"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,
VOA News: África
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Em Momento de crise - Ninguém fala de corte nas regalias
Revisão da Lei Eleitoral: Adiado depósito das propostas dos partidos com assento na AR
O cronograma de actividades visa assegurar que 30 meses antes das próximas eleições presidenciais e legislativas a Lei Eleitoral esteja aprovada. Trata-se da revisão das leis 7/2007, de 26 de Fevereiro, atinente à eleição do Presidente da República e dos deputados da Assembleia da República; 8/2007, de 26 de Fevereiro, que cria a Comissão Nacional de Eleições (CNE); 9/2007, de 26 de Fevereiro, sobre o recenseamento eleitoral, 10/2007, de 5 de Junho, relativa à eleição dos membros das assembleias provinciais e 18/2007, de 18 de Julho, que estabelece o quadro jurídico-legal para a realização de eleições dos órgãos das autarquias locais.
Segundo o cronograma, a comissão vai desencadear um conjunto de encontros com as direcções dos partidos políticos sem assento na Assembleia da República para deles receber e conhecer as suas contribuições para o processo, numa actividade que deverá terminar até ao dia 15 de Setembro. Estão também previstos encontros com as organizações da sociedade civil nacionais, até ao dia 20 do mesmo mês.
A comissão deverá elaborar, como metodologia de trabalho, quadros comparativos dos projectos depositados e outras contribuições como a legislação em vigor, visando encontrar aspectos inovadores ou de alteração.
O processo de harmonização, em plenária, das propostas apresentadas será contínuo e permanente até ao término do mandato da comissão. O processo de revisão da Lei Eleitoral deverá ser concluído até Setembro de 2011.
Sabe-se para já que o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), por exemplo, defende uma revisão total da Lei Eleitoral, sobretudo nos aspectos atinentes à CNE, recenseamento eleitoral, eleição do Presidente da República e dos deputados da Assembleia da República, dos membros das assembleias provinciais e das autarquias locais, bem como os métodos de observação eleitoral.
O MDM considera que o actual não oferece uma independência no sentido de os titulares daqueles órgãos exercerem a sua actividade com isenção. Defende a institucionalização no país dum tribunal eleitoral a quem competiria julgar contenciosos eleitorais. Considera que o Conselho Constitucional não julga os conflitos eleitorais, limitando-se apenas a produzir deliberações.
O Movimento Democrático de Moçambique acha que se devia aperfeiçoar os métodos da realização do recenseamento eleitoral, sobretudo a periodicidade da sua execução e a questão dos cadernos eleitorais que devem ser do domínio público, particularmente dos principais actores.
Refira-se que é a quarta vez que a Assembleia da República vai rever o pacote eleitoral em 20 anos de democracia multipartidária, com o motivo único de clarificar procedimentos relacionados com a apresentação, verificação e validação das candidaturas às eleições presidenciais e legislativas.
Conselho de Reitores reúne-se hoje(ontem dia 30/8) em Nampula
Especulação e intriga, segundo o ministro Pacheco
Jeremias Langa |
Pacheco só viu intriguistas no negócio com Semlex
Lázaro Mabunda |
- A liberdade de eleição permite que você escolha o molho com o qual será devorado”, Eduardo Galeano
- Todo homem luta com mais bravura por seus interesses do que por seus direitos, Napoleão Bonaparte
Do que disse, o que mais me impressionou não foi o seu esclarecimento, mas a sua superior capacidade de contradizer os documentos assinados pelos membros do próprio Governo, de que ele também faz parte. Disso, concluí previamente que temos um ministro, mas não temos um governante; que Pacheco se esqueceu de que, etimologicamente, o termo ministro significa “servo”. Mais, que ele não sabe por que está ali, a quem deve servir, o que deve servir e como dever servir; e, acima de tudo, não sabe que é a nós governados que ele, governante, deve prestar contas.
Nas mesmas declarações, Pacheco disse que toda a polémica em torno deste negócio era exercício de intriguistas. Quer dizer, considera intriguistas a todos nós que investigamos o caso. Pessoalmente, posso até assumir a alcunha, mas sou intriguista para um mentiroso. Ora vejamos: o negócio da Semlex foi transparente e legal? Factos são factos e vamos a eles:
1. José Pacheco disse ao nosso jornal e à STV que a Semlex começou a produzir documentos de identificação em Outubro do ano passado, e que o negócio com aquela empresa foi transparente e legal. Se é bem verdade que o negócio iniciou em Outubro, já não é bem verdade que a Semlex tenha iniciado as suas actividades legalmente, nem pode ser verdade que o negócio com a Semlex tenha sido legal. É que, de acordo com o Boletim da República, III série, número 27, de 9 de Julho de 2010, a Semlex, existe legalmente, cá em Moçambique, – foi constituída – a partir do dia 29 de Junho do ano em curso, altura em que obteve a escritura pública. No dia seguinte, obteve o registo provisório. A partir desses dias, a Semlex já estava habilitada a executar actos jurídicos comerciais. Quer dizer, tudo o que a Semlex fez durante quase nove meses é ilegal, porque ainda não tinha o registo comercial que lhe desse direito a operar no país. Consequentemente, segundo entendidos em direito comercial, os negócios que a Semlex realizou em Moçambique são ilegais e susceptíveis de impugnação.
2. Pacheco disse que a Semlex existia legalmente no país. No entanto, em nenhum momento se predispôs a revelar o endereço desta empresa. De acordo com o BR que temos vindo a citar, a Semlex tem a sua sede localizada na Avenida Emília Daússe, número 687. Da nossa investigação, constatámos que a Semlex usou endereço falso, uma vez que o endereço em causa pertence à empresa Elgas. A direcção da Elgas diz que nunca esteve lá uma empresa chamada Semlex. Ademais, no contrato, consta como endereço da Semlex o seguinte: Avenue Brugmann, 384 1180 Brussels – Belgium. E volto a perguntar, onde está a Semlex, senhor ministro?
