deste ano, em Pemba, Guebuza será confirmado como único
candidato à sua própria sucessão na presidência do partido.
Armando
Guebuza, presidente da Frelimo vinha insistindo na “renovação na
continuidade” – uma Máxixa de Marelo Caetano – o último português a
governar Portugal – defendendo ser um mecanismo de geração de novas
estratégias para enfrentar com sucesso, os desafios da actualidade.
«O
principio de renovação na continuidade é a formula perfeita para
combinar duas oportunidades no processo de desenvolvimento: o de
injecção de sangue novo aliado a experiência e maturidade» referiu o
presidente Frelimo, agora aprovado como candidato único à sua própria
sucessão.
«O
princípio de constante renovação na continuidade, permite que
experiências geradas no passado sejam valorizadas, criando as condições
em que todos ganhamos o sentido do que somos e podemos ser, a partir do
que fomos, do fizemos e do que queremos fazer» insistiu Guebuza, dando a
entender a sua intenção de querer se manter na liderança, através do
partido, ainda que abdique da Presidência da Repúbliva
O plano de Guebuza para o futuro
Ao
garantir a continuidade na presidência do partido Frelimo, Armando
Guebuza espera continuar a controlar o poder estatal mesmo sem estar na
presidência da República. O plano do actual chefe do Estado é pôr Aires
Ali a concorrer à a presidência da República como candidato da Frelimo.
Na eventualidade de ser eleito Aires Ali, Guebuza irá, então
telecomanda-lo através da presidência do partido.
Segundo
os estatutos da Frelimo, o presidente do partido Frelimo é que dirige a
comissão política, enquanto o presidente da república, se for deste
partido, é membro simples deste órgão, sem direito a voto. Porque todas
as decisões de governação da Frelimo partem da comissão política, assim
estarão criadas as condições para a subordinação do Presidente da
República ao presidente do partido Frelimo.
Assim,
a se confirmar o plano de Guebuza, ele irá continuar a presidir o
partido Frelimo e por inerência a Comissão Política, enquanto Aires Ali
irá presidir a República e sendo subordinado de Guebuza na comissão
política. Este é o plano que foi cimentado com a confirmação da
candidatura exclusiva de Guebuza à sua própria sucessão na presidência
do partido.
Oposição interna
Este
plano de Guebuza não colhe consenso dentro do partido. Há altos quadros
partidários inconformado em ver Guebuza a se manter no poder. Por isso
sabe-se que prepara-se oposição a Aires Ali, como candidato preferido
pelo Chefe do Estado. E caso seja eleito outro candidato da ala
contrária a da Guebuza, o chefe do Estado não irá obedecer as instruções
de Guebuza. Mas também o chefe do Estado a sair das eleições
presidenciais de 2014, pode ser doutro partido que não seja Frelimo. (Bernardo Álvaro e Borges Nhamirre)
Só o chefe do Estado conseguiu conter revolta dos muçulmanos
Anulada paralisação da actividade comercial
“Fomos recebidos hoje (ontem) pelo Chefe do Estado que prometeu se empenhar acima do normal no combate à criminalidade”, Ahmand Camal explicando ao Canalmoz porque a comunidade Muçulmana desistiu da desobediência civil
- No próximo sábado os Muçulmanos irão marchar até ao Gabinete do Primeiro Ministro
Maputo
(Canalmoz) – Já não haverá paralisação das actividades comerciais e
industriais a partir de amanhã, como medida promovida pelos Muçulmanos,
Hindus e Ismaelita em protesto contra a alegada inacção das autoridades
governamentais no combate aos raptos no País. Foi preciso a intervenção
do Presidente da República, Armando Guebuza, para conter a revolta dos
Muçulmanos.
Reunidos
na noite de ontem em Maputo, o grupo que anunciara medidas de
desobediência civil dentre as quais o encerramento do comércio, a partir
de hoje até a próxima quarta-feira, disse que já não vai avançar com
estas medidas.
Lembre-se
que este grupo havia reunido na sexta-feira com o Ministro do Interior,
Alberto Mondlane, para discutir precisamente a questão dos raptos, mas
não ficou satisfeito. Queria o topo da direcção da Administração Pública
a dialogar com eles: o chefe do Estado,que teve que ceder.
O
empresário Ahmad Camal foi o porta-voz do grupo que ele denominou
“movimento islâmico”. Disse que na reunião da noite de ontem “decidimos
que devíamos suspender as manifestações amanhã”.
Perguntamos porque razão houve recuo e Ahmad Camal explicou que foi devido à intervenção do chefe do Estado, Armando Guebuza.
“Na
sequência das várias reuniões que tivemos com o Governo, hoje (ontem)
fomos recebidos pelo Chefe do Estado, donde saiu um acordo e compromisso
de que nós deveríamos suspender a greve. O chefe do estado iria se
empenhar acima do normal no combate ao crime”, disse Ahmad Camal ao
Canalmoz em contacto telefónico devidamente gravado.
Camal nega divisão no seio dos muçulmanos
Muitos
representantes de membros das diversas comunidades Muçulmanas no país
têm se distanciado da intenção da paralisação das actividades comerciais
como pressão e protesto ao Governo, sendo isso interpretado como
divisão no seio da comunidade. Questionado a respeito disso, Ahmad
Camal negou que haja tal desentendimento e disse que até os não
muçulmanos apoiam a manifestação.
“Não
é verdade. Há consenso. Tínhamos até consenso das massas, de norte a
sul e centro do pais. É inequívoco que somos representantes de todos os
muçulmanos”, disse Camal negando discordância nio seio do grupo.
