O assunto mereceu longas reuniões a nível da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade. Enquanto a Imprensa e a sociedade faziam enorme pressão para que Leopoldo renunciasse, por muito tempo preferiu mantê-la.
Na última terça-feira, tal como o Canal de Moçambique noticiou em primeira-mão que a Comissão Parlamentar dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade, emitiu um parecer técnico não público que indicava haver irregularidades na candidatura de Leopoldo da Costa. Só que o mesmo parecer submetia o seu nome à consideração do plenário. Ou seja: mesmo com as irregularidades detectadas pela Comissão, Leopoldo avançava para a votação em plenário.
A informação avançada pelo Canal de Moçambique voltou a ser recebida com muita indignação na opinião pública, chegando-se mesmo a colocar em causa a seriedade da AR. Esta sexta-feira Leopoldo da Costa acabou mesmo por endereçar uma carta à Assembleia da República a renunciar a candidatura. Uma fonte do parlamento disse ao Canalmoz que Leopoldo nega ainda assim que tenha falsificado assinaturas.
Na última terça-feira houve uma demorada reunião da Comissão dos Assuntos Constitucionais para se ver se se validava ou não o parecer técnico que dava conta da existência de irregularidades na candidatura de Leopoldo. Esta reunião foi seguida atentamente pela chefe da direcção da bancada da Frelimo, principal interessada na candidatura de Leopoldo da Costa. Aliás, consta que a líder do grupo parlamentar da Frelimo a nível da Primeira Comissão, a deputada Ana Rita Sithole, foi quem sempre defendeu a manutenção da candidatura de Leopoldo e por isso mesmo levou-se tanto tempo a se chegar a um parecer consensual. (Matias Guente)
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