3. Disse o ministro que as questões de soberania estão acauteladas no negócio. No contrato, em nosso poder, assinado pelo ministro das Finanças e pelo director-geral da Semlex, Albert Karaziwan, está patente que o que o Pacheco disse não é mais do que uma justificação de “lana-caprina”. À Semlex, cabe não só – cláusula segunda do contrato – o direito de fornecer, instalar e assistir o sistema, como também de “produzir documentos de identificação civil, de viagem, vistos e de controlo do movimento migratório”. Quer dizer, a Semlex, uma empresa de idoneidade duvidosa, cuja localização se desconhece, está a produzir os nossos documentos de identificação.
4. Disse Pacheco que desconhecia a existência de outros concorrentes no negócio.
Da investigação, apurámos que uma equipa criada a nível do Ministério do Interior, liderada por Jacinto Veloso e que integrava outros elementos como Miquidade, havia apurado a empresa Sagem, que faz o mesmo trabalho na vizinha África do Sul. Ademais, existiam outros grupos empresariais que estavam interessados no negócio. A questão que já coloco é: quem é Semlex? Quais foram as motivações que estiveram por detrás da escolha desta empresa, senhor Pacheco?
Por outro lado, esta negação de Pacheco é reveladora de que ele mesmo desconhece os dossieres que se encontram o seu ministério. Por que será?
O mais grave ainda é que o Chefe do Estado, Armando Guebuza, tem um Bilhete de Identidade emitido por uma empresa ilegal, num negócio ilegal. Aliás, o Presidente da República não só tem um BI emitido em circunstâncias ilegais, como também possui um documento que contém emblema da República Popular de Moçambique.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Títulos para uso de terra: FRELIMO pela redução do período de concessão
Paúnde recordou aos autarcas que devido a essa demora na resposta do pedido de atribuição de talhão, a ansiedade dos cidadãos move-lhes a construírem de forma desordenada, sem a observância dos princípios da urbanização.
Aquele político, que fez esta observação há dias na cidade de Nampula, no final da quinta reunião nacional da direcção do seu partido com os dirigentes dos órgãos municipais, acrescentou que o partido que dirige, orienta toda a acção no estrito cumprimento da lei e os autarcas são obrigados a fazê-lo, com risco de defraudar as expectativas dos munícipes que depositaram, através do seu voto, a sua confiança nos dirigentes desta formação política no poder em 42 conselhos municipais e 43 autarquias existentes.
"No exercício das nossas funções devemos, a todo momento, ser guiados pela observância das normas. Os manifestos eleitorais ora transformados em programas das cidades e vilas municipais, são para serem cumpridos. Por isso, voltamos a reiterar a necessidade de continuar a interagir com os munícipes nos bairros, nas empresas, nas organizações sócio-profissionais, religiosas, para auscultar as suas preocupações e com eles encontrar soluções", orientou Paúnde.
Como tinha afirmado na abertura do encontro, os autarcas devem continuar a privilegiar a gestão transparente da coisa pública, com base no manual de procedimentos, quer na gestão dos recursos humanos, materiais ou financeiros.
Falando concretamente do encontro de Nampula, que durou dois dias, Paúnde disse ter sido notório ao longo dos debates, a constante preocupação por parte dos camaradas em abordar com frontalidade os sucessos alcançados, mas também os constrangimentos, dos quais foram apontados caminhos para sua superação.
"São enormes os desafios que temos pela frente, com destaque para a implementação dos planos de estrutura dos municípios, intensificação da governação aberta consubstanciada em audiências públicas, contactos permanentes com os munícipes, celeridade no atendimento, cultura de prestação regular de contas aos órgãos do partido do respectivo escalão e aos eleitores para que continuemos a conquistar mais vitórias", sublinhou o SG da Frelimo.
A Quinta reunião nacional da direcção do partido Frelimo com os dirigentes dos órgãos autárquicos terminou com os participantes a apresentarem diversas moções de saudação ao governo, municípios, munícipes e ao presidente desta formação política, Armando Guebuza.--
Revisão da Constituição: Ajustar a lei-mãe aos novos tempos - defende Edson Macuácua
Interrogado sobre as razões da revisão da Constituição, cinco anos após a sua aprovação, o secretário do Comité Central da Frelimo respondeu que normalmente, as constituições são concebidas sem o fito de serem definitivas. "Isto é, não têm uma longevidade predefinida, por isso estão sujeitas a modificações devido fundamentalmente a dois factores: primeiro a necessidade de ajustar a lei às circunstancias e aos novos tempos; segundo por exigência de solução de problemas que decorrem do nascer até da aplicação da própria Constituição", afirmou Edson Macuácua.
Aquele dirigente político explicou ainda que a Constituição da República impõe limites materiais para a sua revisão no seu artigo 292, ao estabelecer que as leis de revisão constitucional têm de respeitar a unidade do Estado, a forma republicana de Governo, o sufrágio universal, directo, secreto, pessoal, igual e periódico na designação dos titulares electivos dos órgãos de soberania, das provinciais e de poder local, os direitos, liberdades e garantias fundamentais.
Segundo a fonte, estas e outras matérias que configuram os princípios estruturantes do Estado têm um regime especial para a sua alteração que obriga a realização do referendo. "Nós da Frelimo vamos respeitar os limites materiais da revisão constitucional, por isso não vamos mudar o regime político vigente no país", tranquilizou.
Interrogado sobre quais os principais fundamentos da revisão constitucional, Edson Macuácua respondeu que a que se pretende é uma modificação expressa, de alcance geral e abstracto na perspectiva de continuidade institucional.
"Pretendemos uma revisão em dois sentidos, primeiro no sentido de auto-regeneração e auto-conservação da Constituição vigente através da eliminação das normas constitucionais que já não se justificam do ponto de vista político, social e jurídico, por outro lado pretendemos a adição de novos elementos jurídicos que revitalizem a constituição, adequando-a ao contexto político, económico, social e cultural do país", disse.
Trata-se, segundo a fonte, de uma revisão que reforça a integridade da ordem constitucional vigente e que consolidará o Estado de Direito Democrático e de Justiça Social em Moçambique.