Manifestação pacífica no dia 01 de Setembro
Apesar
da reunião com Guebuza, os muçulmanos prometem marchar no próximo
sábado, dia 01 de Setembro, até ao Gabinete do Primeiro Ministro, onde
segundo disse o nosso interlocutor, irão entregar “um manifesto sobre as
preocupações da comunidade Muçulmana” ao PM Aires Ali, que por
coincidência é Muçulmano.
As medidas anunciadas, ora suspensas
“Entre
as medidas discutidas esta manha e que serão objecto de melhor análise
na reunião da tarde, foram propostas (i) manifestações pacíficas na
cidade de Maputo e em todo país, (ii) Passeata em direcção ao Ministério
de Interior, (iii) encerramento de todos estabelecimentos comerciais,
industriais e de serviços em TODO o país durante 03 (três) dias, (iv)
eventualmente promoção de uma campanha de desobediência Fiscal e, em
última instância, (v) caso o assunto não seja resolvido de imediato,
orientação de voto de nas próximas eleições autárquicas e
presidenciais”, lê-se no comunicado que fora publicado na sexta-feira
passada. (Borges Nhamirre)
Bispos Catolicos dizem que a paz e democracia estão em perigo
Devido ao autoritarismo de certos partidos politicos
Maputo
(Canalmoz) - Os bispos Catolicos de Mocambique dizem que os partidos
politicos mocambicanos sao autoritarios e que por via disso afirmam que a
paz e a democracia estao em perido.
Segundo
a Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) ocorrem “práticas
autoritárias” nos partidos moçambicanos devido à “intolerância” entre as
duas principais formações políticas, Frelimo e Renamo.
Em
Nota Pastoral emitida semana passada e dirigia “às Comunidades Cristãs e
aos Homens e Mulheres de Boa Vontade”, a CEM alerta ainda para o risco
de os recursos naturais que estão a ser descobertos no país se tornarem
num pesadelo.
Segundo
os bispos, o País vive o paradoxo de ter partidos que se declaram
democráticos, mas que pautam pelo autoritarismo na sua vida interna.
“Não
estaremos nós diante de um paradoxo de partidos que retoricamente se
declaram defensores da democracia, mas efectivamente, na sua práxis
interna e habitual, são autoritários?”, questiona o prelado católico
moçambicano.
Para
a CEM, a dinâmica dos partidos políticos moçambicanos, ou “uma boa
parte deles”, é imposta pelas lideranças, em detrimento do livre
pensamento da maioria dos membros.
“Não
terão muitos membros dos partidos políticos medo de expressar a própria
opinião, quando difere da elite dirigente? Serão consistentes e
sustentáveis uma democracia e uma convivência pacífica assentes no medo
de pensar diferente e expor publicamente o próprio pensamento?”, indagam
os bispos católicos moçambicanos.
A
CEM refere-se igualmente ao 20.º aniversário do Acordo Geral de Paz, que
se assinala no próximo dia 04 de outubro, chamando a atenção para o
facto de a intolerância entre a Frelimo, partido no poder, e a Renamo,
principal partido da oposição, constituírem uma ameaça à paz.
“Sempre
no desejo de contribuir para uma maior reflexão sobre a nossa
convivência nestes 20 anos, após o Acordo Geral de Paz, podemos
continuar a perguntar se não estarão ameaçadas a democracia e a paz”,
lê-se na Nota Pastoral.
Recuros naturais podem virar pesadelo
Os
bispos moçambicanos lançam também um olhar sobre a vaga de descobertas
de recursos minerais em Moçambique e manifestam-se preocupados com o
risco de essa riqueza poder converter-se em “pesadelo”.
“Se
vierem a faltar a sabedoria, a prudência e políticas justas e
clarividentes na sua exploração, os recursos naturais podem tornar-se em
pesadelo”, chamam a atencao os bispos. (Bernardo Alvaro)
Polícia sul-africana investiga acidente de aviação de Mbuzini
África do Sul
(Nelspruit)
– As novas investigações sobre o acidente de Mbuzini, prometidas pelo
chefe de Estado sul-aficano, Jacob Zuma, durante uma visita efectuada a
Moçambique de 13-14 de Dezembro de 2011, estão a cargo da Direcção para a
Investigação Prioritária do Crime (DPCI), soube o Canalmoz de fonte
segura em Nelspruit. Também conhecida por «Falcões» (ou Hawks), a DPCI
tem vindo a entrevistar entidades moçambicanas, sul-africanas e suázis
ligadas ao sector da aeronáutica, entre outras. A unidade policial,
«Falcões», é chefiada por Anwa Dramat, antigo combatente na
clandestinidade do Umkhonto weSizwe, braço armado do ANC.
Prevê-se
que os investigadores da unidade Falcões interroguem membros da
Comissão de Inquérito nomeada pelo governo moçambicano na sequência do
desastre de Mbuzini, em particular o Major-General Jacinto Veloso.
A
nossa fonte referiu que o Maj. Gen. Veloso ʺé certamente uma das figuras
na lista dos Falcões, em virtude das revelações que fez num livroʺ
recentemente editado na África do Sul pela Zebra Press (Memories at Low
Altitude). no livro, Veloso dá conta de que a União Soviética impediu
que investigadores da Comissão de Inquérito moçambicana entrevistassem
um dos tripulantes do Tupolev presidencial que havia sobrevivido ao
acidente de Mbuzini e que se encontrava na altura hospitalizado em
Maputo. O autor de «Memories at Low Altitude» refere que a Embaixada da
URSS na capital moçambicana legou que o estado de saúde do tripulante,
Vladimir Novoselov, não permitia que ele fosse interrogado a respeito do
acidente, mas dias depois a missão diplomática soviética no nosso país
tratou de evacuá-lo para Moscovo, sem disso ter notificado a Comissão de
Inquérito moçambicana. A saída de Novoselov para Moscovo processou-se,
porém, com o conhecimento do governo moçambicano.
