Maputo (Canalmoz) - Os médicos admitem voltar à grave para mais uma vez pressionar o Governo no sentido de respeitar os três pontos acordados no memorando de entendimento assinado em Janeiro passado entre o executivo e a Associação dos Médicos de Moçambique (AMM), após os médicos terem paralisado as suas actividades em revindicação do aumento salarial e a atribuição de casas para os médicos.
A hipótese foi avançada durante uma conferência de Imprensa que teve lugar na sexta-feira passada e que tinha como principal objectivo reagir à nova tabela salarial da Função Pública aprovada há semana pelo Governo em que os médicos tiveram um aumento de 15% e, por outro lado, anunciar as decisões da última assembleia-geral extraordinário da AMM, realizada no passado dia oito do mês em curso.
Na assembleia-geral, os médicos entenderam, segundo a porta-voz substituta da AMM, Liliana Pinto, que o aumento de 15% continua muito abaixo daquilo que era a expectativa da classe médica, tendo em conta que o memorando as duas partes concordam que o reajusto para os médicos tinha que ter como princípio básico igualdade salarial entre os médicos e outros funcionários públicos com mesma categoria, ou seja, com outros licenciados, o que, segundo eles, não foi respeitado.
AMM acusa ainda o Governo de ter violado outros dois pontos estabelecidos no memorando que era: ausência de represália aos médicos e médicos estagiários e a existência de uma plataforma contínua de diálogo, e uma matriz de acções com prazos definidos.
Na assembleia-geral, os médicos entenderam, segundo a porta-voz substituta da AMM, Liliana Pinto, que o aumento de 15% continua muito abaixo daquilo que era a expectativa da classe médica, tendo em conta que o memorando as duas partes concordam que o reajusto para os médicos tinha que ter como princípio básico igualdade salarial entre os médicos e outros funcionários públicos com mesma categoria, ou seja, com outros licenciados, o que, segundo eles, não foi respeitado.
AMM acusa ainda o Governo de ter violado outros dois pontos estabelecidos no memorando que era: ausência de represália aos médicos e médicos estagiários e a existência de uma plataforma contínua de diálogo, e uma matriz de acções com prazos definidos.
Estes pontos não estão a ser respeitados pelo Governo, uma vez que, por exemplo: os médicos estagiários foram alvos de represálias, ante uma atitude passiva de toda a estrutura governamental, e apesar de sucessivos apelos e contestações da AMM a estes, sobre as violações do memorando que está a decorrer.
Por outro lado, a AMM acusa o Governo de não ter deliberadamente submetido à primeira Sessão da Assembleia da República o Estatuto do Médico tal como está acordado no memorando de entendimento.
E, por outro lado, diz que no outro capítulo do memorando de entendimento foi acordado que os médicos tinham direito a uma casa de habitação condigna mas até ao momento nada foi feito neste sentido.
Médicos prometem continuar a sua luta
E face ao incumprimento unilateral, da parte do Governo, segundo Liliana Pinto, a AMM vai continuar a lutar através de todos os instrumentos estabelecidos na lei para defender os direitos da classe médica, uma vez que, por exemplo, o aumento salarial de 15% aprovado pelo executivo é um autêntico menosprezo para aqueles profissionais de saúde.
“Não se compreende, por exemplo, que os licenciados de outros sectores da Função Pública como as Alfândegas ganham o dobro daquilo que um médico ganha”, sublinhou a porta-voz substituta da AMM, para depois questionar: “Será que os funcionários das Alfândegas trabalham mais que os médicos? Não se percebe como é que eles ganham mais que os médicos, enquanto são também licenciados como nós”, desabafou a nossa interlocutora.
Num outro desenvolvimento, Liliana Pinto disse que neste momento a AMM está a fazer uma auscultação dos seus membros no sentido de tomar uma decisão final que passa pela realização de uma greve, caso toda a classe médica chega a esta conclusão.
Mas a greve, de acordo com a porta-voz, substituta da AMM, será o último recurso, porque continuamos abertos para o diálogo tal como está estabelecido no memorando de entendimento.
Refira-se que o aumento de 15% equivalente ao reajusto de cerca dois mil meticais, tendo em conta que o actual salário mínimo para os médicos é de 14.350 meticais.(Raimundo Moiane)
“Não se compreende, por exemplo, que os licenciados de outros sectores da Função Pública como as Alfândegas ganham o dobro daquilo que um médico ganha”, sublinhou a porta-voz substituta da AMM, para depois questionar: “Será que os funcionários das Alfândegas trabalham mais que os médicos? Não se percebe como é que eles ganham mais que os médicos, enquanto são também licenciados como nós”, desabafou a nossa interlocutora.
Num outro desenvolvimento, Liliana Pinto disse que neste momento a AMM está a fazer uma auscultação dos seus membros no sentido de tomar uma decisão final que passa pela realização de uma greve, caso toda a classe médica chega a esta conclusão.
Mas a greve, de acordo com a porta-voz, substituta da AMM, será o último recurso, porque continuamos abertos para o diálogo tal como está estabelecido no memorando de entendimento.
Refira-se que o aumento de 15% equivalente ao reajusto de cerca dois mil meticais, tendo em conta que o actual salário mínimo para os médicos é de 14.350 meticais.(Raimundo Moiane)
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