Segundo o Jornal Canal de Mocambique "no sábado surgiram notícias de que o «An Yue Jiang», após ter deixado o porto sul-africano da capital da província de que é originário Jacob Zuma, actual presidente do ANC, teria seguido em direcção ao porto de Maputo. A rota viria a ser alterada depois das autoridades portuárias moçambicanas terem alegadamente informado o capitão do navio de que não seria autorizado a efectuar o descarregamento da carga destinada às forças armadas do regime da ZANU-PF.
Em Maputo admite-se que o governo receava que qualquer gesto seu em solidariedade para com o governo de Robert Mugabe pudesse vir a suscitar sanções de certos países que fazem parte do grupo de países que sustentam cerca de 60% da economia de Moçambique. Também se admite em Maputo que o governo receava que os trabalhadores do porto da capital moçambicana, em solidariedade com o povo do Zimbabwe, vítima de abuso de poder por parte de um regime conhecido pelo recurso à fraude eleitoral em Harare, pudessem opor-se a que a mercadoria fosse desembarcada.
Um outro receio que se admite tenha condicionado o governo de Moçambique a não admitir que o navio chinês entrasse num ancoradouro moçambicano, prende-se com a probabilidade das autoridades Judiciais em Maputo poderem vir a ser solicitadas por organizações internacionais para procederem ao arresto do cargueiro.
Nicole Fritz, directora do Centro de Litigação da África Austral, na noite em que o navio zarpou do local onde se encontrava ancorado quando o oficial de diligências do tribunal de Durban dele se aproximava numa embarcação policial, garantiu que, se o navio tentasse descarregar os contentores destinados ao Zimbabwe num porto de Moçambique, a sua organização interporia uma acção preventiva semelhante junto dos tribunais moçambicanos." Leia mais aqui. Foto Guardian
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