Peritos
sul-africanos e moçambicanos, que permaneceram na União Soviética entre
Novembro e Dezembro de 1986 no âmbito das investigações sobre o
acidente de Mbuzini, apresentaram um pedido formal à Comissão de
Inquérito soviética para uma entrevista com Vladimir Novoselov, que
havia partido de Maputo para Moscovo a 5 de Novembro, acompanhado da
esposa, Nadja Novoselov. A Comissão de Inquérito soviética, presidida
por Ivan Donstov, não satisfez o pedido, alegando a ʺinexistência de
meios de transporte para uma viagem a Leninegradoʺ, cidade onde
Novoselov residia. (Redacção)
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Guebuza insiste na “renovação na continuidade”
Durante a abertura da VII sessão do CC
…fala
de um Moçambique que quase entrou em colapso, se não fosse a sorte de
ter sido e estar a ser dirigido por “uma Frelimo reinventada”
Maputo
(Canalmoz) – Arrancou omtem, quinta-feira, na Escola Central do Partido
Frelimo, na Matola, a VII sessão ordinária daquela formação política.
Deverá decorre até ao próximo domingo, dia 26 de Agosto corrente.
A
reunião começou com um equívoco: o hino da Frelimo revolucionária que já
não tem nada a ver com a Frelimo actual. É que o hino diz que com a
Frelimo “o socialismo triunfará”, enquanto os actuais dirigentes da
Frelimo são o exemplo do capitalismo selvagem e anti-ético, onde o
Estado é usado para fins empresariais em benefício próprio, e ser
dirigente passou a ser sinónimo de ser empresário.
Colapso não fosse a Frelimo
O
presidente do partido Frelimo que é simultaneamente presidente da
República, Armando Guebuza, foi quem procedeu à abertura da sessão. No
seu discurso disse que Moçambique entraria em colapso depois da
independência, “não fosse a sorte de ser dirigido pela Frelimo que se
reinventou para superar esse desafio”.
“Aí
tivemos que começar de zero e a vida económica e social em Moçambique
só não entrou em colapso porque a nossa pátria amada tem a sorte de ser
dirigida pela Frelimo que se reinventou para superar esse desafio”,
afirmou Armando Guebuza em alusão ao período logo após a independência.
Renovação na continuidade
Num
outro desenvolvimento, o presidente da Frelimo insistiu na “renovação
na continuidade” defendendo ser um mecanismo de geração de novas
estratégias para enfrentar, com sucesso, os desafios da actualidade.
Segundo
Armando Guebuza, um dos princípios fundamentais que deve orientar o
funcionamento da Frelimo, deve ser o compromisso com o princípio de que a
constituição dos órgãos deve ser o de “constante renovação na
continuidade”.
Guebuza
disse ainda que este princípio representa o renascimento contínuo do
“nosso pensamento e a reinvenção da Frelimo para enfrentar os desafios
de cada etapa”.
“O
princípio de renovação na continuidade é a fórmula perfeita para
combinar duas oportunidades no processo de desenvolvimento: o de
injecção de um sangue novo aliado a experiência e maturidade”, referiu o
presidente da Frelimo e “candidato natural” à sua própria sucessão no
partido apesar de haver fortes correntes internas que não concordam que
ele sucede a si mesmo na direcção do partido já que não pode continuar a
candidatar-se a presidente da República por força da Constituição da
República.
Guebuza
justificou que “colocar a questão nestes termos” em que colocou
“significa que há aqui ruptura com o passado, porque é justamente a
presença do passado que garante a continuidade no presente”.
“É
neste processo que se realiza a passagem do testemunho, porque ele não
se realizaria com sucesso rompendo com o passado ou vilipendiando os que
construíram esse passado, um passado que nutre o presente”, disse o
também o presidente do Partido Frelimo na sessão do comité central em
curso.
Ele
concluiu dizendo que “os membros que fazem parte da continuidade
assumem a missão de transmitir a nossa história de muitas vitórias,
honras e glórias”.
“O
princípio de constante renovação na continuidade permite que
experiências geradas no passado sejam valorizadas, criando condições em
que todos ganhamos o sentido do que somos e podemos ser a partir do que
fomos, do que fizemos e do que queremos fazer”, insistiu Guebuza, dando a
entender a sua intenção de querer se manter na liderança do partido.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Concorrentes de Guebuza à presidência da Frelimo continuam sem se revelar
À presidência da Frelimo
Tem
hoje início a última sessão do Comité Central da Frelimo a ser dirigida
pelo actual elenco presidido por Guebuza. A próxima sessão será depois
do X Congresso e com nova direcção
Maputo
(Canalmoz) – O Comité Central do partido Frelimo reúne-se a partir de
hoje, quinta-feira, dia 23 de Agosto, até ao próximo domingo dia 26, na
cidade da Matola, capital da província de Maputo, na sua VII sessão
ordinária no âmbito da preparação do X Congresso a ter lugar de 23 a 28
do próximo mês de Setembro, na cidade de Pemba, capital da província de
Cabo Delgado, que faz fronteira com a Tanzania. O tema da sucessão na
presidência do partido continua a ser o topo da agenda para a opinião
pública que quer saber quem irá enfrentar “o todo poderoso” Armando
Guebuza. Tudo indica que há concorrentes ao “candidato natural”, mas
eles continuam sem se revelar, pelo menos publicamente.
O
secretário do Comité Central para a Mobilização e Propaganda e porta-voz
da Frelimo, o deputado Edson Macuácua, convocou na manhã de ontem uma
Conferência de Imprensa para dizer que a referida sessão ordinária que
será dirigida pelo presidente daquela formação política, Armando
Guebuza, vai ser a última do mandato da actual direcção do partido.
