…quem é Paúde para pretender que não existem senão seria negar a própria história da Frente de Libertação que foi assumidamente a união de vários movimentos. Mas é melhor passar a peça de Aunício da Silva para melhor nos situarmos no assunto. Eis com a devida vénia“Grupos” ou “alas” na Frelimo
“É uma fase ultrapassada”
- considera Filipe Paunde, secretário-geral do partido
Nampula (Canal de Moçambique) – O Secretário-geral da Frelimo, Filipe Paunde, disse na manhã de ontem, no aeroporto internacional de Nampula, que a existência de grupos ou alas no seio da Frelimo é já uma fase ultrapassada.
Recentemente o histórico antigo membro do Bureau Político do Comité Central da Frelimo no tempo da liderança de Samora Machel, Jorge Rebelo, reconheceu que há “grupos” na Frelimo. Graça Machel, viúva de Machel e que casou em segundas núpcias com Nelson Mandela, discordou. A imprensa, no entanto, tem vindo a reportar vários factos que sugerem a existência de “alas” na Frelimo.
Respondendo a uma pergunta directa da reportagem do «Canal de Moçambique» em Nampula, Filipe Paunde avançou que o que se terá registado no seio da Frelimo, aquando das realizações internas para o apuramento de candidatos a presidentes dos municípios e membros das assembleias municipais, terá sido um “caso normal e que acontece em todo o mundo”.
A fonte adiantou que para mostrar a não existência dos tais grupos no seio do seu partido, existe um manifesto único que será utilizado durante a campanha eleitoral para as autárquicas a 19 de Novembro próximo, e será ainda a síntese de todas as propostas, incluindo as apresentadas pelos candidatos derrotados na fase interna, para os municípios onde o número de candidato excedia mais do que um único concorrente.
Instado a pronunciar-se sobre os casos em que os candidatos eram eleitos por meio de questões tribais e/ou regionais, com destaque para o município de Alto-Molocué na Zambézia, onde o candidato proclamado vencedor se dizia na altura que não dispunha dos requisitos exigidos, o secretário-geral da Frelimo, Filipe Paunde, respondeu dizendo que tal não constitui verdade alegadamente porque, segundo sustentou, “se a pessoa foi eleita e/ou aprovada por trinta ou mais pessoas é porque reunia os requisitos necessários”.
Num outro desenvolvimento, Filipe Paunde, que foi governador de Nampula até à sua indicação para o cargo que actualmente ocupa no partido dos “camaradas”, avalia de forma positiva o crescimento sócio-económico daquela província nortenha.
Paunde anunciou que permanecerá na província de Nampula por um período de sete dias, visitando consecutivamente os seis municípios que a região dispõe, nomeadamente Nacala-a-Porto, Ilha de Moçambique, Monapo, Nampula, Angoche e o novo, recentemente criado, de Ribaué lá mais para o interior.
Refira-se igualmente que o secretário-geral da Frelimo foi recebido por uma fraca moldura humana. Os que se fizeram presentes no aeroporto Internacional de Nampula para o receber na sua maioria foram funcionários do aparelho do estado e alguns estudantes recrutados nas escolas da urbe, bem como ainda alguns grupos culturais em representação dos milhares de munícipes que a capital do norte dispõe.
Na ocasião conversámos com alguns dos funcionários presentes naquele aeroporto. Revelaram-nos que a presença deles no local foi forçada pelos seus superiores hierárquicos e que caso contrário corriam o risco de passarem por “castigos severos”.
*Meu titulo
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