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VOA News: África

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Não diga que não vos avisei

De: Marcelino Silva

À medida que o país está contrarelógio para as eleições autárquicas em Moçambique parece que a situação política tende a piorar nos últimos tempos, com cenários nada abonatórios.
Um olhar de raspão saltam à vista episódios de musculatura entre o governo, os partidos da oposição e a Sociedade Civil.
Quer exemplos disso? Num pequeno espaço de papel como este  creio  não  ser  suficiente  para descrever.
Temos casos de Muxungue, figuras credíveis da sociedade civil excluídas da lista por quem manda neste país, e a inclusão de nomes de preferência do governo do dia encomendadas algumas organizações profissionais e da sociedade civil, a fantochada de conversações entre a Renamo e o Governo, para distrair os eleitores, e por aí além, são exemplos disso.
De entre várias barbaridades cometidas nos últimos  meses  fixemo-nos  na  candidatura  do actual  presidente  da  CNE, Leopoldo  da  Costa,  á membro  deste  órgão  por  uma  suposta  ONP  extinta.

A  comissão ha-doc  encarregue  para  investigar este  assunto,  confesso,  ainda  não  sei  de  quem  está  a espera para  anular  a  candidatura  do  homem,  que não  tem  culpa  por  o  nome  dele  figurar  naquela lista.
Tenho  certas  dúvidas  se  ao  invés  de  Leopoldo  da Costa  fosse  um  outro  nome  de  um  candidato  que não  nutre simpatias  com  o  partido  no  poder,  se ainda este assunto constituiria até hoje conversas de  café.
Muitos, mas muitos mesmo, já opinaram dizendo que para a transparência de todo este processo que  já  arrancou  com a  tomada  de  posse  de membros  das  comissões  provinciais,  seria  bom retirar  o  nome  do  senhor  professor Doutor Leopoldo  da  Costa  da  lista  dos  candidatos  destes órgãos,  e  ponto  e  final.
Se a estas andanças estamos neste barulho imaginemos os passos subsequentes até ao escrutínio o que vai acontecer.
Minhas senhoras e meus senhores, com a anuência do governo do dia este problema deve, o mais rapidamente possível, ser resolvido sob pena de  todo  processo  eleitoral  transformar-se  num fiasco.
Não venham com histórias de que o governo “não mete colher na sopa que não lhe pertence”, uma alusão a não ingerência nos assuntos parlamentares, que isso não é  bem verdade,  quando  quer  faz,  “  A  FRELIMO  É  QUE  DIZ,…  A FRELIMO  É  QUE  FAZ”.
Caso o governo continue a mostrar musculatura perante o pacato eleitor, está sujeito a pagar esta elevada factura num futuro não distante. Não digam que não vos  avisei.
O NACALENSE – 06.05.2013

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