"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

terça-feira, 31 de julho de 2007

Explosão de camião militar faz cinco feridos graves

Incidentes com material absoleto já fizeram mais de cem mortos este ano em Maputo
Em Moçambique, pelo menos cinco feridos graves e pesados danos materiais é o resultado de mais uma explosão provocada por armamento militar obsoleto proveniente do paiol de Mahlazine, no centro do incidente que em Março matou mais de cem pessoas.


O incidente, que desta vez ocorreu na Base Aérea de Maputo, está a provocar um misto de indignação e protestos e o agravamento de receios no seio da população. A história repete-se: Maputo voltou hoje a ser abalada por uma explosão. Eram cerca das sete e trinta da manhã desta terça-feira. Muitas pessoas acordaram com o violento estrondo.


É o terceiro incidente do género desde as trágicas e devastadoras explosões de há quatro meses no principal paiól militar do país, Mahlazine, nos arredores da capital moçambicana.
Nos anteriores, um total de seis pessoas, incluindo militares e crianças perderam a vida.

Incidente inaiceitável

A BBC ouviu o portavoz do Ministério da Defesa, Joaquim Matarruca que confirmou ter-se tratado de uma explosão causada por um óbus que juntamente com outro tipo de armamento era transportado num camião para a Moamba, nos arredores da capital, onde aquele tipo de material está a ser destruído pelas autoridades.


“Quatro militares ficaram feridos e o carro ficou completamente destruído”, revelou.
Residentes de Maputo contactados pela BBC classificaram o incidente desta terça-feira de inaceitável.


Receiam que mais tragédias os esperem pela frente e dizem que estão traumatizados, como ficou aliás provado quando um incêndio de grandes proporções ocorrida Sexta-feira última fez com que muitos cidadãos entrassem em pânico.
Condições de manuseamento
O que aprendemos é que este tipo de engenhos requer cuidado especial, mas por
vezes esses cuidados ultrapassam aquilo que são as nossas medidas de segurança.


Joaquim Matarruca, do Ministério da Defesa
Uma questão que volta a ser colocada às condições em que se está a proceder ao manuseamento, para posterior destruição, de armamento militar obsoleto – o mesmo cujo armazenamento em circunstâncias deficitárias é tido por investigações como tendo estado na origem das explosões de Março passado.


A BBC perguntou ao portavoz do Ministério da Defesa Joaquim Matarruca se as lições não estão a ser aprendidas.


“O que aprendemos é que este tipo de engenhos requer cuidado especial, mas por vezes esses cuidados ultrapassam aquilo que são as nossas medidas de segurança. São situações que ocorrem fora da nossa previsão mas estamos a tomar medidas para que situações dessas não voltem a acontecer”.


Fonte: BBC-Lingua Portuguesa

Da «Dama do Bling» à Crise do País

Há dias, nas «Barracas do Museu», um velho amigo meu disse umas palavras que aqui e agora partilho com os leitores destas linhas: “ Se ser doutor, é falar da Dama do Bling ainda bem que eu não estudei”. O “velho” fez questão de dizer que tem a 4ª Classe “do tempo colonial”. O “velho” é só apenas um pretexto para discutir o País que somos. Ou o país em que estamos. Muitos moçambicanos, perante a actual realidade, se tivessem oportunidades, não estariam cá. Estariam no exílio. Da cantora Dama do Bling, o autor destas linhas, não deve ter ouvido, ou escutado, mais de três músicas. Mas tal como muitos, já leu, em jornais, de alguma referência, discussões sobre o seu comportamento no palco.


Mas tal como muitos, o autor destas linhas acha que os intelectuais deste país têm muito mais a oferecer e a discutir, no espaço público, do que as opções da jovem Ivânia. Era bom que, os intelectuais de Moçambique, pudessem trazer soluções para a fome que continua a afligir determinados distritos, pesem os 7 milhões de Meticais e mais… de que tanto agora se fala. Era muito bom que os intelectuais deste país soubessem discutir, e trazer soluções, para a falta de bombeiros no país. Só os estúpidos ainda não se aperceberam que Moçambique está a arder. E, por isso o «Foguinho» está na moda… Era demasiado bom que os intelectuais, e os inúmeros doutores, que este país tem, fossem capazes de dizer ao País porquê a prioridade é “combater a «pobreza absoluta»” quando o problema, parece ser, de facto, combater a riqueza absoluta.


