Manzini (Canal de Moçambique) - O chefe do regime da ZANU-PF, Robert Mugabe, abandonou abruptamente a Swazilândia, evitando assim comparecer perante jornalistas durante a conferência de imprensa agendada para o fim da cimeira da SADC que entre outros pontos devia discutir a crise no Zimbabwe. A discussão da situação prevalecente neste país acabou por ser adiada para uma próxima cimeira em virtude do primeiro-ministro zimbabweano, Morgan Tsvangirai, não ter podido estar presente por falta de passaporte.
O novo incidente político deliberadamente criado pelo regime da ZANU-PF causou um mau estar não só da parte do país anfitrião, como também entre os delegados de Moçambique, República Democrática do Congo, Angola, Botswana e África do Sul. Embora o secretário-executivo da SADC tenha tentado subvalorizar a dimensão do incidente, o facto é que Mugabe voltou a surgir como um embaraço para os Estados membros daquela organização e para todo o continente africano mercê do seu condenável comportamento.
Em face da impossibilidade de Morgan Tsvangirai comparecer à cimeira da SADC, o Movimento para a Mudança Democrática emitiu um comunicado no qual dá conta de que o Ministério do Interior do Zimbabwe, ao não emitir um passaporte em nome do primeiro-ministro, é uma flagrante demonstração da falta de confiança e de boa vontade por parte da ZANU-PF e relação ao MDC e ao acordo político que os dois partidos deviam implementar. O comunicado refere que “insistência da ZANU-PF em emitir documentos de viagem provisórios em nome do primeiro-ministro Tsvangirai, limitando os países a visitar, põe em perigo o acordo político firmado sob mediação de Thabo Mbeki. O documento acrescenta que a atitude da ZANU-PF é demonstrativa da sua falta de sinceridade relativamente ao acordo assinado a 15 de Setembro último. (Redacção / The Zimbabwean)
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