A rotunda nº 2. 314, localizada na Cidade da Beira e vulgarmente conhecida como da "Munhava", foi recentemente baptizada com o nome de André Matade Matsangaissa, alegadamente tido contrarevolucionário do então Movimento Nacional de Resistência (MMN) que, em meados dos anos 70, liderou uma insurreição armada contra o Estado moçambicano, liderado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
O evento que contou as presenças de Deviz Simango e Boris Cassecussa, respectivamente, Presidente do Conselho Municipal da Beira e da Assembleia Municipal, foi o culminar da implementação da deliberação nº 57/AMB/2007 da Assembleia Municipal da Beira (AMB), ratificada pela bancada maioritária da RUE.
Após as cerimonias, o "vt" questionou durante conferência de impressa, ao Presidente do CMB, se futuramente, apenas seriam atribuídos nomes de figuras politicas da oposição, neste caso a RENAMO, aos demais locais que careçam de denominação, ao que ripostou: "Temos Praças, como da ONP, que possam ter nomes de figuras ligadas a vida social e cultural da Beira, de África, como de Carlos Beirão, Carlos Cardoso, David Mazembe".
Quisemos saber ainda se o facto de pretender-se erguer um busto de Matsangaissa, não seria em réplica ao efectuado pelo Estado Moçambicano, em todas as províncias em memoria do 1º Presidente da Republica, Samora Moisés Machel que, curiosamente não foi erguido na cidade da Beira, após diferendo entre o CMB e o Governo Provincial de Sofala, em se contestava o local para efeito ao que, Deviz Simango afirmou peremptoriamente: "não somos máquinas fotocopiadoras".
Simango, realçou que o acto "é uma confirmação da vontade de todos os munícipes da Beira e resulta de um debate sério e inclusivo, em torno da nossa diversidade sócio
cultural; demonstra a importância de André Matsangaissa".
O Edil Simango, sublinhou que "não queremos mudar nomes. Iremos atribuir nomes, para que eles se convençam que a história de Moçambique muda".
Por seu turno, o Presidente da AMB, Boris Cassecussa, afirmou, discursando na ocasião que "não é novidade que eles (FRELIMO) não estejam aqui presentes. Pensaram que vínhamos acordar Matsangaissa. Tinham medo de serem mortos".
Entretanto, como no melhor pano cai a nódoa, o caricato aconteceu com o vereador municipal, Ferraria Faque que, na sua intervenção, ao dar importância do homenageado, chegou eloquentemente ao extremo de dizer que "mesmo os jornalistas que estão aqui presentes, o são graças a André Matsangaissa".
Faque, referiu do seguinte modo: "a FRELIMO não tem vergonha. Deu nomes a avenidas, os quais, ninguém conhece. Quem conhece Salvador Allende? Kim Il Sung? Vladmir Lenine?", tendo os presentes respondido negativamente.
João Cazonda, chefe da bancada da RENAMO na AMB, disse. "elevamos os nossos heróis a um patamar maior. É um acto histórico. A história não perdeu por esperar. A FRELIMO nunca imaginou que isso pudesse acontecer; mais coisas como estas irão acontecer".
Da mensagem da Sociedade Civil registamos que "sentimos que o princípio de cidadania está a nascer pelo exemplo da Beira", tendo-se congratulado pelo facto de "o Governo Municipal ter respondido satisfatoriamente ao pedido".
André Matsangaíssa, ex-comandante do centro de instrução militar do Dondo foi preso e enviado para Cuzo no distrito de Gorongosa Governo moçambicano e resgatado por forças militares do então considerado regime fantoche da Rodésia do Sul, liderado pelo tabaqueiro Ian Smith. Conforme fontes orais, juntou-se à Orlando Cristina do MNR Ala externa. Regressou à prisão do Cuzo em Dezembro de 1976 para libertar os prisioneiros que, alegadamente, iniciou a guerra de desestabilização do país e que durou 16 anos e ceifou milhões de compatriotas e alega-se que foi morto em combate nas serras da Gorongosa no ano de 1979.
Fonte: VERTICAL
"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,
VOA News: África
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