A Comissão Eleitoral do Zimbabué, ZEC, diz que vai hoje anunciar os resultados das presidenciais de sábado e a liderança da Zanu-PF, incluindo veteranos militares da geração de Mugabe, prevê reunir-se de emergência. Jornalistas locais dizem que o partido está dividido quanto à questão de Mugabe se candidatar a uma segunda volta se os resultados não atribuírem ao líder do MDC, Morgan Tsvangirai, uma maioria absoluta. Ontem o vice-ministro da Informação, Bright Matonga, tinha dito que os resultados não oficiais indicavam que uma segunda volta presidencial iria ocorrer e que Mugabe, no poder há 28 anos, estava preparado para a enfrentar.
"Paciência"
À medida que parece chegar ao limite o “suspense” destas eleições, que já deram pela primeira vez desde o início do regime de Mugabe em 1980 a liderança parlamentar à oposição, os países da região apelam à paciência dos zimbabueanos e ao cumprimento da ordem e dos processos constitucionais. “Se Morgan Tsvangirai tiver, de facto, ganho nos termos da lei eleitoral, então isso deveverá ser aceite. Se uma segunda volta tiver de ocorrer, então isso também deverá ser aceite. É tudo uma questão de esperarmos", recomendava ontem à noite o presidente sul-africano, Thabo Mbeki.
Após a detenção, ontem, de dois jornalistas estrangeiros e de uma rusga a um dos escritórios do MDC em Harare, o partido de Tsvangirai acusou as autoridades zimbabueanas de estarem a tentar desencadear uma "guerra". Durante as campanhas eleitorais de 2000 e 2002, os militares zimbabueanos desencadearam numa campanha de violência em que cem apoiantes do MDC morreram. No entanto as ruas de Harare, embora altamente policiadas, permaneciam calmas esta manhã. Noticia retira aqui /BBC
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