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VOA News: África

terça-feira, 18 de março de 2008

Remodelação

A talhe de foice
Por Machado da Graça

Na presente remodelação ministerial há coisas que entendo e coisas que não entendo, até porque não tenho informação suficiente para as entender.Porque é que a Dra. Alcinda Abreu passou dos Negócios Estrangeiros para a Coordenação Ambiental é uma destas últimas. Num país em que a política externa parece estar a ser dirigida directamente pelo Chefe de Estado esta alteração, muito provavelmente esta despromoção, lá terá as suas razões que desconheço.A substituição da anterior Ministra da Justiça pela Dra. Benvinda Levi parece ser aquilo que, em termos de futebol, se costumava chamar uma chicotada psicológica. As coisas não estão a andar nada bem, a população não acredita na Justiça e prefere fazer justiça pelas próprias mãos e espera-se que a nova titular do cargo dê mais dinamismo a um ministério de importância vital para o normal funcionamento do país. Já as razões da exoneração de António Munguambe dos Transportes e Comunicações são mais do que óbvias: Os graves problemas com os chapas, a falência da Oliveiras, a grave situação da Panthera Azul, os problemas dos TPM são razões mais do que suficientes para justificar a decisão de Armando Guebuza. O anúncio de uma “revolução na área dos transportes” por António Munguambe, numa recente entrevista, já não foi a tempo de lhe salvar a cadeira ministerial. É provavel que essa revolução vá acontecer, mas já não será ele a dirigi-la.E aqui surge um aspecto para mim algo controverso desta remodelação. Mais exactamente a nomeação de Paulo Zucula para Ministro dos Transportes e Comunicações. E acho a decisão controversa não porque não considere Paulo Zucula mais do que capaz para ocupar o cargo. Pelo contrário tenho sobre ele a melhor opinião. Para mim o problema está em ele deixar a àrea das calamidades naturais tão pouco tempo depois de para lá ter ido. Creio que não é discutivel que a entrada de Paulo Zucula para o órgão que procura minimizar as consequências das calamidades naturais, significou uma muito importante mudança para melhor naqueles serviços. Desde o inicio da sua actividade passámos a assistir a uma planificação com base na previsão do que poderia acontecer; a uma colocação antecipada de meios nos locais de maior probabilidade de desastres; a uma resposta rápida e eficiente do Estado, sem os histéricos apelos de emergência à comunidade internacional. Sem menosprezar o apoio vindo de fora, o INGC de Paulo Zucula marcou bem que é Moçambique quem está no controlo das operações. E isso foi bom, porque foi eficiente e evitou mortes e prejuizos avultados a que nos tínhamos há muito habitudo a assistir todos os anos....." Um último aspecto. Esta remodelação poderia ter sido aproveitada pelo Chefe de Estado para exonerar também o actual Ministro da Defesa, totalmente contestado pela sociedade moçambicana desde o trágico acontecimento da explosão do paiol e explosões menores que se lhe seguiram. Não decidiu assim Armando Guebuza, deixando que permaneçam as dúvidas sobre se isso se deve à (discutivel) competência do ministro ou aos laços familiares que os unem. oisas desta nossa política." [Savana]. Leia mais aqui.

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