Dissipou rumores segundo os quais a revisão constitucional pretende acomodar mais um mandato para o actual Presidente da República. "O Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, já disse de forma pública, inequívoca e reiteradamente que não iria se recandidatar para mais um mandato. Aliás se o objectivo fosse de garantir a recandidatura para o terceiro mandato, não precisaríamos de uma revisão geral e abstracta da Constituição. Bastaria apenas uma emenda pontual e concreta da lei. Porém não estamos perante essa situação. É natural que tenhamos muitos cidadãos e militantes com vontade de ver o Chefe do Estado a receber mais um mandato, mas o Chefe do Estado já foi claro sobre a matéria", garantiu.
Edson Macuácua reconheceu que noutros países as constituições duram mais tempo, mas em Moçambique as revisões constitucionais são cíclicas. A este propósito a nossa fonte explicou que essa situação tem a ver com a natureza das próprias constituições.
"Há constituições estatutárias ou orgânicas, que se ocupam fundamentalmente do estatuto dos seus órgãos e da participação política dos cidadãos, isto é, que se centram na definição da forma e sistema do Governo, e há constituições programáticas, como a nossa, que para além da organização política, estabelecem programas, directrizes e até metas para actividade do Estado no domínio económico, social e cultural. Uma Constituição programática como a nossa carece de actualização, ajustamento à realidade actual, sob pena de se ela não acontecer se poder criar uma tensão entre a própria Constituição e a realidade que ela pretende regular", explicou.
Por outro lado, negou a ideia de que se esteja numa situação de tensão entre a Constituição e a realidade.
O secretario do Comité Central da Frelimo para a Mobilização e Propaganda afirmou que a tensão pode ser expressa ou latente.
"Porém um Estado organizado e planificado como o nosso, não precisa de esperar pela eclosão da crise para a revisão da Constituição pois as revisões feitas em momentos de crise são mesmo para resolver as crises e são geral e tecnicamente defeituosas, pois a Constituição ideal não pode ser concebida como instrumento de resolução de uma crise concreta. Deve ser concebida como instrumento duradouro que regula a ordem social, de modo a garantir a estabilidade e a segurança jurídicas, disse, acrescentando que a Constituição em vigor foi a possível de aprovar tendo em conta o contexto histórico-político em que ela foi aprovada.
Segundo o interlocutor, há quem diga que a Frelimo esperou até que tivesse 2/3 para proceder a revisão da Constituição. A este propósito, Edson Macuácua explica que essa ideia está distante da verdade, pois em todas as legislaturas sempre houve revisão constitucional.
"No caso específico desta Constituição foi fixado um limite temporal para a sua revisão ordinária, que nos termos do disposto no artigo 293 é de cinco anos. Portanto já estão decorridos os 5 anos e por isso estamos em momento oportuno e legalmente adequado para uma revisão ordinária", elucidou.
Sobre o conteúdo da revisão constitucional, Edson Macuácua afirmou que neste momento ainda não se lançou um conteúdo concreto sobre a matéria objecto de alteração, pois o partido no poder esta a aferir, junto da opinião pública, diversas sensibilidades de modo a garantir a mais ampla audição e participação popular. Segundo disse, a ideia é fazer deste processo de revisão da Constituição um processo democrático, participativo e inclusivo que reflecte o exercício da soberania e da cidadania.
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(MiradourOnline)
“A História não é feita de bons e de maus”
Telésfero Nhapulo |
Telésfero Nhapulo (TN) – Este Atlas Histórico nasceu da necessidade de apoiar os professores com um instrumento que sustentasse as suas aulas, porque um dos problemas que nós temos em Moçambique, em relação ao ensino da História, é a sua apresentação espacial. Muitas vezes fazemos um discurso e toda uma exposição mas não temos instrumentos que permitem a visualização dos acontecimentos que estamos a narrar. Foi dessa constatação que surgiu a ideia de produzir o Atlas Histórico, sendo uma forma de abordar o facto histórico no espaço e no tempo.
sábado, 28 de agosto de 2010
RENAMO acusa Governo de dirigir o país com «políticas falidas»
Moçambique tem conhecido nos últimos meses uma galopante subida nos preços dos produtos e serviços básicos, que levou a inflação a atingir 16,1 por cento em Julho. A tendência na escalada de preços irá manter-se, com o agravamento do custo de pão, água e eletricidade, a partir de Setembro.
Reagindo à actual conjuntura social e económica em Moçambique, o principal partido da oposição acusou em conferência de imprensa o partido no poder desde a independência em 1975, FRELIMO, de impor ao país "políticas falidas".
"Esta subida de preços é uma demonstração de que as políticas do Governo do dia estão falidas e não correspondem às expectativas dos moçambicanos", disse Saimone Macuiane, relator da bancada parlamentar da RENAMO.
Por isso, segundo o relator, "os moçambicanos, com a anunciada subida do preço do pão, a partir do mês de Setembro, não poderão usufruir deste alimento básico para a sua dieta, dado que mesmo o actual preço está fora do alcance do poder de compra".
A RENAMO atacou também a decisão do Governo de obrigar os automobilistas a submeterem as suas viaturas a uma inspecção obrigatória, com fundamento na necessidade de estancar a elevada sinistralidade rodoviária no país.
"Consideramos que o propósito desta inspecção não é de evitar acidentes, mas sim de continuar a depauperar cada vez mais o bolso do cidadão por parte do Governo da FRELIMO ", enfatizou Saimone Macuiane.
As inspecções obrigatórias de viaturas têm sido muito criticadas por se entender que a sinistralidade rodoviária em Moçambique não resulta apenas do deficiente estado mecânico das viaturas, pois também concorrem o mau estado das vias e a corrupção na polícia.
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(MiradourOnline)
Há indícios de nepotismo nas admissões ao Estado – reconhece Vitória Diogo
Vitória Diogo, falando, sexta-feira num encontro com funcionários e agentes do Estado que trabalham naquele ponto da província de Tete, disse que neste momento o Governo está com as atenções viradas para o recrutamento de quadros competentes para corresponder às expectativas do programa e do plano de desenvolvimento socioeconómico do país.
