No Ministério de Agriculura
Por Emídio Beúla
As sistemáticas exonerações e movimentação de quadros no Ministério da Agricultura (MINAG) dificulta a criação de canais de comunicação que deviam existir entre os chamados parceiros de cooperação e o respectivo ministério.A preocupação foi manifestada pelos doadores que apoiam o Programa Nacional de Desenvolvimento Agrário (PROAGRI) na pessoa do seu representante, René Desjardins, especialista em agricultura e funcionário da Unidade de Apoio ao Programa, na Agência Canadiana para o Desenvolvimento Internacional. Reunidos com o MINAG em reunião técnica que terminou esta quarta-feira, os doadores apontam que durante a auditoria de 2005 e 2006, as pessoas treinadas para lidar com assuntos específicos haviam abandonado o ministério, situação que dificultou o trabalho.A situação, segundo Desjardins, é mais crítica nas direcções provinciais onde os técnicos “às vezes decidem sair para outros ministérios porque são oferecidos melhores condições ou a direcção achou que deviam fazer outras tarefas para as quais não foram formados”.Exonerações de ministros O representante dos doadores lamentou também que a constante mudança de ministros naquele sector tem contribuído para o não cumprimento do prazos nas actividades programadas. “Cada vez que um novo ministro é empossado tem de conhecer o ministério, inteirar-se da situação e isso leva o seu tempo e depois há novas prioridades”, disse Dejardins.Acrescentou que às vezes a indicação de um novo ministro rompe o diálogo entre os parceiros e a direcção máxima do ministério, geralmente designado de fórum de consertação, que serve para ouvir as preocupações e acompanhar os processos.Acrescentou que é importante que o MINAG retenha os seus quadros pelo maior período de tempo possível. Leia mais aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário