Maputo
(Canalmoz) – O desespero está a tomar conta das autoridades de Saúde,
pelo menos a nível da cidade de Maputo. Tal é o caso do director do
Hospital Geral José Macamo, Caetano Pereira, que ameaçou tomar medidas
em relação aos funcionários que cumprindo o segundo dia de greve
faltaram aos seus postos de trabalho. Mas não disse quais são as medidas
que serão tomadas.
Caetano
Pereira disse que estão a ser marcadas faltas ao pessoal ausente e mais
tarde poderão saber a partir dos superiores sobre o que deverá ser
feito para penalizar os grevistas. “Está a se marcar faltas, mas não
sabemos quais vão ser as medidas a serem tomadas, esperamos pelos
superiores”, disse.
Ontem,
segundo dia da greve dos médicos, o Hospital Geral José Macamo assistiu
a uma notável ausência do pessoal da saúde afectos àquela unidade
sanitária.
O
director do “José Macamo” acrescentou que o atendimento de doentes está a
ser feito com ajuda de alguns funcionários de outros hospitais e de
estudantes de curso de medicina da Universidade Eduardo Mondlane.
“Estamos a trabalhar mas com ajuda de estudantes e de alguns
profissionais de outros sectores”, disse
Entretanto,
no centro de saúde de Bagamoio, até ontem só havia pessoal para
fornecer medicamentos aos doentes de tuberculose e de tratamento
anti-rotroviral. Segundo uma enfermeira do Centro de saúde de Bagamoio,
que falou em anonimato, disse que na maternidade as mães tinham que dar
parto e recolherem no mesmo dia. “Não estamos a trabalhar, só estamos a
prestar alguns serviços de urgência”, disse.
Morosidade agasta pacientes
Alguns
doentes tiveram que desistir na fila, dada a morosidade no atendimento
devido ao número reduzido de quadros da saúde desde a passada
segunda-feira que iniciou a greve dos médicos no País.
Sem comentários:
Enviar um comentário