...Parem de inventar a roda que lá está.
Não restam dúvidas que o recente decisão de criar novos territórios tomada pelo Governo sem consulta popular nem mandato para o fazer visa, para além do seu objectivo supremo de ganhos eleitoralistas, tem por missão enquadrar a onda de camaradas que se vê desafectada no clube da ‘nomenkalatura’ do poder.
Não restam dúvidas que o recente decisão de criar novos territórios tomada pelo Governo sem consulta popular nem mandato para o fazer visa, para além do seu objectivo supremo de ganhos eleitoralistas, tem por missão enquadrar a onda de camaradas que se vê desafectada no clube da ‘nomenkalatura’ do poder.
Para quem percebe a geografia moçambicana, 11 territórios provinciais são dirigidos por igual número de Governadores nomeados pelo chefe do estado. A esses mesmos territórios, e por delegação do Preseidente da República, são nomeados 11 Representantes do Estado da Província, 117 Representantes do Estado do nível dos distritos, 128 administradores, incluindo 5 que as zonas da cidade de Maputo têm. Além dos ministérios e algumas empresas, o país conta com 128 Secretários Permanentes.
O governo vem replicado nas províncias tudo o que é serviço distrital e provincial, além das enúmeras direcções provinciais disto e daquilo, que se querem escondidas num balcão único chamado BAU. Aqui é que houve um golpe de baú porque de facto a estrutura pesadissima prevaleceu e os métodos também. Por assim dizer, quem está no BAU é visto, para já, como um simples estafeta.
Entretanto, temos 33, agora alargadas a 43 zonas autárticas, onde funcionam governos eleitos e uma assembleia. No que tange às assembleias, para além da da República (nosso parlamento), o país contará, já no próximo ano, com 11 assembleias (mini-parlamentos) provínciais eleitas. Com os municipios e assembleia não me encomodo, porque sei que duma maneira ou de outra, quando chega a hora, alguém deve prestar contas e ser responsabilizado pelos actos de governação.
Para a ironia dos moçambicanos, ao que tudo indica, o Governo esforçou-se em povoar as províncias com cerca de 400 agentes da sua confiança (não eleitos), mas não mediu o peso fardo que representa manter essa rede toda de chefes. Para além de salários acima da inflação, há mordomias de bradar os céus, oferecidos a estes agentes do Estado. Ora isto não se comporta, com a repugnante realidade e indignante pobreza em que, mais que mais de metade, dos 19 milhões de moçambicanos, está mergulhado.
Discursos, até aqui, vázios dos dirigentes para vencer a pobreza que se multiplicam exponencialmente, com pretensa agenda rotular, só ajudam a criar mais desconfiança e revolta nos populares. As massas populares já notam com sobriedade velada a distância, entre a organização para um trabalho governativo profícuo, e a desorganizaçao para fins alheios; ou seja, a tal que abriu brechas já visíveis, por onde o erário público que é delapidado indecorosamente. Qual é a antitese desta preocupação de muito Estado e pouco trabalho (o deixa-andar a esse nível), senhor Presidente da República? Não responda a mim, mas sim aos Comiches e outros que vêm nisto uma duplicação e paralelismo funcional.
Entretanto, temos 33, agora alargadas a 43 zonas autárticas, onde funcionam governos eleitos e uma assembleia. No que tange às assembleias, para além da da República (nosso parlamento), o país contará, já no próximo ano, com 11 assembleias (mini-parlamentos) provínciais eleitas. Com os municipios e assembleia não me encomodo, porque sei que duma maneira ou de outra, quando chega a hora, alguém deve prestar contas e ser responsabilizado pelos actos de governação.
Para a ironia dos moçambicanos, ao que tudo indica, o Governo esforçou-se em povoar as províncias com cerca de 400 agentes da sua confiança (não eleitos), mas não mediu o peso fardo que representa manter essa rede toda de chefes. Para além de salários acima da inflação, há mordomias de bradar os céus, oferecidos a estes agentes do Estado. Ora isto não se comporta, com a repugnante realidade e indignante pobreza em que, mais que mais de metade, dos 19 milhões de moçambicanos, está mergulhado.
Discursos, até aqui, vázios dos dirigentes para vencer a pobreza que se multiplicam exponencialmente, com pretensa agenda rotular, só ajudam a criar mais desconfiança e revolta nos populares. As massas populares já notam com sobriedade velada a distância, entre a organização para um trabalho governativo profícuo, e a desorganizaçao para fins alheios; ou seja, a tal que abriu brechas já visíveis, por onde o erário público que é delapidado indecorosamente. Qual é a antitese desta preocupação de muito Estado e pouco trabalho (o deixa-andar a esse nível), senhor Presidente da República? Não responda a mim, mas sim aos Comiches e outros que vêm nisto uma duplicação e paralelismo funcional.
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