O Presidente do Conselho de Administração e o administrador para a área financeira da Empresa Aeroportos de Moçambique (ADM) foram ontem detidos em Maputo pelas autoridades policiais, em conexão com as denúncias publicadas na Imprensa sobre alegados desmandos financeiros na empresa. Na sequência da denúncia, o Gabinete Central de Combate à Corrupção e a Inspecção de Finanças estão a realizar uma auditoria na empresa. Maputo, Quarta-Feira, 22 de Outubro de 2008:: Notícias
Fonte próxima da Procuradoria-Geral da República confirmou ao “Notícias” as detenções, ao mesmo tempo que a nossa Delegação na Beira apurava que nesta cidade foi detido o vereador da área de Mercados e Feiras do Conselho Municipal, O. Simango, indiciado de desvio de fundos. Em Pemba foi detido um oficial da PRM, indiciado de corrupção.
Essencialmente, a auditoria na empresa Aeroportos de Moçambique abrangeu a Repartição de Finanças e outros sectores tidos como importantes para o esclarecimento dos alegados desmandos financeiros.
Os alegados desmandos, tal como foi denunciado na circunstância, eram caracterizados por gastos indevidos efectuados por elementos do Conselho de Administração da empresa, à frente do qual está Diodino Cambaza, nomeadamente aquisição de casas de luxo, reabilitação de parte das suas residências pessoais, compra de viaturas, algumas das quais desaparecidas.
Para além daqueles factos, a auditoria tinha também em vista apurar até que ponto é verdade que parte do dinheiro retirado dos cofres da ADM foi drenado para a aquisição de vivendas de luxo na África do Sul, alegadamente para servir aos filhos dos dirigentes que se encontram a estudar naquele país vizinho, a compra de bens para apetrechamento de empreendimentos pertencentes a membros do Conselho de Administração, entre outras situações relacionadas com a má gestão de fundos.
Do rol de acusações contam-se ainda alegados favorecimentos a elementos ligados a outras entidades sob tutela do Ministério dos Transportes e Comunicações, como é o caso dos Transportes Públicos de Maputo (TPM), onde algum dinheiro teria sido alocado indevidamente a determinadas pessoas para uso pessoal. Continua aqui a peça.
Sem comentários:
Enviar um comentário