"Nós abrimos concursos para apurarmos e admitirmos os melhores trabalhadores para o aparelho do Estado. Não queremos nepotismo, se é filho, primo, ou outro grau de parentesco, este tem que provar que é um bom trabalhador para ser admitido na Função Pública, porque não é proibido por a lei, mas tem que demonstrar a sua competência. Encontramos hoje no aparelho do Estado, funcionários embriagados nos postos de serviço; funcionários corruptos, incompetentes como resultado do mau trabalho no processo de recrutamento e admissão no sector público, contribuindo, deste modo, para uma má prestação de serviço à sociedade moçambicana", disse.
Vitória Diogo aproveitou a ocasião para orientar as secretarias provinciais e distritais a efectuar um controlo rigoroso do sistema de gestão do desempenho dos funcionários do Estado e agentes do Estado, uma das principais muletas na avaliação destes para a sua nomeação definitiva para o quadro do aparelho do Estado.
Para a província de Tete, a Ministra da Função Pública recomendou, por um lado, a abertura de concursos de promoção dos funcionários, apelando, por outro, à necessidade urgente de organização e revisão permanente dos processos individuais dos funcionários do aparelho do Estado. Estas acções, segundo defendeu, visam avaliar o potencial dos recursos humanos para a selecção dos concorrentes, uma vez que as vagas disponíveis são sempre inferiores relativamente ao número de concorrentes.
"Não aceitamos mais a desculpa de falta de cabimento orçamental que a província vem dando nos últimos anos porque não reflecte a verdade, pois o que está a acontecer é apenas desleixo de quem de direito para a avaliação do desempenho dos funcionários. Por isso neste ano a província, em diversos níveis, tem a obrigação de abrir concursos de promoção dos funcionários para cargos e funções superiores porque as diferenças dos valores que ainda estamos a fazer cabem na descompressão salarial", finalizou Vitória Diogo.
Durante os dois dias da sua visita á província de Tete, Diogo manteve um encontro com os gestores de recursos humanos na capital provincial e outro com os funcionários públicos do distrito de Changara, para além de orientar uma sessão extraordinária do Governo distrital de Changara, durante os quais foram passadas em revista as realizações no âmbito do Plano Económico Social, com especial destaque para o desempenho na administração pública, entre outras actividades.
No final da visita, Diogo reconheceu que a falta de conhecimento da legislação vigente na Função Pública está a concorrer para a prática de actos ilegais e da perda de direitos pelos funcionários e agentes do Estado.
Diogo disse ter notado, durante os encontros que manteve com os funcionários, um grande défice de informação sobre as normas em vigor na administração pública, situação que concorre para a prática de actos ilegais e, nalguns casos, faz com que os funcionários e agentes do Estado não beneficiem dos seus legítimos direitos.
"Na nossa interacção com os funcionários continuamos a constatar, apesar de a situação de Changara estar relativamente melhor, um grande défice de conhecimento das regras por parte dos funcionários, uma situação bastante generalizada", disse a Ministra, para quem a solução desse problema passa necessariamente pela intensificação do estudo colectivo a nível das instituições da administração pública.
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(MiradourOnline)
Dirigentes municipais devem prestar contas – insta o SG da Frelimo, Filipe Paunde
Fazendo uma breve radiografia da forma como os 42 municípios e 43 assembleias municipais dirigidos pela Frelimo estão sendo geridos, Filipe Paunde disse haver sinais de profundas mudanças que se traduzem em melhorias substanciais na qualidade de vida dos munícipes em diferentes domínios, impulsionada pela acção dos autarcas.
Apontou como exemplos a gestão do solo urbano, a reabilitação das estradas e extensão da rede eléctrica, dos sistemas de abastecimento de água, da rede sanitária e escolar, assim como a mudança da mentalidade e comportamento dos munícipes que assumem para si o combate da pobreza urbana.
Segundo o SG da Frelimo, são mudanças que vão ao encontro das promessas eleitorais do partido e que têm merecido aplausos do povo, que ampliam as oportunidades para que os munícipes, eles próprios, possam encontrar espaços para melhorar a sua vida através de postos de trabalho que criam e das janelas que se abrem para o desenvolvimento de iniciativas individuais de negócios.
"Esses sucessos têm sido possíveis graças à sintonia que existe entre os órgãos do partido e dos municípios. Devemos, pois, continuar a fortalecer as relações institucionais entre os órgãos do partido e os municipais, como forma de alcançarmos melhores e frutuosos resultados para as comunidades", sublinhou Filipe Paunde.
Contudo, ele reconheceu que não obstante o facto de os autarcas da Frelimo cumprirem satisfatoriamente os respectivos manifestos eleitorais, as promessas feitas, ainda existe um longo caminho a percorrer e inúmeros desafios a vencer, os quais impõem o acelerar do passo para cada dirigente autárquico e do partido.
"Por isso, o nosso partido ensina-nos que a primeira etapa para corrigir os nossos erros é identificá-los, claramente, e assumi-los com frontalidade, no sentido de ali onde ainda subsistem dificuldades, onde a nossa acção, como dignos mandatários do povo, devemos apontar sem subterfúgios no sentido de em conjunto encontrarmos soluções mais correctas que sirvam os legítimos interesses dos munícipes", anotou.
Aliás, o encontro de dois dias entre a direcção do partido e dirigentes dos órgãos autárquicos sob gestão da Frelimo pretendia medir o pulsar da acção governativa nas autarquias, assim como avaliar o nível de cumprimento dos manifestos eleitorais, ao longo dos 17 meses de actividade autárquica dos eleitos no pleito de 2008 e nele participam membros do Comité Central, do Conselho de Ministros, primeiros-secretários dos comités provinciais e governadores provinciais, presidentes dos municípios e das assembleias municipais, entre outros quadros ligados à governação autárquica.