Edson
Macuácua anunciou que “esta sessão é fundamental para preparar o X
Congresso”. Acrescentou que da agenda desta VII sessão ordinária do
Comité Central, que vai ter lugar na Escola do Partido Frelimo, se
centrará na discussão e aprovação da proposta da agenda do X Congresso.
“Isso
significa que esperamos a partir desta VII sessão, termos aprovada a
proposta concreta dos pontos que vão corporizar a proposta da agenda
para o décimo congresso”, disse o porta-voz do partido Frelimo.
Ainda
de acordo com Macuácua, nesta sessão o CC vai debruçar-se sobre a
proposta de relatório do Comité Central ao X Congresso, que constitui o
documento que faz a radiografia da situação actual do País e o balanço
das conquistas e realizações do partido Frelimo.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Quem são os donos?
Partidos políticos importam viaturas de luxo para terceiros.
Mais
uma frota de viaturas de luxo foi apreendida pelas Alfândegas de
Moçambique. E a marca Range Rover continua a liderar a lista das
viaturas preferidas pelos partidos políticos, num negócio que promete
ainda desvendar muitos esquemas.
A campanha das Alfândegas de Moçambique contra o negócio de importação de
viaturas de luxo, sob pretexto de pertencerem a partidos políticos,
continua e com novas apreensões. E a marca Range Rover continua a
liderar a lista das viaturas preferidas pelos partidos, aliás, pelos
“patrões” dos partidos, que em nome destes mandam importar viaturas para
gozar de isenção aduaneira.
Manuel de Araújo trata Itai Meque de ‘Hóspede’
O governador
da Zambézia, Itai Meque e o edil de Quelimane, Manuel de Araújo, que no passado
se desentenderam, mesmo antes da eleição autárquica de Dezembro, acabaram por
protagonizar uma nova fricção, que resvalou para pronunciamentos do cunho
tribal.
As celebrações do 70º aniversário da elevação de Quelimane à categoria de cidade, assim, acabaram por ter essa nódoa, aparentemente em conexão com a reivindicação de protagonismo político, segundo escreve o Diário de Moçambique, na sua edição de hoje.
O jornal, que se publica na cidade da Beira, refere que de Araújo até teve que se socorrer da sua língua materna, “chuabo”, para dar ênfase às suas expressões que, de simples disputas políticas, ganharam contornos tribais.
As celebrações do 70º aniversário da elevação de Quelimane à categoria de cidade, assim, acabaram por ter essa nódoa, aparentemente em conexão com a reivindicação de protagonismo político, segundo escreve o Diário de Moçambique, na sua edição de hoje.
O jornal, que se publica na cidade da Beira, refere que de Araújo até teve que se socorrer da sua língua materna, “chuabo”, para dar ênfase às suas expressões que, de simples disputas políticas, ganharam contornos tribais.
O jovem edil terá afirmado que “Queremos avisar aos hóspedes para que sejam educados, porque um hóspede, quando é servido água, depois de beber, não pode abusar o seu hospitaleiro”. Palavras citadas pelo jornal e que terão sido proferidas em língua local chuabo e em português.
“A nós não intimida porque realmente a terra é nossa, há muito tempo pisavam-nos, agora que a cidade é nossa, não permitimos que hóspedes venham fustigar a nossa cultura e abusar-nos”.
Sociedade civil procura alternativas viáveis de protecção social básica em Moçambique
Maputo
(Canalmoz) - A criação de um fundo de pensões é uma alternativa viável
para o financiamento autónomo e regular da Protecção Social Básica em
Moçambique, defendeu ontem em Maputo o director de Investigação do
Instituto dos Estudos Económicos e Sociais (IESE), António Francisco.
O
professor António Francisco defende que iniciativas de género estão a
funcionar convenientemente em países como Chile e Cuba e, no seu
entender, em Moçambique o fundo de pensões é possível funcionar desde
que haja uma abertura por parte do Estado em criar-se mecanismo para que
tal exista.
O
académico e investigador falava durante o encontro da Plataforma da
Sociedade Civil Moçambicana para Protecção Social (PSM-PS). Explicou a
certa altura que a iniciativa deve partir da sociedade civil, tendo em
conta que o sistema actual de protecção social é falido.
“O
Estado deve concertar-se nos seus deveres e direitos e deixar a
sociedade civil fazer o que lhe compete”, apontou o economista, tendo
criticado o Governo do dia pela gestão desregulada das contribuições por
parte das pessoas colectivas e singulares ao Instituto Nacional de
Segurança Social (INSS).
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Moçambique é o terceiro destino de investimentos em África
Depois de Angola e Zâmbia
Maputo
(Canalmoz) – Segundo aponta um estudo do First National Bank (FNB),
Moçambique é o terceiro país africano que mais investimento estrangeiro
recebe, sendo apenas ultrapassado por Angola (1º) e Zâmbia.
Os
dados do ¬FNB analisam um total de 18 países de África Subsahariana.
Foram apresentados em Maputo na noite da quinta-feira última, num evento
realizado anualmente pelo banco sul-africano com representação em
Moçambique, denominado “Economic Briefing”.
O
FNB justifica que Moçambique conseguiu esta posição graças a boas marcas
de robustez das contas externas, uma boa consolidação fiscal, associada
a uma relativa estabilidade do sistema financeiro e a redução da
inflação.
Porém,
os recursos naturais ainda se assumem como uma componente chave do
crescimento da economia, facto que poderá influenciar ainda mais no
crescimento acelerado do investimento estrangeiro no país, na leitura
deste banco.
Segundo
Lucas Chachine, administrador do FNB, as constatações que o banco
apresentou resultam de um trabalho que a sua instituição fez exactamente
para apurar qual é o crescimento da economia Subsahariana, e a
moçambicana em particular.
