Num terceiro e último artigo sobre as tumultuosas relações entre Cuba e os Estados Unidos, publicado na imprensa oficial, o líder cubano, afastado há um ano do poder por doença, qualifica a base naval de "foco permanente de ameaças, provocações e violações da soberania" cubana desde a revolução castrista de 1959..
Após a "crise dos mísseis" em 1962, Cuba divulgou uma "declaração com cinco pontos", o último dos quais exigindo a retirada norte-americana de Guantánamo, enquanto a Constituição de 1976 declarou "nulos e ilegais" os tratados que afectam "a integridade territorial" cubana.
E em Fevereiro de 2000, recordou ainda Fidel Castro, uma declaração solene das autoridades sublinhou que "o território ilegalmente ocupado de Guantánamo deve ser restituído a Cuba".
Guantánamo foi cedido aos Estados Unidos por tempo indeterminado em 1903, através de um tratado que foi confirmado em 1934.
"De 1960 até hoje, nunca (Cuba) tocou" no cheque anual, de 4.085 dólares desde 1973, "previsto no contrato", sublinhou o líder cubano.
Considerou que, "de um ponto de vista militar, um porta-aviões nuclear (...) é várias vezes mais poderoso" que a base, mas que, para Washington, "é preciso a base para humilhar" Cuba.
Fidel Castro qualifica ainda de "mexericos" as declarações norte-americanas de que Guantánamo se devia preparar para uma vaga migratória com a sua morte, após o anúncio a 31 de Julho de 2006 de que transferia o poder para o seu irmão Raul por motivos de doença.
Em 1994, após a enorme vaga migratória cubana dos "balseiros" para os Estados Unidos, Guantánamo foi convertida num "campo de concentração migratório" para os cubanos interceptados no mar, declarou Castro.
A lei Helms-Burton, assinada em Março de 1996 pelo então presidente norte-americano Bill Clinton, estipula que os Estados Unidos "estão prontos a negociar com um governo eleito democraticamente em Cuba a restituição" da base ou a "renegociar" os termos do acordo, observou o dirigente cubano, que a considera "algo pior" que "as ideias anexionistas" do presidente Theodore Roosevelt.
"Se é preciso esperar o afundamento" dos Estados Unidos para recuperar Cuba, "nós esperaremos", conclui Castro, advertindo que Cuba "estará sempre em pé de guerra".
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