O Partido Aliança Independente de Moçambique (ALIMO) anunciou ontem o seu apoio à Renamo nas eleições autárquicas deste ano. O líder do partido, Khalid Sidat [na foto], disse ao “Notícias” que se trata duma opção política tomada em plena liberdade de consciência e ponderadas algumas situações, a bem da democracia.
Segundo afirmou, o partido já iniciou um aturado trabalho de sensibilização das suas bases para que compreendam que a oposição só ganha com a vitória da Renamo nas eleições. O líder da “perdiz”, Afonso Dhlakama, já disse que, nas eleições autárquicas de 2008, o seu partido não vai concorrer coligado com a União Eleitoral, de que faz parte a ALIMO. Questionámos a Khalid Sidat se não será uma aberração apoiar a Renamo, quando a sua cúpula já deixou clara a sua posição sobre coligações eleitorais no país. Respondeu afirmando que, não existindo até agora nenhum instrumento que revalide a coligação Renamo-União Eleitoral para as autárquicas deste ano, o seu partido está preparado para concorrer para aquele pleito, mas, decididamente, vai apoiar a “perdiz”.“Decidimos que vamos apoiar a Renamo nas eleições autárquicas.
Vamos concorrer, mas apoiando a Renamo. Para o efeito, já começámos a sensibilizar os nossos membros e simpatizantes para apoiarem a Renamo, para o bem da democracia”, realçou.Khalid Sidat afirmou que o partido não encara nenhuma hipótese de coligar-se com outras forças políticas, a partir da experiência que possui da União Eleitoral. Para esta Polícia, o projecto da União Eleitoral é um total fracasso. Recusou-se, no entanto, a entrar em pormenores, mas disse que a ALIMO se aparta completamente de algumas das posições assumidas pela União Eleitoral.Recentemente, a União Eleitoral escreveu uma carta ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, manifestando preocupação e solicitando a realização da assembleia-geral ou conselho da coligação Renamo-União Eleitoral destinado a clarificar a sua posição face às eleições autárquicas deste ano.Khalid Sidat reconheceu que a Renamo é um partido de respeito e líder da oposição no país, pelo que, segundo afirmou, ganhando a “perdiz” nas eleições, a oposição também ganha com isso.
Trata-se da segunda força política da coligação Renamo-União Eleitoral, depois da Frente de Acção Patriótica (FAP), que anuncia o seu apoio à Renamo nas eleições agendadas no país. Em finais do ano passado, o presidente da FAP, José Palaço, convocou uma conferência de Imprensa para anunciar a decisão do seu partido de apoiar a “perdiz” nos próximos pleitos, mesmo que não haja nenhum instrumento de validação da coligação para as autárquicas de 2008.Analistas dizem que a decisão daqueles partidos de apoiar a Renamo só reforça a ideia de que, fora a “perdiz”, o mercado político no país é ainda frágil. Sustentam a sua tese baseando-se em algumas tentativas já havidas no passado de formação de coligações eleitorais que redundaram em fracasso. Notícias Foto Noticias
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