O PRESIDENTE da República, Armando Guebuza, defendeu que a luta contra a criminalidade constitui um dos desafios dos países-membros da SADC, actualmente em processo de integração regional. "Infelizmente, a criminalidade é um problema de toda a região. Há sindicatos de crime que afectam Moçambique, África do Sul, Zimbabwe e outros e, deste modo, faz parte dos problemas da região da SADC lutar contra o crime organizado e transnacional", afirmou o Chefe do Estado, falando a jornalistas moçambicanos que fizeram a cobertura da 27ª cimeira da organização, que terminou sexta-feira, em Lusaka, Zâmbia.
Relativamente à cimeira em si, que teve na integração regional um dos principais pontos de agenda, Guebuza fez uma avaliação positiva reafirmando a ideia básica segundo a qual as infra-estruturas e serviços constituem o elemento condicionante para a aceleração da integração regional na SADC.
A esse respeito, Guebuza deu especial ênfase aos sectores de energia, telecomunicações, estradas e pontes, entre outros. No caso de Moçambique e em relação a infra-estruturas, considerou que quando a SADC fala de integração regional e de infra-estruturas como condição para facilitar o comércio livre é o mesmo que reconhecer que ainda há falta ou insuficiência dessas infra-estruturas, daí que se tenham definido programas para desenvolver este sector, e tais programas estão em curso também em Moçambique.
"Isso é dizer que ainda não estamos preparados em termos de ter já as estruturas preparadas, mas estamos a envidar os esforços necessários", disse Guebuza.
Sobre a situação no Zimbabwe, o Presidente da República disse que os chefes de Estado e de Governo receberam o relatório do órgão político da organização, sendo que as discussões estão em curso entre as partes, o Governo da ZANU-FP e o Movimento para a Mudança Democrática (MDC). 'Trata-se de uma negociação, as partes têm que trabalhar juntas para que quando as eleições acontecerem decorram num ambiente de harmonia", anotou.
Fazendo analogia com as negociações do processo de paz moçambicano, Guebuza garantiu que "o sucesso do processo do Zimbabwe vai depender da vontade das partes envolvidas, da consolidação de ideias de paz e do uso de meios pacíficos, daí que aguardamos que mais rapidamente possível haja resultados concretos do diálogo".
No respeitante à parte económica, Guebuza disse que a cimeira decidiu-se pelas ideias de revitalização económica do Zimbabwe, devendo os ministros das Finanças da região se reunir para apresentar uma proposta de plano de reabilitação do país.
O Presidente moçambicano falou ainda sobre a realização, em Dezembro, da Cimeira União Europeia-África e dos condicionalismos impostos pela Grã-Bretanha ao Zimbabwe, tendo defendido uma perspectiva regional em que a União Europeia (UE) e a União Africana (UA) são as partes principais. "Nós não podemos indicar quem são os jogadores do outro lado. Ninguém deve decidir quem deve participar nas negociações. A UA tem os seus Estados-membros e programas de cooperação, e a UE também os tem. Se aceitarmos encontrarmo-nos nesta base, isto significa que está tudo bem", afirmou Guebuza, reiterando que África lutou muito pela sua independência e é em função desta independência que deve decidir o que quer e como quer, sem interferência externa. "Não é a UE quem vai decidir sobre a participação ou não do Zimbabwe na cimeira", rematou.
Sobre a RDCongo, garantiu que a situação está a melhorar, embora ainda haja focos de violência, em especial na região leste do país. Para ele, o regresso do líder da oposição, Jean-Pierre Bemba, a Kinshasa, depois de uma estadia em Portugal, já estava previsto, e, por isso, não constitui novidade..
Fonte:Notícias
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