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(MiradourOnline)
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Sérgio Vieira prendeu Joaquim Chissano quando Samora Machel governava: Biografia de José Chicuarra Massinga na Internet
Como consequência das maquinações de Vieira, Chissano foi levado para a Ilha da Xefina tendo aí sido interrogado por Lagos Lidimo, refere o autor da biografia de Massinga. Na cadeia de máxima de segurança, vulgo BO (Brigada de Operações), na Machava, reduto do SNASP (Serviço Nacional de Segurança Popular), Massinga foi "torturado, chamboqueado e electrocutado" por Sérgio Vieira, afirma também o autor da obra publicada na internet, Solomon Mondlane, moçambicano nascido em Chinonanquila, Província de Maputo |
Maputo (Canalmoz) - Encontra-se disponível na Internet um livro sobre a vida e obra do Dr. José Chicuarra Massinga, ex-funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros que chegou a estar preso durante a era da ditadura em Moçambique. O livro é da autoria de Solomon Mondlane, moçambicano nascido em Chinonanquila, Província de Maputo. (Redacção) |
2010-08-27 07:36:00 |
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(MiradourOnline)
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Com que linhas se continuará a engendrar a farsa?
Maputo (Canalmoz) - Na edição da semana passada do semanário Canal de Moçambique, publicámos uma entrevista com o deputado do Partido Frelimo e presidente da Comissão Parlamentar da Administração Pública, Poder Local e Comunicação Social, Alfredo Gamito, da qual sobressaíram várias questões. Mas a essencial, pelo que veio a público dizer, é que o actual chefe de Estado e presidente do seu próprio partido, Armando Emílio Guebuza, não vai recandidatar-se à Presidência da República, porque já se comprometeu publicamente a não ir por aí.
Gamito disse, claramente, que a questão do terceiro mandato de Guebuza é um assunto que não deve merecer debate porque o próprio presidente já declarou em público que se vai retirar do cargo.
Nós queremos recordar, no entanto, que há muita gente que duvida disso. Mesmo dentro do Partido Frelimo duvida-se que o compromisso constitucional e pessoal de Armando Emílio Guebuza com esta Constituição que jurou cumprir, seja levado às últimas consequências.
A luta interna na Frelimo está a ser interessante de seguir, pelo que diz respeito à continuidade de Guebuza no cargo.
Se mudarem a Constituição para o Senhor Guebuza continuar no cargo, a apetência pelo Poder deixará claro onde mora a grande corrupção.
Só continuará a deixar-se iludir quem quiser.
A Frelimo acaba de assumir publicamente – a acreditar-se em Alfredo Gamito – que não vai preparar terreno para que Guebuza se mantenha no poder. Nós perguntamos: será que irá até ao fim com a palavra? E o Senhor Armando Emílio Guebuza vai continuar indisponível mesmo que o seu partido diga que quer que ele continue? Vai embarcar na farsa ou vai ser coerente consigo próprio?
O tempo nos dirá se não irão ser usados subterfúgios a nível da Assembleia da República para que o "grupo" que anda colado a Guebuza se mantenha na condição de gestor do erário público, pretensiosamente crente da sua habilidade governativa "inigualável".
Nós julgamos que é um grande atrevimento quem actualmente governa julgar-se a si próprio e auto-intitular-se insubstituível.
Quando se assiste a uma inigualável derrapagem do Metical, a um desenfreado aumento do custo de vida, a uma desvalorização sem precedentes do poder de compra de quem recebe os seus honorários em meticais, quem governa pode-se julgar insubstituível?
Quem permitiu que as coisas chegassem a este ponto pode alguma vez convencer os moçambicanos que sem o "Grupo de Guebuza" não podemos ter um País com mais qualidade e melhor governado?
Nós, francamente, duvidamos que Guebuza consiga levar até às últimas consequências o seu compromisso de cessar funções no prazo previsto na Constituição que jurou cumprir.
Por todos os cantos da Frelimo nos alertam que Guebuza "anda a fingir que quer sair do cargo".
Dizem-nos, insistentemente, que "o seu grupo" já começou "a comprar a oposição extra-parlamentar e até deputados da oposição parlamentar" com todo o ar de "esfomeados", para darem o aval a mais um novo tipo de burla política que nada ajuda a que em Moçambique se acredite nas normas jurídicas e nos acordos políticos.
No passado vimos o antecessor de Guebuza, Joaquim Chissano, tentar fazer-se passar por respeitador da Constituição, assumindo que não se iria recandidatar, apesar da Constituição, por gralha tipográfica ou artimanha, lhe permitir então, ir a um terceiro mandato.
Chissano, que sempre se fez passar pelo eterno "cordeiro manso" comprometido com a Democracia, transpirava desejo de ver do seu partido emergiram vozes a defender a sua continuidade no posto.
Quem já se esqueceu que Guebuza correu à frente de uma ala para impedir o então presidente Chissano de defraudar princípios assumidos pelo próprio Senhor Guebuza, aquando mediador do Acordo Geral de Paz de Roma?
Na altura falava-se em defender precisamente uma norma que se universalizou, de não se ir para além de dois mandatos presidenciais. Agora que Guebuza está no poder veremos se a sua honestidade vai ser levada até ao limite dos moçambicanos não terem de duvidar de um homem que apesar dos seus defeitos teve a qualidade de merecer o crédito suficiente para ser eleito, mas nunca para se alapar ao poder.
Convém, entretanto, voltar a recordar, para que não haja quem se esqueça, que os tais dois terços conseguidos o foram por via de exclusão de outras candidaturas de potenciais concorrentes. Uma CNE depravada fez o que foi preciso…
São dois terços ou três quartos duvidosos que a Frelimo tem na Assembleia da República. Além de que – voltamos a repetir – quem os terá eleito não chega a um terço dos moçambicanos com capacidade eleitoral. Uma CNE vendida e constituída por falsos representantes da Sociedade Civil encarregou-se mais uma vez de levar os cidadãos a não acreditarem que as eleições são justas e delas resultam vencedores, quem o povo realmente escolhe. Por isso mais de dois terços do eleitorado não vai votar. Por isso a abstenção é cada vez maior, apesar de certos consultores, com as bocas adoçadas, se apressarem, no fim de cada processo eleitoral, a virem dizer-nos que o Povo não foi votar porque confia na Frelimo.
