DEPOIS DAS BORRADAS SUCESSIVAS DA CNE EM PLEITOS ANTERIORES
FILIMÃO SAVECA
A participação de todas as formações políticas moçambicanas com existência legal nas próximas eleições autárquicas de Novembro de 2013 e gerais e presidenciais de 2014 está a ser exigida para acontecer pelo G-19.
O G-19 são, de resto, os principais parceiros externos maiores contribuintes do Orçamento do Estado e projectos de desenvolvimento de Moçambique. A sua exigência segue-se a borradas sucessivas protagonizadas pela direcção da actual – e superdesacreditada - Comissão Nacional de Eleições (CNE).
A exigência foi claramente expressa pelo respectivo presidente, Mogens Pederson, embaixador da Dinamarca, em Moçambique.
“Somos pela participação de todos os partidos políticos com existência legal em Moçambique e mais nada”, frisou Pederson.
Ele respondia a pergunta do Correio da manhã sobre se o actual momento conturbado que está a minar a preparação dos próximos pleitos eleitorais com base na nova Lei Eleitoral aprovada pelo Parlamento em 2012 pode levar o grupo a condicionar de novo a libertação dos fundos de apoio orçamental de 2014 como aconteceu em 2012.
Este novo dispositivo foi revisto pelo Parlamento moçambicano, em 2012, o que levou o grupo a libertar os fundos de apoio ao Orçamento do Estado e programas de desenvolvimento sócio-económico de Moçambique deste presente ano fiscal.
O diplomata dinamarquês recusou adiantar o que poderá acontecer caso a RENAMO mantenha a sua posição de boicotar as próximas eleições, reiterando que “queremos todos os partidos envolvidos nas eleições para o bem da democracia em Moçambique”.
O valor global de apoio orçamental do grupo a Moçambique deverá ser anunciado no próximo dia 31 de Maio (CmN° 4069 pág.2), em Maputo, quando os parceiros externos voltarem a reunir-se com o Governo moçambicano sobre a matéria.
Mogens Pederson falava ao Correio da manhã à margem da reunião final do processo de revisião anual de 2013 entre o Governo e Parceiros de Apoio Programático (PAPs) que concluiu ter-se registado incremento estimado em 9% da ajuda total a Moçambique pelos doadores externos.
CORREIO DA MANHÃ – 07.05.2013
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