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VOA News: África

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008


História, realidade e linguagem do 5/2 na Província de Maputo

- Mais um relato sobre a experiência pessoal durante e pós-5/2 de Lázaro Bamo

Num extenso artigo que faz o "rescaldo de 5 de Fevereiro: Mentira ou Omissão?", Lázaro Bamo dá primazia a história deste levantamento popular, vinca realidades dispares dos actores e “motores” que fizeram funcionar o movimento, e tenta perceber como os actores principais [PRM] trataram e usaram a linguagem durante e pós-5/2. A verdade manda dizer que Lázaro Bamo escreveu em linhas tortas, verdades cruas e nuas, sobre um evento atípico no devir nacional. E sem descanso, ele convida a PRM a um banquete: “Gostaria de compartilhar este pensamento, bem pensado, com os agentes informadores do público do Comando da PRM na província de Maputo”. Suponho que os seus convidados aparecem todos. Sem divagar Bamo retrata a figura do agente da PRM e compara com o seu comportamento quando diz (...) "ter aparecerido em público, num programa de Rádio, a dizer que os tumultos do dia 5 de Fevereiro, resultaram na detenção de um pouco mais de trinta pessoas, sem falar de viaturas parcial e totalmente destruidas, falou também dos bufos que foram feridos pela fúria popular. Para o espanto, ele mentiu para o povo ao dizer que não houve nenhum ferimento da parte dos populares a nível da província de Maputo, fiquei parvo pois é uma patologia sonharmos enquanto proferimos um discurso público.” De seguida Bamo acusa o agente de (...) omitir os factos ou então ele mentiu para o povo. A verdade é que houve sim ferimentos na cidade da Matola, dados oficiais indicam que foram dois, nos postos administrativos de Infulene e Machava. Ademais, Bamo destila as gotas da sua coléra quando diz que (...) os agentes forjam inverdades para tapar os olhos do cidadão, isto de nada ajuda na melhoria das relações entre a PRM e a sociedade... O articulista ficou com a sensação de que o membro da PRM tentou (...)[uma] homicídio frustrado à verdade, (...) idealizar uma imagem de sí e (...) espalhar o virus da mentira ou omissão pela maioria.” No centro das sua acusação está o Governo da Frelimo que Bamo o viu a redobrar-se (…) “em várias frentes, a desencadear acções de sensibilização do povo, para que não seja rebele. Mas ele ...eles devem aprender a dizer a verdade, ela pode doer mas não mata. O povo tem direito de acesso a informação real, pois a má informação... Bamo remata o belo artigo ao fazer mais um convite aos banquetistas para que de futuro se juntem a [sua] equipa de alpinismo, como forma de juntos [escalarem] o cume desta montanha, que é a verdade, [pois] lá falarémos a mesma linguagem. Artigo retirado aqui.

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