Outra questão importante avançada pelo deputado Alfredo Gamito é que o seu partido pretende alargar o mandato dos cinco anos actuais para sete anos. E aqui pode estar o mais recente truque de que alguns não duvidam que se trata da nova face da golpada parlamentar do "Grupo de Guebuza".
O próprio deputado Alfredo Gamito está refém desse "grupo" por não ter sido eleito e ter sido repescado da lista de suplentes. Agora está a passar por fortes pressões que ilustram bem por que linhas se cose a farsa.
Mudando a Constituição para o mandato passar a ser de sete anos, o senhor Guebuza só sairá do poder em 2017, em vez de sair em 2015 após as eleições actualmente obrigatórias para 2014.
Suspeita-se, diga-se com razão de ser, pelo que estamos a ouvir, que o "Grupo de Guebuza" e quiçá o próprio actual presidente da Frelimo e da República, querem abotoar-se de participações nos grandes projectos económicos que por aí vêm sendo badalados. Querem tempo para isso. Será que a ser verdade não está aí a ponta do iceberg da corrupção?
Seria por isso mesmo interessante que fossem dados aos moçambicanos sinais evidentes de que o assalto ao Estado não está sendo levado a cabo precisamente por quem governa e seus respectivos familiares. Esta apetência desenfreada pelo poder é um sinal preocupante, pois deixa subjacente a ideia de que só através do Poder se conseguem as fortunas imensas que certos senhores têm estado a acumular.
Será, por estes simples factos, difícil entender-se onde mora a corrupção que o Gabinete Central de Combate à corrupção diz andar à procura? Pode agir?
Quem pode, perante os factos que o Parlamento se prepara para nos oferecer, acreditar que com esta gente Moçambique vai alguma vez ser um País dos seus cidadãos? Quem pode acreditar que aqui se está realmente a construir uma Democracia?
Ao se começar a ouvir que uma senhora muito próxima do presidente angolano se prepara para entrar e tomar conta de Moçambique colada a quem serve de disfarce à corrupção ao mais alto nível entre nós, é recomendável que quem quer que seja, da Frelimo como não, não permita que novos "Nympinismos" regressem.
Por isso, já que a Frelimo se diz tão patriótica e anti-corrupção, gostaríamos antes que usasse os tais dois terços ou três quartos na Assembleia da República para respeitar os princípios pétrios ou universalmente sagrados que a Constituição prevê e se deixe de encontrar maneiras de enganar o Povo Moçambicano. Veremos com que linhas se vai continuar engendrar a farsa?
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(MiradourOnline)
Desvalorização do metical dificulta funcionamento das missões diplomáticas: Moçambique no estrangeiro
Maputo (Canalmoz) – A desvalorização da moeda nacional, o metical, tem efeitos perniciosos a todos os níveis, como era de se esperar. As missões diplomáticas moçambicanas e consulados, no estrangeiro, estão a ter "graves dificuldades" de funcionamento. Esta informação foi avançada esta quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi.
O governante não detalha o assunto. Apenas disse que "a desvalorização da moeda nacional face às principais moedas internacionais tem tido graves reflexos no funcionamento das nossas missões diplomáticas e consulares".
O titular da pasta dos Negócios Estrangeiros e Cooperação falava na sessão de abertura do VI Conselho Coordenador do seu pelouro, que arrancou ontem, com término previsto para 27 de Agosto.
A falta de recursos para o funcionamento pleno do sector marcou o discurso de abertura. O ministro disse que a situação financeira do MINEC deve ser "bem" analisada, pois, segundo revelou, nos últimos dois anos aquele sector tem testemunhado uma gestão com dificuldades, dada a exiguidade de recursos disponibilizados para o funcionamento da instituição.
Segundo Oldemiro Baloi, apesar de algumas melhorias verificadas, as condições materiais e de trabalho ainda constituem um grande desafio. "A natureza do ministério requer um acompanhamento atento da dinâmica das relações internacionais, daí que se mostra imperiosa a racionalização do orçamento", disse Baloi tendo acrescentado que há uma necessidade, por parte do MINEC, em aprimorar as metodologias de planificação e de prestação de contas.
Política externa
Falando da política externa, Baloi disse que a mesma caminha em consonância com a recomendação da União Africana, designadamente, na mobilização da diáspora para se empenhar nos processos de desenvolvimento dos países. Assim, com vista a implementar esta recomendação o Conselho Coordenador irá abordar também a questão da assistência consular.
Refira-se que o país conta com novos instrumentos orientadores da acção diplomática para os próximos anos, que são a Política Externa, Política de Cooperação e a sua respectiva Estratégia de Implementação, aprovados pelo Conselho de Ministros em Junho do corrente ano.
Recentemente foi aberta uma nova embaixada na Argélia e um Consulado em Mombaça. Baloi disse que a diplomacia moçambicana tem estado a crescer, e a demonstrar que está à altura da sua missão e das suas responsabilidades.
Segundo referiu, como corolário da sua diplomacia o país tem o desafio de assumir a presidência da Comunidade dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP), onde se espera que para além de questões políticas, deverá, de acordo com Oldemiro Baloi, fazer diferença na impulsão, a par de questões linguísticas, duma nova dinâmica das questões económicas, bem como na contribuição para a estabilidade política dos estados membros, com particular destaque para a Guiné-Bissau.
O MINEC conta agora com 478 funcionários, dos quais 185 na carreira diplomática e 293 no regime geral.
(Matias Guente)
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Estado admite vender parte da empresa pública de telemóveis, a mCel
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(MiradourOnline)
Governo autoriza sul-africana SASOL a pesquisar petróleo em Sofala
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(MiradourOnline)
Condições de reclusão deploráveis em Changara
Perante esta situação, o PGR recomendou a tomada de medidas urgentes com vista a um controlo permanente da população prisional, assim como a conclusão, o mais rápido possível, das obras de construção da cadeia distrital.
Augusto Paulino manifestou este desagrado há dias, numa visita de trabalho efectuada à província de Tete, onde escalou sucessivamente a cidade do mesmo nome e os distritos de Mágoè, Moatize e Changara. De um modo geral, Paulino constatou que a maior parte dos reclusos encarcerados nos estabelecimentos prisionais da província de Tete está na situação de condenados que detidos. Em face da presença de alguns reclusos estrangeiros, recomendou ainda para a observância da obrigatoriedade legal, de comunicar o facto às respectivas representações consulares.
