O índice de criminalidade com recurso a armas de fogo está a subir. A origem deste fenómeno que repentinamente passou a atemorizar os cidadãos de uma forma geral e em particular os de Maputo e Matola, ainda é desconhecida das autoridades policiais do País. O ministro do Interior, José Pacheco, tem um "Plano de Combate à Criminalidade" para ser implementado dentro de três meses mas não se sabe se a este não sucederá o mesmo que a tantos outros "planos que sucumbiram nas gavetas". O prazo dado pelo ministro se nos ativermos ao momento em que Pacheco fez a promessa, já está inclusivamente a esgotar-se e o crime vai indo de vento em poupa. A viúva do primeiro presidente de Moçambique independente, Graça Machel, numa deposição de flores por ocasião da passagem do sexto aniversário da enigmática morte do Siba Siba Macuacua, disse, através dos órgãos de comunicação social, que "Moçambique deve deixar de ser um país onde os criminosos não têm rosto". Os criminosos que abateram Siba-Siba Macuácua continuam sem rosto no país de Graça Machel governado há 32 anos pelo seu próprio partido. Está assim por entender porque razão as coisas estão a piorar em matéria de crime violente.
O político da oposição e advogado Máximo Dias, convidado pelo «Canal de Moçambique» a dar os seus comentários perante o cenário sombrio de criminalidade vivido actualmente no Grande Maputo, afirmou que na sua óptica – "na minha óptica" – "a pobreza absoluta por um lado, o descontrolo e a incapacidade material dos elementos de segurança, nomeadamente, a Polícia da República de Moçambique (PRM), os Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE), a Força de Intervenção Rápida (FIR) e Polícia de Investigação Criminal (PIC), por outro lado, criam um ambiente propício à existência de associações de malfeitores e de criminosos individuais".
Máximo Dias não se ficou por ali. Disse ainda que "desta forma ilícita e condenável os criminosos procuram sobreviver ou conseguirem aumentar as suas riquezas ilícitas".
Entretanto, sempre a surpreender, Máximo Dias afirma que "este cenário é facilitado pelo movimento de globalização, nomeadamente a livre circulação de pessoas e bens no mundo de hoje".
Na sua avaliação do actual estado de choque vivido em Maputo entre os malfeitores e os agentes da lei e ordem, cuja vítima é a segurança dos cidadãos, o advogado e presidente do MONAMO, Máximo Dias, considera que "para além de todo este cenário triste, a corrupção institucionalizada ajuda, no pensamento dos criminosos, na prática de vários tipos de crimes".
"No pensamento dos criminosos, em caso de cometimento destes e daqueles crimes, de certa forma inquietantes, no nosso país a punição não existe, e se existir será muito suave", explica.
Num outro contexto, Máximo Dias viria a considerar que os crimes que têm estado a inquietar o país, em particular as províncias de Maputo e Maputo-Cidade "têm como efeitos a morte e a insegurança de pessoas e bens, o que tem também um reflexo muito negativo na economia moçambicana, principalmente, porque afasta os pequenos e médios investidores que por sua vez, devido à insegurança deixam de investir e dessa forma também aumentam o desemprego e, consequentemente agravam a pobreza".
Fonte:CANAL DE MOÇAMBIQUE
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