Para Lucas Chachine, Moçambique tem registado uma grande evolução nas questões essenciais da macro economia.
Para
este administrador do First Nacional Bank, o ranking apresentado pela
sua corporação significa que o país tem melhorado significativamente os
parâmetros como a inflação, e controlo cambial. Segundo Chachine, estes
dois pontos vêm a favorecer a posição de Moçambique entre os países que
são mais propícios a investimentos a nível da África Subsahariana, na
medida em que ninguém apostaria se estes pontos não fossem salutares.
“Ninguém arriscaria em investir num país onde a inflação é aguda, ou que
a relação cambial não é propícia para investimentos”, declarou. (António Frades)
Polícia ordena prisão de delegado político da Renamo
Situação política conturbada em Angoche
Nampula
(Canalmoz) – Na noite de ontem, quando estava prestes a fechar esta
edição do Canalmoz, chegou-nos notícia da detenção do delegado político
da Renamo, no distrito de Angoche, província de Nampula.
Segundo apurou o Canalmoz de diversas fontes, a detenção foi ordenada pelo comandante da PRM no distrito.
O
membro da Renamo é acusado de ter agredido fisicamente o secretário do
Partido Frelimo na localidade de Sangage, António Wachapo.
A
informação sobre este caso ainda é escassa, mas o certo é que o delegado
da Renamo está detido e o partido liderado por Afonso Dhlakama acusa a
policia de ter feito uma detenção política.
A Renamo exige a libertação imediata do detido e ameaça recorrer à força para retirar o seu membro dos calabouços. (Aunício da Silva, em Nampula)
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
"Falo-te da outra reunião, paralela à Cimeira: a reunião das primeiras damas da região"
MARCO DO CORREIO, por Machado da Graça
Meu caro Aníbal
Espero que estejas de saúde. Do meu lado está tudo bem, felizmente.
Mas com certa curiosidade em saber como vai decorrer uma das reuniões marcadas para hoje em Maputo.
Não, não estou a falar da Cimeira da SADC. Essa já se sabe, mais ou menos, como vai decorrer.
Falo-te da outra reunião, paralela à Cimeira: a reunião das primeiras damas da região.
E a minha curiosidade vem do facto de a nossa região ser fértil em primeiras damas. Imagina que, só na Suazilândia, o rei Mswati III é casado com 12 ou 13 esposas, já lhe perdi a conta. Se vierem todas à reunião podes imaginar a cena.
Mas esse tipo de problema não é só da Suazilândia.
Meu caro Aníbal
Espero que estejas de saúde. Do meu lado está tudo bem, felizmente.
Mas com certa curiosidade em saber como vai decorrer uma das reuniões marcadas para hoje em Maputo.
Não, não estou a falar da Cimeira da SADC. Essa já se sabe, mais ou menos, como vai decorrer.
Falo-te da outra reunião, paralela à Cimeira: a reunião das primeiras damas da região.
E a minha curiosidade vem do facto de a nossa região ser fértil em primeiras damas. Imagina que, só na Suazilândia, o rei Mswati III é casado com 12 ou 13 esposas, já lhe perdi a conta. Se vierem todas à reunião podes imaginar a cena.
Mas esse tipo de problema não é só da Suazilândia.
Como te recordarás, o nosso outro vizinho, o Presidente Jacob Zuma,
da África do Sul, também é casado com quatro esposas. As más línguas
dizem que ele ainda tem mais umas namoradas, por fora, mas essas não
contam. Ficamos só com as oficiais, casadas de papel passado.
Estás a ver que só dois países já nos brindam com quase duas dezenas de primeiras damas. Uma inflação.
Mas as dificuldades não ficam por aqui.
Temos também o caso do Malaui. Eu não sei se a Presidente Joyce Banda é casada. Mas, caso seja, o Malaui não será representado, nesse encontro, por uma primeira dama mas sim por um primeiro cavalheiro.
Não tens pena dele, sozinho no meio daquele mulherio todo? Eu tenho. Repara quando chegar o momento dos intervalos das sessões de trabalho, quando as primeiras damas aproveitam para mostrar, umas às outras, os crochets que andam a fazer ou a última moda de penteados, como se sentirá o pobre coitado?
E esperemos que as coisas não dêem para o torto e não tenhamos a Primeira Dama da Tanzânia a arranhá-lo e a tentar arrancar-lhe os cabelos, reivindicando o direito a tomar banho nas praias do lado tanzaniano do Lago Niassa.
A ver vamos.
Um abraço para ti do
Machado da Graça
CORREIO DA MANHÃ – 17.08.2012
Estás a ver que só dois países já nos brindam com quase duas dezenas de primeiras damas. Uma inflação.
Mas as dificuldades não ficam por aqui.
Temos também o caso do Malaui. Eu não sei se a Presidente Joyce Banda é casada. Mas, caso seja, o Malaui não será representado, nesse encontro, por uma primeira dama mas sim por um primeiro cavalheiro.
Não tens pena dele, sozinho no meio daquele mulherio todo? Eu tenho. Repara quando chegar o momento dos intervalos das sessões de trabalho, quando as primeiras damas aproveitam para mostrar, umas às outras, os crochets que andam a fazer ou a última moda de penteados, como se sentirá o pobre coitado?
E esperemos que as coisas não dêem para o torto e não tenhamos a Primeira Dama da Tanzânia a arranhá-lo e a tentar arrancar-lhe os cabelos, reivindicando o direito a tomar banho nas praias do lado tanzaniano do Lago Niassa.
A ver vamos.
