AS autoridades peruanas tinham contabilizado até ontem 510 corpos das vítimas dos dois terramotos que abalaram algumas zonas do Peru na quarta-feira, anunciaram fontes oficiais em Lima, a capital.
No meio da agitação, apesar das estradas cortadas, as equipas de socorro esforçavam-se ontem para tentar descobrir corpos por entre os escombros que cobrem a localidade de 130 mil habitantes, na costa sul do Peru, a 240 quilómetros de Lima.
É em Pisco e duas localidades vizinhas, Ica e Chincha, que se concentra a maior parte das vítimas mortais contadas até agora, entre 500 e 510, com 1600 pessoas feridas.
O presidente peruano, Alan Garcia, deslocou-se a Pisco num avião militar e percorreu as ruas devastadas, onde um habitante lhe lançou um apelo: "Presidente, precisamos de caixões."
Um dos locais onde se procuram sobreviventes é nas ruínas da Igreja de São Clemente, quase totalmente destruída, cujo telhado ruiu sobre os fiéis em plena missa, quando o sismo atingiu a cidade, um pouco antes das 7.00 horas da manhã de quarta-feira.
Após horas de buscas, sob pressão de habitantes que afirmavam ouvir gritos sob os escombros, os bombeiros conseguiram retirar seis pessoas, que foram imediatamente transportadas para o hospital.
No local, as pessoas continuavam quinta-feira com esperança de encontrar os seus familiares com vida, apesar de nos passeios da cidade já haver dezenas de cadáveres mal cobertos.
O presidente da Câmara de Pisco, Juan Mendoza, lançou um apelo à ajuda governamental, referindo-se às "centenas de mortos" nas ruas e feridos nos hospitais. "Indescritível" foi como o autarca descreveu o cenário, afirmando que 70 porcento da cidade foi arrasada.
"Não temos água, comunicações, as casas e as igrejas estão destruídas", lamentou o autarca.
Em Ica, cidade com 320 mil habitantes, o autarca Mariano Nacimiento estimou que tenham morrido 70 pessoas e 800 tenham ficado feridos, repetindo os apelos para o envio de medicamentos, tendas de campanha, mantimentos e toda a ajuda possível.
A dez quilómetros de Pisco, a estância balnear de Paracas ficou parcialmente inundada devido às marés altas provocadas pelo sismo, que fizeram estragos materiais, segundo relatos de pescadores que falaram às rádios locais.
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