Apesar dos progressos assinalados, Tete regista índices significativos de furto de gado, problema em relação ao qual o PGR recomendou a tomada de medidas que permitam o controlo da circulação daqueles animais e uma cada vez maior interacção entre os órgãos judiciários e as comunidades, com vista à sensibilização destas para a vigilância e colaboração. Contudo, quanto à actividade processual disse haver um desempenho satisfatório, tendo, no entanto, apontado aspectos que requerem melhorias, nomeadamente o cumprimento dos prazos de instrução processual.
Em Tete, Augusto Paulino manteve encontros de trabalho com as Comissões Provincial e Distritais para o Reforço da Legalidade, líderes comunitários, membros dos conselhos consultivos distritais, líderes religiosos, pessoas influentes e outros quadros, com os quais trocou impressões sobre o desempenho dos órgãos da administração da justiça e os principais mecanismos a adoptar para o fortalecimento da sua actividade. No contacto directo com as instituições que intervêm na administração da justiça, o PGR visitou as Procuradorias Provincial de Tete e Distritais de Mágoe, Moatize e Changara, bem como os Comandos da Polícia naqueles distritos, a Direcção Provincial da PIC, a Cadeia Provincial e dos distritos visitados e as instalações do Palácio da Justiça de Tete.
Manteve encontro com professores e quadros do sector da Educação, onde enfatizou a importância do envolvimento dos formadores do homem de hoje e do amanhã na prevenção e combate à criminalidade. Ainda das recomendações por si deixadas aos órgãos de administração da justiça, destaque vai para a necessidade de uma maior preparação do judiciário para os desafios que o rápido desenvolvimento socioeconómico da província coloca; necessidade de observância dos prazos processuais, nomeadamente de instrução e de prisão preventiva; melhoria das condições de reclusão a nível provincial e distrital; maior ênfase na dinâmica da prevenção do crime e combate à corrupção, através do incremento do número de palestras; e maior articulação com as comunidades de modo geral para a definição de estratégias locais de prevenção e combate à criminalidade.
A visita do PGR tinha como objectivo o controlo da legalidade, reforço e dinamização da capacidade de acção e de desempenho institucional, através de assistência técnica aos quadros de base, contacto directo com as comunidades para a sensibilização, no âmbito da prevenção e combate ao crime e à corrupção--
(MiradourOnline)
Alunos promovem greve no ISCI
Acusam a direcção da escola de ter inflacionado as mensalidades sem ouvir os estudantes
Alunos da escola superior de comunicação e imagem, estão em greve desde a passada quinta-feira. Os mesmos acusam a direcção da escola de ter inflacionado as mensalidades sem ouvir os estudantes.
Os estudantes do Instituto Superior de Comunicação e Imagem estão em rota de colisão com a direcção desta instituição de ensino superior. Os estudantes acusam a direcção de ter inflacionado o valor das propinas sem antes ouvir os estudantes.
Os grevistas acusam ainda a direcção da escola de se furtar ao diálogo para solucionar o problema.
Refira-se que o Ministério da Educação, já veio a público reiterar que todas as instituições de ensino no país, devem proceder a cobrança de mensalidades em meticais e não em dólares como actualmente acontece.
O País--
(MiradourOnline)
G-19 começa a desembolsar fundos para Moçambique
Com cerca de oito meses de atraso, o G-19 (Grupo de 19 maiores parceiros internacionais de cooperação com Moçambique) arrancou com os desembolsos de fundos de ajuda externa para apoio directo ao Orçamento do Estado e Balança de Pagamentos programados para 2010.
A Itália e a Dinamarca são os primeiros países do grupo a libertar os fundos num valor global de 14,6 milhões de dólares norteamericanos, segundo o Banco de Moçambique (BM), realçando que o montante contribuiu para no final da primeira quinzena de Agosto corrente o saldo das Reservas Internacionais Líquidas (RIL) ser de 1787 milhões de dólares, ou seja, mais cinco milhões de dólares em relação ao saldo do último dia de Julho de 2010.
Bilhetes de Tesouro
Para o presente ano, o G-19 comprometeu-se a desembolsar para Moçambique cerca de 675 milhões de dólares, dos quais USD 412 milhões para apoio ao Orçamento do Estado de 2011 e 263 milhões de dólares para apoio programático sectorial.
Esteve na base do atraso na libertação de fundos pelo G-19 a imposição deste grupo ao Governo moçambicano para proceder à revisão da Lei Eleitoral, processo já iniciado, bem como a melhoria do processo de boa governação e aumento de acções de combate contra a corrupção.
Refira-se, entretanto, que perante o atraso dos desembolsos do G-19, aliado à cavada crise financeira que Moçambique atravessa, com a sua divisa num afundanço descomunal, o Executivo de Armando Guebuza foi obrigado a recorrer à emissão de Bilhetes de Tesouro para suprir défices orçamentais de tesouraria e, assim, levar avante a execução do seu plano para o presente ano de 2010.