Um abraço para ti do
Machado da Graça
CORREIO DA MANHÃ – 17.08.2012
Cartas ao Presidente da República (26)
LEVIATÃ
Por Laurindos Macuácua
Esta sexta-feira, Presidente, nem consigo raciocinar melhor. Escrevo-lhe desolado. Sinto um frio interior e as pernas bambas. O meu estômago está às voltas. Tenho náuseas em abundância na minha boca famélica. Está assustado, excelência? Deixa passar. Já estou acostumado. Fazer o quê?! O povo não sente dores. Não é isso que se diz por ai?
Sabe, Presidente: eu vivo longe. Lá mesmo nos arrabaldes. Para ver o “chapa” é difícil. Só aqueles mesmo de caixa-aberta.
Aqueles apropriados para transportar gado prestes a abater. Empurramo-nos. Gritamos uns aos outros. Mas acabamos chegando ao nosso destino. Pode ser com roupa amarfanhada, rasgada, suja. Mas chegamos. Nem imagino o verão que se avizinha. É só catinga no “chapa”. Chiça! Vida de pobre é pobreza absoluta. Nem apanha nada dos sete milhões para desenvolver a sua família. Primeiro tem que comer não é, para depois ter planos!?
Por Laurindos Macuácua
Esta sexta-feira, Presidente, nem consigo raciocinar melhor. Escrevo-lhe desolado. Sinto um frio interior e as pernas bambas. O meu estômago está às voltas. Tenho náuseas em abundância na minha boca famélica. Está assustado, excelência? Deixa passar. Já estou acostumado. Fazer o quê?! O povo não sente dores. Não é isso que se diz por ai?
Sabe, Presidente: eu vivo longe. Lá mesmo nos arrabaldes. Para ver o “chapa” é difícil. Só aqueles mesmo de caixa-aberta.
Aqueles apropriados para transportar gado prestes a abater. Empurramo-nos. Gritamos uns aos outros. Mas acabamos chegando ao nosso destino. Pode ser com roupa amarfanhada, rasgada, suja. Mas chegamos. Nem imagino o verão que se avizinha. É só catinga no “chapa”. Chiça! Vida de pobre é pobreza absoluta. Nem apanha nada dos sete milhões para desenvolver a sua família. Primeiro tem que comer não é, para depois ter planos!?
Sabe, Presidente, que não tenho plano nenhum para o salário deste
mês? O que havia pensado se esfumou. Havia pensado em comprar dois
quilos de peixe, um frango, um pouco de arroz e alguma bebida- dessas de
Tentação mesmo para alegrar os convidados. É que no fim-de-mês terei
uma visita familiar. Vem ver o meu primeiro filho que acaba de nascer.
Recém-nascido tem que ser, primeiro, visitado pela família para lhe dar
sorte. Mas, como dizia, tudo se esfumou.
É que, o TPM que, de quando em vez nos transporta para a cidade, não veio à minha zona esta semana. Consequência: faltei alguns dias e outros atrasei. O patrão não quis nem saber. Sentenciou: cortar o salário. Se já é magro, afinal, vai cortar o quê?
Dizem que o TPM não veio por falta de gás natural. Ouvi do meu vizinho que estudou muito e tem televisor lá em casa e energia eléctrica. Eu ainda continuo com aquele meu xiphefo. Às vezes tenho velas. Mas fazer o quê. Estou acostumado. A família também.
Diga-me uma coisa, Presidente: afinal como é que vocês dirigem a nação? Basta faltar gás não há transporte? Para que serve o gás nos autocarros? É que o carro do vizinho, apesar de ser um pouco podre, ainda anda e ele nem se preocupa com gás.
Bom, vou parar aqui. Não posso abusar do seu tempo excelência. É mau exemplo. O que vai dizer o meu chefe de quarteirão quando souber que ando a lhe incomodar? Escapou uma coisa, excelência. Desculpa. Lá na escola onde estudam as crianças dos meus vizinhos estão a cobrar aos pais e encarregados de educação 150 meticais por aluno. Dizem que é para a construção de casas de banho. A população diz que não tem dinheiro. Não será para esse X Congresso da Frelimo de que tanto se fala? Adeus.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 17.08.2012
É que, o TPM que, de quando em vez nos transporta para a cidade, não veio à minha zona esta semana. Consequência: faltei alguns dias e outros atrasei. O patrão não quis nem saber. Sentenciou: cortar o salário. Se já é magro, afinal, vai cortar o quê?
Dizem que o TPM não veio por falta de gás natural. Ouvi do meu vizinho que estudou muito e tem televisor lá em casa e energia eléctrica. Eu ainda continuo com aquele meu xiphefo. Às vezes tenho velas. Mas fazer o quê. Estou acostumado. A família também.
Diga-me uma coisa, Presidente: afinal como é que vocês dirigem a nação? Basta faltar gás não há transporte? Para que serve o gás nos autocarros? É que o carro do vizinho, apesar de ser um pouco podre, ainda anda e ele nem se preocupa com gás.
Bom, vou parar aqui. Não posso abusar do seu tempo excelência. É mau exemplo. O que vai dizer o meu chefe de quarteirão quando souber que ando a lhe incomodar? Escapou uma coisa, excelência. Desculpa. Lá na escola onde estudam as crianças dos meus vizinhos estão a cobrar aos pais e encarregados de educação 150 meticais por aluno. Dizem que é para a construção de casas de banho. A população diz que não tem dinheiro. Não será para esse X Congresso da Frelimo de que tanto se fala? Adeus.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 17.08.2012
Sociedade civil exige despartidarização e transparência da CNE e do STAE
Além do controlo na gestão dos cadernos eleitorais.
A
sociedade civil defende a necessidade de se despartidarizar a Comissão
Nacional de Eleições (CNE), além da criação da transparência no
Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e do controlo e
gestão dos cadernos eleitorais.
