Maputo
(Canalmoz) – A Assembleia da República (AR) elegeu hoje os três membros
e respectivos suplentes provenientes da sociedade civil que irão
integrar a Comissão Nacional de Eleições (CNE). São personalidades cujos
nomes o Canal de Moçambique já havia avançado na edição da quarta-feira
da semana passada. Todos com simpatias junto do partido Frelimo. Hoje
apenas foram confirmados por meio de voto. São eles: Abdul Carimo
Nordine, Rabia Zauria Ibraimo Valigy e Paulo Cuinica.
Ficaram como suplentes as seguintes individualidades: Delfim de Deus Júnior, Jeremias Timana, Júlio Cunela.
Recorde-se
que concorreram para as três vagas as seguintes individualidades: Abdul
Carimo, Alfiado Zunguza, Anastácio Chembeze, Benedito Marrime, Abenilde
Nhalivilo (desistiu), Delfim Júnior, Gilles Cistac, Jeremias Timana,
João Trindade, Leopoldo da Costa (renunciou a candidatura), José
Belmiro, Júlio Cunela, Leonardo Massango, Paulo Cuinica, Rabia Valigy e
Salomão Moyana.
A
votação foi secreta na sala de sessões, e sabia-se logo à partida que
seria aquela lista de três que seria eleita, tal como o Canal de
Moçambique avançou em tempo oportuno.
Votação sem a bancada da Renamo
Logo
que a presidente anunciou o agendamento da eleição dos membros da
sociedade civil, a bancada da Renamo abandonou a sala de sessões, em
cumprimento da sua decisão de não fazer parte de qualquer processo
eleitoral sem que fiquem sanadas as questões pontuais como a paridade
nos órgãos eleitorais, assunto que de resto está em debate nas
infrutíferas negociações entre a Renamo e o Governo.
Assim
ficaram na sala apenas as bancadas da Frelimo e do MDM que contam com
191 e 08 deputados, respectivamente. Sob todas as hipóteses, estava já
claro que só entrariam para CNE apenas individualidades simpáticas ao
partido Frelimo. E foi o que aconteceu. Nomes com alguma intervenção
pública de relevo como os de Gilles Cistac, Salomão Moyana ou mesmo João
Carlos Trindade foram relegados aos últimos lugares.
Leopoldo da Costa e a foto de membro da Frelimo
Ainda na sessão de ontem houve tempo para explicações finais e oficiais da polémica candidatura de Leopoldo da Costa. Segundo o relatório da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade, lido pelo respectivo presidente, deputado da Frelimo Teodoro Waty, Leopoldo da Costa disse em sede de Comissão que a foto publicada pela Imprensa (Canal de Moçambique) sugerindo que ele é membro da Frelimo, foi tirada em 2005, antes de ele ser presidente da CNE. Mas esta declaração não constitui verdade porque a foto foi tirada na reunião de quadros da Frelimo na Matola, quando Leopoldo já era presidente da CNE. (Matias Guente)
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