Correio da Manhã--
(MiradourOnline)
Mais um polícia baleado em Maputo - No último fim-de-semana
Já vai em nove assassinatos por esclarecer |
Maputo (Canalmoz) – Mais um agente PRM, que em vida respondia pelo nome de João Muianga, afecto ao posto do Ministério da Agricultura, na capital do país, foi morto na madrugada do último sábado quando regressava à casa, no bairro da Maxaquene, em Maputo. As informações sobre a sua morte ainda não foram claramente reveladas. Contudo, a Polícia reconhece que esse tipo de crime está a aumentar. (Conceição Vitorino) |
2010-08-24 06:56:00 |
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(MiradourOnline)
Anibalzinho está vivo e goza de boa saúde
– garante Arnaldo Chefo, porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique, na cidade de Maputo |
Maputo (Canalmoz) – O Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) da cidade desmente as informações postas a circular na tarde do último domingo, segundo as quais Aníbal dos Santos Júnior, ou simplesmente Aníbalzinho, o confesso assino do jornalista Carlos Cardoso teria morrido na cela onde tem estado encarcerado naquela unidade policial. |
2010-08-24 06:57:00 |
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(MiradourOnline)
Polícia comunitária tortura menor de 11 anos - No município da Matola
Maputo (Canalmoz) – Uma mãe residente no bairro Intaka, município da Matola, mandou torturar o seu filho de 11 anos de idade, no posto policial que funciona junto do Mercado 7 de Abril, alegadamente por ter furtado mil meticais em casa. (Cláudio Saúte) |
2010-08-24 06:44:00 |
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(MiradourOnline)
terça-feira, 24 de agosto de 2010
E os bolos ficaram para a história: Scala vende peças de viaturas
É ISSO! Os bolos do lendário Scala na baixa da cidade ficaram para a história! Sabores como bolo de arroz, massa folhada, bolo-rei, natas e pastéis, já não voltarão a ser servidos naquele espaço antigo. Estas guloseimas, foram já trocadas por jantes, pneus, câmaras-de-ar, farolins, retrovisores, pára-brisas, balatas, cardãns e outros acessórios do mundo automóvel.
Isto vem a-propósito, da transformação que se assiste do café Scala, outrora, cantinho de lazer, aonde convergiam amigos, famílias inteiras e intelectuais da praça para tomar o seu cafezinho, ler um jornal ou ainda debater ideias da actualidade.
Com efeito, o Scala é um daqueles lugares que a baixa da cidade de Maputo sempre teve como um dos pontos emblemáticos que fazem a memória colectiva das gentes de KaMpfumo e não só. Estamos a falar de casas, cuja importância social e histórica, os elevou a postais e autênticos cartões-de-visitas na urbe. Aliás, foi sempre, para muitos turistas nacionais e estrangeiros, uma paragem obrigatória, tal como acontece com o seu "vizinho" café Continental.
Neste momento, o último compartimento que "sobrava" (dos três existentes) está praticamente pronto para vender peças de várias marcas de viaturas! Isso acontece depois de os restantes terem se transformado em lojas que se dedicam à venda de roupas e outras bugigangas.
Com este cenário, está-se, seguramente, a matar a história da "cidade das acácias" que tem a sua história e com um passado que deve ser preservado.
O Scala figura na baixa da cidade como um ex-libris desta urbe cosmopolita. Um dos postais da capital que efectivamente se recomenda.
Entretanto, este facto de transformação, sem respeitar a história da cidade, também acontece, porque não há nenhum dispositivo legal que obriga os investidores a seguirem uma certa actividade comercial diferente da que pretendem em nome dos legados históricos da cidade. Assim, a legislação de protecção histórica da zona da baixa em que se situa o Scala, a Lei número 10/88, de 22 de Dezembro, apenas impede a transformação dos desenhos dos edifícios, mas não regula o tipo de actividades a serem levadas a cabo.
Todavia, nunca será por demais lembrar que na altura em que o novo investidor adquiriu o Scala deixou claro, que "pouparia" uma parte do Scala para continuar a sua vocação de pastelaria. Como forma de salvar a tradição e evitar a morte desta casa lendária. Seria, por assim, dizer uma espécie de um Scala em miniatura. E hoje, com a nova realidade, ficou claro que o "Scala" morreu, definitivamente!
Esta imagem documenta o Scala já com os reclames publicitários das marcas de acessórios de automóvel que ali serão comercializados a abrir dentro em breve!
--(MiradourOnline)
África do Sul: Fronteira com Moçambique sob controlo do Exército
O Exército sul-africano começou a instalar as suas unidades a partir de Maio deste ano quando o Governo, evocando motivos de segurança, decidiu retirar a Polícia.
O diário sul-africano "Sowetan", editado em Joanesburgo, diz que as tropas instaladas ao longo das fronteiras da África do Sul têm ordens de prender, deter, vasculhar e confiscar mercadorias, no quadro de uma operação destinada a combater actividades ilícitas no país.
Uma equipa de reportagem deste matutino esteve há dias nas fronteiras que a África do Sul partilha com Moçambique e Zimbabwe, tendo verificado que partes do arame farpado foram destruídas por grupos de imigrantes ilegais.
Mais de 60 quilómetros da fronteira entre Moçambique e África do Sul são intransitáveis, com tropas das SANDF a repararem a via, cujo arame está destruído por alegados contrabandistas de viaturas, gado bovino, entre outros produtos.
O major-general Barney Hlatshwayo disse que desde Maio último o Exército deteve ao longo da fronteira zimbabweana mais de 15 mil imigrantes ilegais, sendo o grosso de contrabandistas de cigarros orçados em 22 milhões de randes.
Relativamente à fronteira com Moçambique, de acordo com aquele oficial do Exército, 761 estrangeiros, maioritariamente moçambicanos, foram detidos desde Maio último, recuperadas cinco viaturas, 20 cabeças de gado bovino e 20 quilogramas de drogas diversas.
Hlatshwayo acusou a dado momento a Polícia de ter contribuído para a deterioração do arame separando a África do Sul dos dois Estados, que no passado impedia a movimentação de ilegais para a "terra do rand" sob pretexto da busca de melhores condições de vida e emprego.
Ele indicou que estrangeiros destroem o arame para poder atravessar para o lado sul-africano.
Hlatshwayo defendeu a necessidade do reforço com mais unidades do Exército e uso da forças de cavalaria canina, uma vez que grandes contingentes de ilegais continuam a assediar as fronteiras.
Revelou que uma vez restabelecido o arame farpado, a África do Sul voltará a electrificar as fronteiras de forma a impedir a entrada de ilegais no país.
- AIM
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(MiradourOnline)
Semanário "O Angolense" não Foi Publicado
Regime controla e censura a Imprensa |
Maputo (Canalmoz) - O semanário "O Angolense" recentemente vendido não se publicou sábado devido a desacordos entre os novos proprietários e os jornalistas. Está ausente das bancas. Não se sabe por quanto tempo mais. |
2010-08-23 06:47:00 |
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(MiradourOnline)