“A
sociedade civil entende que, de facto, a Comissão Nacional de Eleições
deve prosseguir com a sua despartidarização e que a sociedade civil deve
ter maior protagonismo nessa questão. Em relação ao STAE, a questão
consiste na necessidade de haver mais transparência em termos de
contratação de técnicos e dos membros das mesas para, por um lado,
evitar problemas de fraco domínio dos actos e procedimentos eleitorais
na mesa de voto e, por outro, esses membros das mesas de voto devem
também ter um cunho menos partidarizado”, disse Guilherme Nbilana,
porta-voz do encontro.
Nbilana
acrescentou ainda que os partidos políticos queixam-se da falta do
acesso às cópias dos cadernos eleitorais e, como tal, a ideia é que deve
haver um maior controlo na gestão dos cadernos eleitorais, deixando-os à
disposição dos partidos políticos.
As
dificuldades na designação dos membros da Comissão Nacional de Eleições
(CNE) vindos da sociedade civil, a falta de actualização do
recenseamento eleitoral com a devida antecedência, a ausência de
financiamento das Eleições Autárquicas e a dificuldade de exercício do
direito a voto pelos observadores nacionais constituem parte dos
problemas identificados na legislação eleitoral.
«O País»
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Guebuza reconhece fracasso do seu Governo
Em relatório divulgado ontem em Maputo
São fragilidades, segundo o referido relatório, que vão desde a burocracia à corrupção prevalecentes nas instituições públicas…
Maputo (Canalmoz) - O presidente da República, Armando Guebuza, reconhece haver graves problemas na governação do país.
O
reconhecimento do fracasso das políticas do Governo está expresso no
“Relatório do Balanço da Terceira Edição da Presidência Aberta e
Inclusiva”, divulgado ontem em Maputo pela ministra da Administração
Estatal, Carmelita Namaschilua.
Neste
documento, o chefe de Estado que é simultaneamente chefe do Governo
onde é coadjuvado por Aires Ali, primeiro-ministro, diz ter constatado
fragilidades gritantes da sua governação.
São
fragilidades, segundo o referido relatório, que vão desde a burocracia à
corrupção prevalecentes nas instituições públicas, exiguidade de
unidades sanitárias sobretudo nas zonas fronteiriças, onde a população é
obrigada a se deslocar para os países vizinhos para poder ter acesso
aos cuidados médicos, até à deterioração de produtos agrícolas nas mãos
dos produtores, devido, primeiro, à intransitabilidade das vias de
acesso para o escoamento das mesmas, das zonas de produção para as zonas
de consumo, segundo, devido à falta de um sistema eficaz no país para a
comercialização da produção agrícola.
Luís Mondlane deve suspender o exercício da magistratura
O Centro de Integridade Pública considera que o Juiz Conselheiro Luís
Mondlane, antigo Presidente do Conselho Constitucional, cargo ao qual
renunciou após denúncias de gestão danosa apresentadas pela Imprensa,
deve suspender imediatamente o exercício da magistratura.
É
que, após ter-lhe instaurado um processo de inquérito pelo Conselho
Constitucional, ficou concluído que as acusações que foram levantadas
contra ele eram procedentes e configuravam ilícito criminal passível de
investigação/instrução do respectivo processo pela Procuradoria-Geral
da República (PGR), tendo em conta que ele exerce as funções de Juiz
Conselheiro no Tribunal Supremo, que é o mais alto órgão na hierarquia
dos tribunais judiciais em Moçambique.O resultado do inquérito indicava a existência de indícios que deviam ser averiguados a fundo pela instância competente, neste caso a PGR, uma vez que o Conselho Constitucional investigou apenas os actos de gestão danosa para verificar se as suspeitas eram de natureza criminal ou se se estava perante actos de improbidade administrativa passíveis de tratamento ao nível do Tribunal Administrativo, cuja função é velar pela conformidade da gestão das contas públicas com o plasmado na lei.
“Solicitamos ao Governo que esclareça a sua interpretação da laicidade do Estado”
“Islâmicos” indignados com comunicados do MINED.
Na
carta, o Movimento Islâmico de Moçambique refere que “não faz sentido
que o Governo, através do Ministério da Educação, não saiba interpretar
artigos da constituição tão básicos”...
Comunicados do MINED preocupam o Movimento Islâmico |
O
Movimento Islâmico de Moçambique emitiu uma carta-reacção aos
contraditórios comunicados do Ministério da Educação, na qual se mostra
indignado com a forma como o Governo interpreta a Constituição da
República.
Na
carta, o Movimento Islâmico de Moçambique refere que “não faz sentido
que o Governo, através do Ministério da Educação, não saiba interpretar
artigos da constituição tão básicos”, realçando que “este assunto é
recorrente e o próprio ministério já teve posições reconciliatórias no
passado, o que significa que esta trapalhada de comunicados é um
retrocesso inaceitável e profundamente ilegal.”
Na
mesma carta, assinada por Amade Camal, o Movimento Islâmico de
Moçambique solicita o Governo a esclarecer o significado de laicidade.
“Solicitamos
ao Governo de Moçambique que esclareça a sua interpretação da laicidade
do estado, já que este tem sido o argumento para sustentar o seu
anti-islamismo”.
«O País»quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Não há máquina partidária que seja invencível ou inamovível
A democracia faz-se todos os dias
Por Noé Nhantumbo
Urge travar a impetuosidade dos promotores de ilicitudes. Quem espera pelos pleitos eleitorais para denunciar ilicitudes condena-se à derrota. Combater pela democracia é hoje, amanhã, todos os dias…
Não se pode adiar o combate pela democracia em Moçambique.
Não se pode ter medo de supostos colossos. Não há máquina partidária que seja invencível ou de algum modo inamovível.
