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VOA News: África

quinta-feira, 20 de março de 2008

Guebuza deve ter ateado fogo nos quarteis*

Mexidas nas mais altas chefias militares

- Lagos Lidimo e Mateus Ngonhamo exonerados pelo PR

As mais altas chefias das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) foram exoneradas por Armando Guebuza, Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa e Segurança do País. O chefe do Estado Maior General das FADM e o vice, respectivamente General do Exército Lagos Henrique Lidimo e o Tenente-General Mateus Ngonhamo, foram afastados da mais elevada hierarquia das Forças Armadas. Os seus substitutos já são conhecidos. O Brigadeiro Paulino José Macaringue é o novo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Moçambique e o Major-general Olímpio Cardoso Laisse Cambora é novo Vice-chefe do Estado Maior General das FADM.
O agora CEMG das FADM, Brigadeiro Paulino José Macaringue era até à sua nomeação chefe da Política Nacional de Defesa. Já Olímpio Cambora era o Comandante Nacional do Exército. Os primeiros comentários sobre as alterações ordenadas pelo Chefe de Estado ao mais alto nível das Forças Armadas de Defesa de Moçambique provém de antigos combatentes da RENAMO que fazem questão de lembrar que o Acordo Geral de Paz subscrito em Roma em 1992 preconiza que "as FADM devem ser dirigidas por quadros provenientes dos ex-exércitos beligerantes, da Renamo e das extintas FAM-FPLM, na proporção de 50% de cada parte".
O ambiente nos meios castrenses está agora muito perturbado, de acordo com fontes do ZAMBEZE, por se entender que o presidente da República para evitar exonerar o seu cunhado do cargo de Ministro da Defesa em consequência das explosões mortíferas em diversos paióis do País, muito especialmente as que se registaram em Março do ano passado no Paiol de Mahlazine, em Maputo, atingiu apenas os dois mais altos oficiais das Forças Armadas de Defesa de Moçambique. Tais fontes dizem-se na expectativa do Presidente da República ainda vir a corrigir a tendência que deploram. Receiam, no entanto, que o Presidente da República ainda venha a tentar manter o General Tobias Dai no Conselho de Ministro, como ministro da Defesa. Exigem também a sua exoneração, facto que poderá por em risco a unidade das FADM caso não seja acatado pelo PR, dizem. Entretanto, fontes castrenses dizem que a perturbar o ambiente nos meios militares estão agora informações segundo as quais o CEMG cessante, General Lagos Lidimo "mandou desmontar" esta terça-feira, no seu gabinete no Quartel General na Av. 24 de Julho ao Alto Maé, em Maputo, "uma parte do sistema de comunicações".
De meios castrenses provenientes da ex-guerrilha da Renamo começam também a surgir vozes indignadas com o facto do Chefe de Estado estar, segundo eles, a eliminar das chefias dos ramos das FADM oficiais superiores que durante a Guerra Civil estiveram sob comando do general Afonso Dhlakama. Referem objectivamente o caso do Comandante da Marinha, Almirante Pascola Nhalungo que "foi substituído por um oficial do ex-exército da Frelimo, o general Jotamo Kancuda". Pedem que o Presidente da República continue a respeitar o princípio da distribuição equitativa das forças armadas de acordo com os compromissos de Roma, isto é, 50% para cada parte. Imagem retirada daqui.


* Meu titulo

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