"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

domingo, 22 de junho de 2008

Carta a Chefe de bancada da Renamo - Senhora Maria José Moreno Cuna (MP)


Excelência,


O que me leva a escrever são apenas dois pontos. O primeiro prende-se com a realização dos três pleitos eleitorais que se avisinham no país. A minha preocupação neste momento, é em relação ao deficit de informação e a raridade de educação cívica, para que os moçambicanos sejam sensibilizados a afluir massivamente aos postos de voto, na escolha consciente, livre e responsável dos dirigentes que os governarão no próximo quinquénio. Qual éo plano do partido nesta frente?

Uma vez V. Excia na presidência de um grupo parlamentar que julgo dar ouvidos aos recados dos demais populares, é importante que se intervenha neste assunto de educação cívica atempadamente dada seu importantissimo contributo no desenvimento da nossa jovem democracia. Aliás, o seu último discurso de encerramento, da última sessão da Assembleia da República desta legislatura, faz menção especial da participação massiva dos moçambicanos nestes pleitos eleitorais.

O segundo ponto que gostaria colocar a V. Excia, relaciona-se com a crise politico-economica do vizinho Zimbabué. Apraz-me notar o esforço impar do líder do seu Partido, a Renamo, e demais quadros dessa formação política na procura de uma solução viável para aquela vizinha nação. Graças a pressao que se vem exercendo, hoje, o regime de Robert Mugabe está sendo, cada vez mais, mas mais violento contra o seu próprio povo. A lista dos países que desaprovam as atrocidades de Mugabe alargou, tanto aqui em África, como no mundo.

Não fora a política de ‘diplomacia silenciosa’ seguida pelo clube dos camaradas da SADC, e pelo seu mediador o senhor Thabo Mbeki, talvez tivessemos outra sorte a sorrir aos irmãos zimbabwenos. Notamos com preocupação que o governo de Moçambique se colocou igualmente no lado errado da crise zimbabwena. O nosso governo mantém um relação amistosa com o regime hideondo. A título de exemplo foi a recepção calorosa de uma delegação numerosa de emissários de Mugabe, muitos deles já banidos de circular pelo mundo fora pelo seu envolvimento directo nas atrocidades no Zimbabwe.

O nosso governo está, por assim dizer, a perdoar ou protelar os pagamentos de dividas ao nosso país, contraídas pelo regime de Mugabe, quer pelo uso da energia de Cahora Bassa quer ainda no uso de servições ferro-portuários do nosso país.

Pelo que, gostaria que V. Excia usasse da sua influência que tem para interceder junto das demais instâncias do estado moçambicano, em especial junto do Presidente da República de Moçambique, para que denuncie a situação no Zimbabwe e exija que o regime pare com violência contra o povo daquele país, antes que seja tarde.

Por último, saudo-lhe, em meu nome pessoal, pelo seu trabalho na chefia da bancada do grupo parlamentar da maior oposição, cujo subir de nível desempenho em 2007 e nesta metade de 2008, tomou de surpresa o imaginário de muitos moçambicanos pela positiva.


Aguardando a sua apreciação célere do assunto em apreço, aproveito o ensejo para lhe desejar minhas calorosas saudações.


Dedé Moquivalaka

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