A EXUMAÇÃO sistemática de ossadas humanas, na província de Niassa, para posterior comercialização no vizinho Malawi, tende a ganhar contornos alarmantes, facto que leva as autoridades policiais a ponderarem a solicitação de psicólogos, antropólogos, sociólogos e agentes da associação dos médicos tradicionais (curandeiros) para, juntos, estudar as reais motivações do fenómeno.
Aquele oficial da Polícia explicou que quando as pessoas são encontradas com as ossadas, nunca assumem ser sua pertença, dizendo que foram solicitadas por outras que se dedicam ao assunto e que supostamente encontram-se fugitivas. Nesta ordem de ideias, é muito difícil descobrir os propósitos para os quais os ossos são desenterrados.
Acrescentou que, mesmo sem ser um dado definitivo, provavelmente a exumação estará relacionada com o facto de existirem muitos moçambicanos radicados no Malawi há bastante tempo e que acreditam na tradição e na crença segunda a qual os espíritos dos seus antepassados é que os protegem. "As pessoas dizem e acreditam que os ossos humanos rendem muito porque são vendidos a camponeses que preparam medicamentos para uma boa produção agrícola. Há também a justificação segundo a qual os autores das exumações utilizam os ossos para preparar medicamentos para progredirem no emprego, ter sucesso no negócio e serem ricas", afirmou Mahunguele.
Entretanto, o prosseguimento de actos desta natureza levou a que a PRM concluísse que não se trata disso, mas de um actos meramente criminais associados a interesses financeiros. "Do ponto de vista de investigação, tem sido muito difícil obter uma conclusão. Esta dificuldade leva-nos a atribuir este fenómeno a questões meramente históricas e sociais. Precisamos de descobrir a verdade na sua essência para melhor entender o fenómeno. Talvez porque iniciámos um trabalho com a Polícia malawiana, conseguiremos colher mais dados sobre o que está a acontecer", disse a fonte.
Para além da exumação das ossadas humanas, o Niassa está a registar um crescendo de casos de crimes passionais e de problemas causados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas de fabrico caseiro (katchulima).
No que tange ao crime transfronteiriço, o nosso interlocutor disse que o que mais preocupa as autoridades é a pilhagem de recursos, entre marinhos, florestais e faunísticos. A pilhagem no Lago Niassa tem como alvo parte do pescado que do lado malawiano já não existe, por ter sido tirado tudo. Com o reforço de efectivos da Força de Guarda Fronteira, o controlo ficou mais cerrado e as pilhagens reduziram.
Fonte: Notícias
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Mais sobre o trafico transfronteiric,o de oussada humana leiam aqui: http://www.dailytimes.bppmw.com/article.asp?ArticleID=6056
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