...Dado ao interesse que o assunto das clivagens dentro da Renamo está a suscitar, passo com a devida vénia o texto de Francisco Esteves para o Canal de Moçambique publicado hoje.
“Mais uma vez sem apresentar provas documentais
Delegado da Renamo em Sofala volta a acusar Daviz Simango
Beira (Canal de Moçambique) - O delegado provincial da Renamo em Sofala acusou ontem o Edil da Beira, Daviz Simango, de “ilegalidades graves, tais como admissão de trabalhadores sem concurso público, pagamento de salários sem visto de Tribunal Administrativo, pagamento de trabalhadores fantasmas”, factos que alegou serem “puníveis nos termos dos artigos 30 e 98 da Lei 2/97, de 18 de Fevereiro”.
Fernando Mbararamo [foto inserta] referiu-se a tudo isso como sendo as principais causas que levaram a Renamo em Sofala a afastar o engenheiro Daviz Simango da possibilidade de suceder a si próprio como candidato oficial do partido à presidência do Município da Beira nas eleições previstas para 19 de Novembro próximo.
Daviz Simango acabaria por avançar com massivo apoio das bases e já foi oficialmente confirmado pela CNE como candidato independente.
Segundo o conferencista Fernando Mbararano, caso se comprove o cometimento deste crime público por parte da edilidade, o Conselho de Ministros pode dissolver os órgãos autárquicos, o que segundo o delegado provincial da Renamo poderia conduzir ao risco da Renamo concorrer sem qualquer candidato, daí que, segundo Fernando Mbaramo, tenham preferido escolher Manuel Pereira.
Sobre os factos da ilegalidade, o delegado da perdiz em Sofala diz que o seu partido “já tinha chamado à atenção de Daviz Simango, mas ele fez ouvidos de mercador”.
Esta não foi a primeira vez que a Renamo falou do assunto a jornalistas, mas mais uma vez esta quarta-feira, agora em conferência de imprensa, Fernando Mbararano não apresentou provas das acusações que fez contra Daviz Simango.
O nepotismo, descriminação e dualidade de critério no atendimento publico, governo não participativo e fechado, interferência e usurpação de poderes político-partidários, são outras acusações proferidas por Fernando Mbararamo contra o popular Edil que continua a ter atrás de si uma onda de beirenses mais interessados nos resultados práticos da governação de Daviz Simango do que em acusações não documentadas e fora de tempo próprio para quem tinha de facto tais preocupações.
Ainda segundo Mbaramo, Simango chegou a criar “falta de coesão no partido ao alimentar pessoas não autorizadas a exercerem poderes e autoridade”.
Daviz Simango foi também ontem acusado pelo delegado político da Renamo em Sofala de ter feito falsas promessas eleitorais que “ultrapassam o previsto manifesto eleitoral do partido, como por exemplo tratar BI para a população indocumentada da Beira, isenção de taxas às igrejas para aquisição do DUAT (Direito ao Uso e Aproveitamento de Terra)”, atitudes essas que segundo Mbararamo “separam de forma muito larga os apoiantes, tendo em conta as subsequentes eleições”.
As bases da Renamo continuam, entretanto, a apoiar a candidatura de Daviz Simango à sua sucessão, desvalorizando abertamente o discurso oficial do partido.
Enquanto isso dizer que Manuel Pereira, o candidato oficial a Edil da Beira pela Renamo ainda não se apresentou ao eleitorado e nem tem estado na Beira. É deputado pela Renamo à Assembleia da República. Esteve ontem na sessão de perguntas ao Governo. (Francisco Esteves)”
*Meu título/e destaques a cor
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ResponderEliminarProvas é o que perguntas? O que está em questão não é evidência ao que acusam, mas provarem quão aliados da Frelimo, eles são. Isso de provas é lá com gente inteligente.
ResponderEliminarSe se reclamava por falta de uma oposicão séria à Frelimo, agora já a temos, é a Renamo-renovada, esta que apoia incondicionalmente o Eng. Daviz Simango.