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VOA News: África

sábado, 19 de abril de 2008

Ainda sobre o vaso chinês com carga de armamento para o regime de Mugabe

Circulam informações em Londres, Durban e Maputo segundo as quais o navio chines transportando armamento bélico para o regime tirano de Robert Mugabe terá deixado ontem a calada da noite o largo do Porto de Durban, depois de não se lhe ter aceite a ancoragem pelas autoridades portuarias sul-africanas.
Dados dignos de algum mérito indicam que o regime de Mugabe pode ter negociado com os regimes amigos ou da Frelimo ou do MPLA uma rota alternativa deste arsenal de cerca de 77 toneladas que inclui morteiros, lança granadas propelados por morteiros, armas de assalto AK47 e quantidades enormes de munições. O mais certo se este armamento for via Moçambique, a mais provável rota será a da Beira.
O porto da Beira que se encontra no final do corredor batptizado da Beira pode ser o destino desta carga assassina. Mas também abre-se a possibilidade de os portos de Maputo, Nacala, Quelimane ou Pemba serem usados segundo fontes bem colocadas. Um terceiro cenário é a utilização de sistema de baldeamento no alto-mar para embarcações menores que então se deveram fazer a costa moçambicana.

Implicação real para Moçambique

Politicamente falando, a acontecer que o Governo de Moçambique permita que esta carga militar transite aqui, dada a sua aproximação ao regime de Harare, o nosso país vai sofrer um escurtínio enorme.

Moçambique pode correr o risco de um isolamento político-diplomático e, por via disso, os país Ocidentais, muitos deles que assegurarem a nossa economia, através de contribuições importantes para o orçamento geral do estado (OGE) e investimentos directos em projectos como os de areia pesada e mozal, podem diminuir ou cortar esses apoios.

O povo de Zimbabwe, que é a potencial alvo deste equimento bélico, não vai perdoar nunca o regime da Frelimo, e por via disso, no's os moc,ambicanos!

É possivel que o Pretória tenha agido espertamente para sacudir a pressão sobre o seu mau desempenho como negociador entre MDC e Zanu (FP), e sobretudo, por causa da chamada ‘diplomacia silenciosa’, evitando que este barco descaregue. Assim, será o tal país a salvar os erros dos outros países? Não.

Por aquilo que se conhece da Frelimo, é possível que esta queira que carga passe pelos portos moçambicanos, a fim de salvar um regime amigo, mesmo sabendo que as armas sejam para matar cidadãos inocentes no Zimbabwe.

Por aquilo que se conhece da Frelimo, é bem possível que neste momento esteja a preparar as condições para ancorar o navio chinês secretamente.

Por aquilo que agente conhece da Frelimo, é ainda possível de esteja a depurar fileiras entre os estivadores nos portos de Maputo, Beira, Nacala, Pemba e Quelimane para saber quem é quem para garantir sigilo e não passagem de informação a imprensa, sobre a passagem da mecadoria assassina.

Por aquilo que se conhece da Frelimo, é mesmo possível os sindicatos ferro-portuários tenham sido dissuadidos a ‘não mexerem palha’ em defesa do trabalhador. Defender o trabalhador não e' só quando se trata de salários. O pacato estivador vai, às escuras, mexer numa carga que de antemão os sindicatos nacionais sabem que vai matar milhões de zimbabwenos além fronteira. Porque não lhe oferecer essa chance aos trabalhaores dos portos para saberem dos prós e cons sobre uma decisão eventual do regime de Maputo em aceitar que esta carga passe por aqui? Já deviam estar a tomar decisões, senhores sindicalistas! Foto: AFP/Guardian

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