- Por Daniel da Costa
Leia um pouco sobre a prosa refescante do famoso escritor da praça, Daniel da Costa.
Leia um pouco sobre a prosa refescante do famoso escritor da praça, Daniel da Costa.
NOTA DE MIA COUTO
O Comedor de Xingondismos
A crَnica parece ser um género que se afirmou em Moçambique. O modo esse género se enraizou traduz a condiçao de uma à procura do seu retrato. A crَonica é um texto hibrido, uma escrita mulata, cruzando literatura e jornalismo. O "Xingondo" a que este livro faz alusمo é o estranho, o outro. Moçambique é uma naçaمo que resulta de sucessivas mestiçagens culturais e de dinâmicas de troca que fazem que o "xingondo" de hoje se incorpore e se torne algo que, amanhم, passa a integrar a nossa moçambicanidade.
Moçambique vive deglutindo esses xingondismos.Uma naçao em processo de criaçao precisa desses retratos que sمo a croَnica, dessas suْbitas iluminaçُoes que dمao conta de um corpo que se mantém uno e em marcha. Na noite, o viajante adivinha o caminho pela luz breve dos relâmpagos. A crَnica é esse corpo luminoso construيndo a partir de pequenos episَdios do quotidiano.
Daniel da Costa é, sem dْuvida, um dos autores que fez justiça à vertente litera'ria da crَonica. Como ele diz, o segredo é o ângulo em que o cronista se coloca para olhar a realidade. Como se de um fotَgrafo se tratasse. Mas eu acho que é mais do que isso. Quem lê este livro percebe que Daniel da Costa vai muito para além do retrato. Ele coloca em pلgina um Moçambique criado pelo seu olhar lْcido. A paixمo com que o cronista se construindo um paيs como um lugar de afectos e de troca de afectos. Um paيs onde xingondismos somos todos nَs.
Mia Couto
Moçambique vive deglutindo esses xingondismos.Uma naçao em processo de criaçao precisa desses retratos que sمo a croَnica, dessas suْbitas iluminaçُoes que dمao conta de um corpo que se mantém uno e em marcha. Na noite, o viajante adivinha o caminho pela luz breve dos relâmpagos. A crَnica é esse corpo luminoso construيndo a partir de pequenos episَdios do quotidiano.
Daniel da Costa é, sem dْuvida, um dos autores que fez justiça à vertente litera'ria da crَonica. Como ele diz, o segredo é o ângulo em que o cronista se coloca para olhar a realidade. Como se de um fotَgrafo se tratasse. Mas eu acho que é mais do que isso. Quem lê este livro percebe que Daniel da Costa vai muito para além do retrato. Ele coloca em pلgina um Moçambique criado pelo seu olhar lْcido. A paixمo com que o cronista se construindo um paيs como um lugar de afectos e de troca de afectos. Um paيs onde xingondismos somos todos nَs.
Mia Couto
Texto e imagem retirados aqui.
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