O fatalismo que certas correntes pretendem fazer passar à sociedade e levar a vingar no seio dos moçambicanos é falsa retórica dos que afinal são de facto contra a democracia.
Esses querem fazer crer que os moçambicanos estão contentes e satisfeitos com a fraude generalizada, com a manipulação, com a compra de votos, com a invalidação de votos válidos de adversários políticos, com a utilização abusiva e contra a lei de meios do Estado, com a recolha de dinheiros do Estado nas empresas públicas e privadas para financiar campanhas de quem está no poder. Parece que algumas correntes do pensamento político moçambicano praticam o provérbio “enquanto os cães ladram a caravana passa”.
Por Noé Nhantumbo
Urge travar a impetuosidade dos promotores de ilicitudes. Quem espera pelos pleitos eleitorais para denunciar ilicitudes condena-se à derrota. Combater pela democracia é hoje, amanhã, todos os dias…
Não se pode adiar o combate pela democracia em Moçambique.
Não se pode ter medo de supostos colossos. Não há máquina partidária que seja invencível ou de algum modo inamovível.
O fatalismo que certas correntes pretendem fazer passar à sociedade e levar a vingar no seio dos moçambicanos é falsa retórica dos que afinal são de facto contra a democracia.
Esses querem fazer crer que os moçambicanos estão contentes e satisfeitos com a fraude generalizada, com a manipulação, com a compra de votos, com a invalidação de votos válidos de adversários políticos, com a utilização abusiva e contra a lei de meios do Estado, com a recolha de dinheiros do Estado nas empresas públicas e privadas para financiar campanhas de quem está no poder. Parece que algumas correntes do pensamento político moçambicano praticam o provérbio “enquanto os cães ladram a caravana passa”.
Mas isso não só é grave como de consequências profundamente
prejudiciais ao projecto de construção de uma nação forte, equilibrada e
desenvolvida.
TVM suspende programa “A Semana” que era considerado crítico ao Governo
Director
de Informação da TVM confirma a suspensão do programa, mas diz que “é
algo normal numa televisão”. PCA da TVM está no Brasil
Maputo
(Canalmoz) - O Programa “A semana”, que vinha passando na televisão de
Moçambique (TVM) aos domingos na hora nobre, acaba de ser suspenso,
segundo apurou o Canalmoz, por “ordens superiores”. Coube ao director de
Informação da TVM, Simião Ponguane, anunciar a suspensão do programa
por tempo indeterminado.
Os
jornalistas Alexandre Chiúre, delegado do Diário de Moçambique em
Maputo, e Daniel Cuambe, editor de Economia do jornal Notícias, que eram
comentadores residentes do programa “A Semana” foram reunidos esta
terça-feira, 14 de Agosto, e informados, pelo director de Informação da
TVM, Simião Ponguane, que o programa não mais irá para o AR.
O
Canalmoz apurou que quando questionado sobre as razões da suspensão do
programa “A Semana”, Simião Ponguane disse que estava a cumprir ordens
emanadas pelo presidente do Conselho de Administração da TVM, Armindo
Chavane.
Porém,
sabe-se que a suspensão do “A Semana” emanou do Partido Frelimo que não
estava a gostar do teor crítico do programa, principalmente pelo que
dizia o jornalista Alexandre Chiúre que não tinha papas na língua para
falar abertamente sobre as políticas erradas e correctas do Governo do
dia.
O
Canalmoz apurou que o porta-voz e deputado da Frelimo, Edson Macuácua,
foi uma das pessoas que travou acérrima discussão com um dos
comentadores residentes do programa “A Semana” dias antes do anúncio da
sua suspensão. Depois dessa discussão o Partido Frelimo ordenou que o
programa não mais fosse para o AR.
“É algo normal na televisão”
O
Canalmoz contactou o director de Informação da TVM, Simião Ponguane,
para saber o que terá levado a que se ordenasse a suspensão do programa.
Ponguane diz que não houve um motivo especial. Observou que numa
televisão ou rádio a suspensão de um programa é algo normal.
“Este
não é o primeiro programa que parámos. É normal numa televisão os
programas pararem. Já tivemos muitos programas que pararam”, disse.
Citou os programas África Magazine, Justiça e Ordem, que, segundo disse,
deixaram de ir para o ar este ano.
“Por
que razão não perguntaram porquê estes programas já não vão para o
AR?...só falam de “A Semana”? questiona Panguana para demonstrar que o
programa chegou ao fim, naturalmente.
“Fazemos
refrescamento do programa. Isso é normal numa televisão. O África
Magazine também parou. Eu entrei na televisão em 1988. Encontrei este
programa a ir para o AR, mas este ano parou”, explica Panguana.
Sobre
o período de antena em que aos domingos, após o telejornal, ia para o
ar o programa ora suspenso, Ponguane explicou que será preenchido por
entrevistas no telejornal. Aos domingos passará a haver um convidado
para ser entrevistado.
O
presidente do Conselho de Administração da TVM, Armindo Chavana,
encontra-se actualmente fora do país, concretamente no Brasil. (Borges Nhamirre e Bernardo Álvaro)
Anselmo Ralph sofre de doença que o pode impedir de continuar a cantar
O
astro do RnB em Angola "Anselmo Ralph" revelou em entrevista, que sofre
de uma doença que o pode impedir de cantar num futuro próximo, segundo
informações dos médicos.
Os
médicos aconselharam-no a abrandar o rítmo com o qual se dedica à
música, pelo que o cantor receia que tenha mesmo de vir a deixar de
cantar.
Anselmo
Ralph é actualmente um dos músicos angolanos de maior popularidade,
contando com mais de 153.000 seguidores no Facebook e milhares de
visualizações na rede Youtube.
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http://www.scribd.com/doc/39479843/Schaum-Descriptive-Geometry