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VOA News: África

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Os vermes estão a ser conhecidos


A democracia das “conveniências” revela-se claramente uma ditadura

Afinal os jovens da OJM estão controlados pela Pereira do Lago…

Beira (Canalmoz) – Os agentes provocadores de Chókwè e de Macia, de Gondola, de Manica, da Ilha de Moçambique em obediência de comandos e instruções do partido de que fazem parte têm o seu destino traçado pelas instâncias superiores como é habitual ouvir-se dizer. Também na OMM e nesta com mais facilidade, o regime de funcionamento não ultrapassa a mera obediência dos que detêm o poder real na Frelimo.
Quando alguns jovens se lançam ao ataque dos classificados adversários políticos senão “inimigos”.
A razia ou guilhotina que a OJM sofreu são suficientemente demonstrativas. Aquilo que se aconteceu significa centralismo democrático e não democracia.
Só quem queria continuar cego e ignorando os manuais de procedimento vigentes no seio da Frelimo é que poderia sonhar com algo diferente.
Mesmo os elogios e glorificação “norte-coreanas” da liderança do AEG, pronunciados aquando da última sessão do Comité Central da OJM, não foram suficiente para aplacar as suspeitas de que a liderança da OJM era “desobediente e desenquadrada” com a agenda do partido-mãe. 
Gente com pouco conhecimento das engrenagens reais da Frelimo queria colocar-se acima de quem é efectivamente guardião dos interesses da liderança da Frelimo. Uma contradição ou situação recorrente que alguns jovens entusiasmados não conseguiram entender nem interpretar. Edson Macuácua havia cometido erros similares e hoje está votado ao silêncio porque “pena maior” não coube.
A acção disciplinadora na Frelimo é obviamente uma cópia perfeita do sistema de funcionamento do PC chinês e do partido no poder na Coreia de Norte.

Aqueles preceitos democráticos de inspiração ocidental são estudados e descartados sempre que os interesses dos que lideram o partido sentem que algo ameaça a sua posição cimeira. A liderança suspensa ou descartada da OJM cometeu o erro fatal de julgar sem bases sólidas que era importante para a manobra e funcionamento da Frelimo.
Outros jovens são “arrebanhados e contratados” para servirem de agentes agitadores e “vandalizadores” da oposição quando chegar a hora das eleições autárquicas. Com tanta pobreza grassando no país não, é difícil encontrar quem queira cumprir missões mercenárias. Quem não conhece o papel higiénico? 
Edis de municípios importantes do país foram empurrados para a renúncia de seus mandatos e como vimos outros candidatos surgiram.
A importância da decapitação da OJM em Moçambique é histórica na medida em que raramente algo do género sucede. Tal foi a insubordinação da liderança da OJM na pessoas de seu secretário-geral que a Frelimo decidiu pura e simplesmente desfazer-se de todos os chefes de uma só vez.
Os analistas habituais, decerto que não viram a público dizer que foi um golpe contra a democracia a forma como a direcção da Frelimo actuou.
A fome é tanta e os tentáculos do partido governamental são tais que qualquer membro da OJM ou da OMM receia expor-se.
Está claro agora que os titulares dos órgãos de liderança das organizações sociais afectas ao partido Frelimo são por indicação directa da liderança da Frelimo. Ninguém chega a chefe de qualquer coisa sem que haja com aceitação da direcção superior do partido. Nesse sentido democracia é simplesmente um termo politicamente correcto mas sem qualquer tradução prática. Estamos claros? Não é invenção minha mas algo que foi mostrado pela decisão de suspender Basílio Muhate e seus pares.
Para os moçambicanos em geral e para a sua juventude deve começar a ficar claro como procedem os partidos de que fazem parte. Há matéria abundante para questionar as proclamações falsas e demagógicas de que existe democracia interna em muitos dos partidos que pululam em Moçambique.
Vivem-se constrangimentos da disciplina partidária não só na Frelimo, disso devemos estar claros.
Há esforços para controlar os sectores do partido Frelimo que poderiam constituir forças contestatárias internas, abraçando agendas que não coadunam com as intenções da actual liderança.
Outra maneira de ver todo este imbróglio é atribuir tudo a dissonâncias internas das tristemente famosas alas internas na Frelimo. Basílio Muhate estaria obedecendo ou confiando em outra liderança na sombra, em antigos chefes da Frelimo, derrotados no Congresso de Pemba?
Quem entra em rota de colisão com a liderança actual não pode esperar perdão sobretudo quando se trate de organizações extremamente centralizadas como a Frelimo.
É por demais evidente que nem o secretário-geral da Frelimo, Filipe Paunde, se atreve a “urinar fora do penico”. As pessoas chegam a um ponto em que se recusam a pensar só para correrem o risco de expressarem algo que não seja “católico” ou de acordo com a ortodoxia partidária.  
O caminho pela concretização de uma democracia visível e vivida pelos moçambicanos continua por realizar.
Existem apertos e condicionalismos concretos que impedem a livre expressão do pensamento dos membros de importantes partidos políticos moçambicanos.
Ainda existe muita desconfiança e receio de delegar e democratizar.
Julius Malema foi sacrificado mas Basílio Muhate não aprende em tempo útil… (Noé Nhantumbo)  

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