…quem opina é Noé Nhantumbo
A dado passo da sua opinião cujo texto integral pode ler aqui, diz que “ninguém questiona a importância da figura do primeiro presidente de Moçambique independente. O que está em causa é a tentativa de tapar o Sol com uma peneira ao se insistir de que todos os outros moçambicanos não foram senão reaccionários e que por isso deviam e foram eliminados”. Nhantumbo põe o guiso ao gato quando afirma que “a verdade manda dizer que Samora não tem herdeiros políticos e que o que se diz a seu respeito por grande parte dos que hoje lhe elogiam são declarações de bajuladores, que sabem que se tem de referir a ele, para apaziguar um povo faminto, doente e sem esperança. Tudo por culpa de uma governação desastrosa dos assuntos públicos dos que se dizem seus seguidores.”
Olhando para o modus operandus dos homens no poder hoje, aquele conceituado jornalísta lembra ainda que “Samora condenava a falta de austeridade e vezes sem conta se referia ao facto de que a revolução era incompatível com o luxo. Se é verdade que havia uma carga ideológica correspondente aos tempos políticos que se viviam ao nível do continente e de todo o mundo, resultante de uma confrontação que colocava frequentemente em fricção interesses ideológicos de grandes potências, também é preciso referir que com toda a demagogia que seus discursos pudessem encerrar, sua prática ou aquilo que se verificava ao nível do país dava a ideia de uma certa coerência. Essa é a saudade que muitos cidadãos têm daqueles tempos em que Samora governava” –rematou.
Foto Albertino Silva/Rede Web
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