Parece que a Educação e Cultura (MEC) terá trazido uma inovação para o ensino em Moçambique. Mas quanto a nós, não!
Ora bem, fazendo fé ao pronunciamento do actual director da área de avaliação e exames do MEC, o Dr. Jafete Mabote, a pergunta que se lhe põe é se o modelo de exames a introduzir brevemente, cuja característica é de multipla escolha, trará benefícios ao sistema de ensino, ou não? Não teremos um sistema que ensina o aluno a não estudar a estruturar o seu pensamento e conhecimento numa folha de exame?
Não estaremos em presença dum sistema em que o aluno sabe de antemão que vai jogar uma ‘totobola’ para acertar as questões postas no exame? Este cepticismo não é apenas deste blogue, mas o é de uma grande maioria de país que vê nesse sistema a implemetar uma farsa, pois não trás nada de novo.
Afinal o que diz a experiência de aplicação de sistema de resposta multipla? Quais são as vantagens e desvantagens desse sistema, Dr Mabote? Terá o MEC feito consultas a sociedade para eleger este sistema, como sendo o mais perfeito de todos os que existem?
Para nós, o que se pode depreender neste exercício, é que o MEC terá sido beneficiada de uma série de consultorias que nada tem haver com a realidade no terreno, com perigos potencias ao ensino. Na base dessa consultoria, o MEC pretende centralisar ainda mais o sistema de exames e com ajuda de maquinetas substituir o ‘homem’ [professores] na correcção dos mesmos! Ora isto é mau. Não se produz um ensino de qualidade mecanicamente. A componente humana; ou seja de professores exminadores espalhados pela nação fora deve ser integrada no processo activamente.
Por isso, ao invés desta ‘totobola’, devolvamos as proporções de competências de que gozam os órgãos centrais dos exames para as províncias. Sejam elas responsabilizadas na condução do processo, desde a administração, correcção e publicação de resultados dos exames. Uma das estratégias viáveis para a dinamização do processo de exames ao nível das províncias é o estabelecimento de sistema de exames coerente, de treinamento do pessoal docente examinador e a disponibilização de recursos. A função do ministério seria de supervisionar, ‘aferir’ ou mesmo homologar os resultados obtidos pelas escolas. Enfim, o que se pretende é que o MEC deixe as escolas trabalhar, sem interferências grosseiras como a que se nos deixa ver que, a-priori, certamente, vai levar o ensino a um autêntico desastre. (x) Foto Eng Cardoso
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