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VOA News: África

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Politiburo da Frelimo faz balanço do cansaço do seu governo [10] (A série continua)

A situação geográfica do nosso país faz dele rico e estratégico em termos de campos aráveis pela abundância de águas que deviam ter sido aproveitados no actual sonho do Governo de produzir trigo e outros cereais. Sabemos que o fluxo de rios do “inter-land” atravessando o nosso país trás consigo estes benefícios, mas também cheias e secas. Isto é cíclico. O Governo sabe disso.
Para o nosso espanto, a excepção deste ano, todos os outros anos passados, moçambicanos foram deixados à sorte. Governo não tem mecanismos de aviso prévio apropriados para alertar as populações vivendo nas zonas ribeirinhas. E mais, não dialoga eficazmente com o nosso gigante vizinho, a RSA, sobre a abertura de comportas das suas barragens, com vista a minimizar danos do nosso lado, sobretudo na região sul do país (rio Nkomati). Fale, o Governo, com o Zimbabwe e a Zâmbia para ver se os rios que de lá correm para a nossa costa não tenham efeitos devastadores na zona centro do país. Seria de todo bom que o Governo não esquecesse que os rios nacionais, como o Lugenda, Lúrio, Ligonha e Licungo e Lugela tem efeitos catastroficos por onde passam e merecem uma atenção especial.
Mas o sentimento que nos fica é: por causa dos pleitos eleitorais, gerais e municipais, que se avizinham é que vemos um ‘frenesim’ de justificações e de viagens para o terreno para averigar a situação. Os serviços metereológicos do país parece que tem ordens para dizerem que são muito operacionais agora que nunca. Na prática sabesse que é um exercício de fazer passar uma propaganda falaciosa ante o sofrimento de milhões por causa das calamidades naturais.
É triste, triste mesmo porque nestas coisas de calamidades se exige um governo responsável que não temos; exige-se uma postura gerencial sã e com capacidade de negociação com os nossos vizinhos RSA, Zimbabwe, Zambia e Malawi para que a questão das águas seja para alem do bem comum, uma tarefa colectiva dos estados; exige-se compromisso com a verdade e solidariedade incondicional as populações que sofrem deste mal sem que nem um único dirigente ou funcionário da agência ou intitututo de apoio as calamidades não ponham sua mão alheia aos bens doados e dirigidos aos que bem merecem. Vou, enfim, fazer um balanço, desta série, muito triste!

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