Como seria muito bom que os intelectuais, e inúmeros doutores, pudessem explicar aos demais as razões de os assaltantes de bancos, fora raríssimas excepções, nunca serem presos. A ser assim, nas próximas eleições voto num partido denominado «Dama do Bling». A moça até tem umas pernas interessantes.
PS: Este texto é dedicado ao meu sobrinho Kizua, a quem aconselho, tal como ao Zico, a gritar “vamos embora”. Embora para o exílio. (Celso Manguana)
Fonte: Canal de Moçambique

É membro da PRM e sobrinho de Armando Guebuza - História de um policial que recebe sem trabalhar

“Ele está gravemente doente” - Silva Mashangahe, Adjunto Superintendente da PRM e Comandante Adjunto das «FPAI - Forças de Protecção de Altas Individualidades»

Um grupo de policiais da Polícia da República de Moçambique (PRM), afectos a «Força de Protecção de Altas Individualidades – FPAI», acusa um colega seu de ser protegido pelas altas hierarquias, pelo facto de o tal ser sobrinho directo do presidente da República, Armando Guebuza. Trata-se de Cipriano Machel, filho de Teresa Guebuza, irmã mais velha do actual inquilino da Ponta Vermelha. Segundo as fontes do «Canal de Moçambique», que solicitaram o anonimato por razões óbvias, Machel, na corporação há mais de dez anos, “está a receber sem trabalhar e ninguém tem coragem de o processar pelo facto de ele ser sobrinho de quem é”. Adiantam ainda que no presente ano “ainda não pôs os pés no comando, senão na altura do recenseamento dos funcionários do Aparelho de Estado”.
Segundo as fontes, terão sido as altas patentes da «FPAI», que solicitaram que Machel fosse recensear-se sob pena de não constar na lista dos quadros do Estado. Os colegas de Machel apontam o facto de Machel, de algum tempo a parte em que estava no activo, ser “bem protegido”, pois aparentemente não é a primeira vez que protagoniza tais acções de “gazeiteiro assalariado” as expensas do erário público nacional e dos parceiros do governo de Moçambique.
Os colegas de Machel que falaram ao «Canal», alegam que Machel “não precisava de fazer isso, pois até tinha sido afecto num posto perto de casa e não tinha despesas com o transporte como muitos de nós temos”. E acrescentam: “Quem é do comando da FPAI, não passa a fome que os nossos outros colegas passam, pois temos direitos a refeições nos nossos postos, visto que protegemos altas individualidades”.

“Ele está gravemente doente”


O «Canal de Moçambique» foi ouvir a posição dos superiores de hierárquicos de Cipriano Machel. Disseram que “ele está gravemente doente”. Quem o afirma é Silva Mashangahe, adjunto de superintendente e comandante adjunto da «FPAI». Mashangahe não disse que tipo de doença tem o sobrinho do chefe de Estado, mas avançou que ele “está muito magro e não pode andar nas ruas”. Mashangane diz que o “precário” estado de saúde daquele polícia, a qual os seus colegas dizem não passar de um “bluff”, não lhe permite “participar em acções de patrulha, porque está doente”.
Enfim, parece que estamos perante um caso de abuso de poder, com boa protecção e isto numa altura em que o crime recrudesceu na capital e os cidadãos, inclusive as “altas individualidades” já estão claramente atarantados. Crêem certos colegas de Cipriano Machel na «Força de Protecção de Altas Individualidades que “o tio dele, não deve saber nada disto”. “Os comandantes são os seus protectores”, dizem. Mas por trás dessa crença tão condescendente que até pode comover, oculta-se a desconfiança igual à suscitada por tantos outros exemplos que minam a prontidão de forças que com isso relaxam e deixam o país à beira de um ataque de nervos com a criminalidade a atingir proporções nunca dantes conhecidas.
Fonte: Canal de Moçambique

Renamo está a perder hegemonia em Memba – considera o primeiro-secretário da Frelimo naquele distrito

O PRIMEIRO-SECRETÁRIO da Frelimo no distrito de Memba, em Nampula, Paulo Lima, diz que a Renamo já perdeu a hegemonia política que detinha na região, a favor do “batuque e maçaroca”. Segundo a fonte, o segredo desta conquista para a Frelimo reside na implementação do programa do Governo no domínio económico e social, e nas perspectivas que se vislumbram no que diz respeito à melhoria das condições de vida da população.


“Não restam dúvidas que a Renamo vinha mantendo relativa vantagem política comparativamente à Frelimo em Memba. Isto após a cessação das hostilidades”, referiu Paulo Lima.
A fonte afirmou que tendo consciência dos vários desafios à sua frente, o partido no poder traçou uma estratégia visando inverter o cenário político a seu favor. E o segredo residiu, segundo a fonte, na divulgação das acções do Governo em todos os quadrantes do distrito de Memba. A população viu, ouviu e acreditou nos esforços governamentais tendentes à melhoria das suas condições de vida.


O trabalho iniciou em 2005 e com uma tónica forte a partir do ano passado. Os resultados não se fizeram esperar. Aliado a isso está o cumprimento das promessas do Governo de melhorar os níveis de vida das populações, através do reforço do abastecimento de água, da expansão dos serviços de Saúde, de Educação, da reabilitação das estradas e pontes, entre outras realizações.
As constantes visitas a Memba do governador provincial, do Presidente da República, do secretário-geral da Frelimo e de outros quadros do Estado e do partido no poder, “acenderam a chama na consciência das populações de que a Frelimo é, de facto, o único garante do seu futuro”.


