Enfim, cabe-me compulsar no seguinte. Penso que o balanço da Frelimo, através do seu núcleo duro, não trouxe nada de novo, e se trouxe foi comunicada destoadamente pelo Jovem Edson Macuacua. O momento e oportunidade para se fazer um balanço desta natureza foi practicamente infeliz. Não se sabe se é um balanço forçado; ou seja, ditado pela actual fragilidade de actividade governativa; ou então a Frelimo procura fazer uma fuga para frente por debaixo dum banho de criticas vindos de quase todos os sectores da sociedade.
A Frelimo caiu num susto tremendo quando foi surpreendida por ‘vozes adormecidas’, na ‘super-terça’ (5/2), que se levantaram e bradaram ao céus, clamando pela dignidade social ao menos. Isso sim. Procura reposicionar-se com a tal vanguarda que ja' deixou de ser. Ilucidam isso as respostas do executivo diante essa indiganção popular foi muito aquem do habitual que se adjectivam no cinismo, condenação do outrém invisível e, francamente, uma incapacidade visionária de atacar os problemas do povo pela raíz.
A leitura que se pode fazer é única: Politiburo tentou encontrar uma chave 'magica' para abrir as portas e virar o vento dos acontecimentos à seu favor, atacando descabidamente os municipios sob governaçåo da Renamo, punindo economicamente regiões inteiras, sobretudo as do centro e norte, por não alinharem com a sua política e poluindo os sectores com GV's, SISE, PIC e a PIR para enfrentar masculadamente os detractores do poder. Aliás, neste balanço residem claros sinais para necessidade de uma mudança de postura deste governo, perante perigos ‘cismológicos’ sociais, quer internos, quer da região.
Sim, o ambiente político nos país vizinhos fazem dealbar neste lado da fronteira fortes sinais de inquietação por parte da Frelimo, que se não for madura, poderá passar a papel químico o que se passou com as eleições zimbabweanas em que a ZANU (PF) sai com maioria diminuída e o seu presidente, sem sabermos se ele perdeu ou ganhou. Esta maneira como se desenrolam eleições é uma marca de regimes totalitários da esquerda que estão no poder. A Frelimo corrupta que é, usará da sua máquina partidária e meios do estado para tentar subverter um cenário claro que se abre aos moçambicanos, da escolha, por exemplo, do líder da Renamo, Afonso Dlhakama, à presidente de todos nós e reverter a minoria em maioria no Parlamento. Foto Pan African News Wire
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