No
Hospital Geral de Mavalane, nenhum médico afecto se fez ao hospital.
Apenas militares e estudantes estagiários é que corriam de um lado para o
outro
Maputo
(Canalmoz) – O caos que se havia instalado esta segunda-feira, primeiro
dia da greve dos médicos, simplesmente se agravou esta terça-feira,
segundo dia. O cenário é o mesmo: longas filas e médicos militares e
estagiários a correrem de um lado para o outro. Os doentes até sabem que
os médicos estão em greve, mas o que querem é ser atendidos.
Em
todas as unidades hospitalares, a Reportagem do Canalmoz testemunhou o
caos: todos os serviços de atendimento a partir do banco de socorros,
urgências, maternidades até consultas gerais estão a ser asseguradas por
médicos militares e estagiários da Faculdade de Medicina e institutos
Médio e Superior de Maputo. Estes estão simplesmente a ser usados.
No
Hospital Central de Maputo, a maior unidade sanitária de Moçambique,
normalmente são atendidos por dia acima de 1500 doentes mas nesta
terça-feira foram atendidos apenas 500 doentes. Outra explicação é que a
maior parte dos doentes preferiu ficar nas suas casas.
Morgue do “Mavalane” encerrada
No
Hospital Geral de Mavalane, a situação é mais graves. A greve chegou
até à morgue. Não há serviços funerários. Nenhum dos profissionais
afecto se fez ao seu posto de trabalho.
Para
minimizar a situação, a direcção daquela unidade sanitária teve de
solicitar o apoio dos médicos estagiários e de outros técnicos, uma vez
que o problema já estava atingir níveis assustadores, dado que se estava
acumular muitos corpos para um hospital que só tem capacidade para
conservar três corpos.
Responsáveis desdramatizam o impacto da greve
A
nossa Reportagem contactou as direcções das duas unidades sanitárias
para fazer o balanço dos dois dias da greve dos médicos bem como o
impacto que está a causar.
Sem comentários:
Enviar um comentário