“Quando o presidente da Frelimo e Presidente da República chegou a Memba para uma visita de algumas horas, perguntou-me quanto tempo eu teria levado para mobilizar as populações para o receber. Eu respondi que a mobilização da população é feita diariamente para se envolver na implementação do programa do Governo liderado pela Frelimo. E quando a população soube que vinha o dirigente da Frelimo acorreu para o receber. É gente que vem de todos os lados do distrito. Até de lugares mais recônditos”, afirmou Paulo Lima.


Paulo Lima indicou que a população sempre viu em Memba o movimento do Governo relativo a construção de escolas, postos de saúde, abertura de fontes de abastecimento de água, reabilitação de estradas e pontes, mas sempre faltou a ampla divulgação para explicar a população que tudo o que se vê é graças ao Governo liderado pela Frelimo.


“Ora, a partir da altura em que a população tomou conhecimento de tal facto, a situação política alterou-se a favor da Frelimo. Veja também que a Frelimo continua preocupada com a consolidação do ensino gratuito no nível básico, o que elevará os níveis de ingresso de crianças, sobretudo desfavorecidas no ensino”, referiu a fonte.


Aquele político afirmou que o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, e seus pares, só fizeram promessas em Memba, de melhores condições de vida das populações, mas não cumpriram. Recordou o adágio popular segundo o qual “a população rural não ouve com os ouvidos, mas sim com os olhos”. Isto para dizer que Afonso Dhlakama prometeu e a populações não ouviu, porque com os seus olhos não viram nada.


O entrevistado destacou igualmente a organização coerente que reina no seio das organizações sociais do partido, nomeadamente o secretariado local da juventude moçambicana, da mulher e da Continuadores no sucesso da implementação das actividades planificadas pela Frelimo em Memba.


Disse que a OJM, por exemplo, tem contribuido na divulgação das realizações do Governo. Anotou que a OMM promove projectos de geração de rendimentos, com destaque para a produção agrícola e com os resultados ela assiste às famílias desfavorecidas, incluindo crianças órfãs e malnutridas, cujos pais ou parentes pereceram em resultado do HIV/SIDA.
Para Paulo Lima, isto é significativo porque as famílias acreditam que com as acções desenvolvidas pelas organizações sociais da Frelimo ainda há esperança de vida ou de melhorar os actuais padrões de vida.


“Temos garantias de que a Renamo jamais ressuscitará da crise política profunda em que se encontra mergulhada em Memba e que a Frelimo vai vencer de forma categórica neste círculo, nos próximos pleitos”, assegurou Paulo Lima, acrescentando que outro desafio do seu partido é de aumentar cada vez mais o número de membros nas fileiras da Frelimo.


O Secretariado do Comité Distrital em Memba considera que estão cumprir a decisão de que o membro do partido deve levar mais um candidato para ingressar nas fileiras do partido.
Como consequência, o número de membros da Frelimo em Memba subiu para 14784 em Dezembro para cerca de 18 mil membros em Junho último.


Este crescimento foi igualmente acompanhado do número de comités de círculo em que finais do ano passado era de 34 contra as actuais 47 unidades.Questionámos o nosso entrevistado o que a Renamo tem feito no domínio político, ao que respondeu: “Ela anda a espancar os nossos membros, sobretudo na vila de Memba e nos posto administrativo de Lúrio para onde se refugia a população. Mas nós já avisámos que não vamos tolerar essas atitude”.

Fonte: Noticias

Rice inicia périplo pelo Médio Oriente

A secretária de estado norte-americana, Condoleezza Rice, encontra-se na estância egípcia de Sharm el Sheik onde se reuniu com os ministros dos negócios estrangeiros do Egipto, Jordânia e seis estados do Golfo para discutirem temas relacionados com o Iraque.


O encontro teve lugar após o anúncio feito pelos Estados Unidos que confirmaram planos para o fornecimento de armas a Israel assim como aos seus aliados árabes no Médio Oriente.
Reacção do Irão

Segundo um dos porta-vozes do Departamento de Estado, Tom Casey, o auxílio militar iria ajudar a contra-balançar a influência da Síria e do Irão na região.


Reagindo a este anúncio, o porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros iraniano, afirma que estes acordos de armamento representam mais uma tentativa dos Estados Unidos para espalharem uma política de medo no Médio Oriente.


O que significa é que estamos a enviar um sinal muito claro ao Irão
e à Síria, e para todos aqueles que procuram desestabilizar a região, que os
Estados Unidos estão empenhados na segurança dos nossos amigos e
aliados.


Tom Casey, Departamento de
Estado


Neste encontro Condoleeza Rice procurou aprofundar relações com os países
moderados no Médio Oriente, em particular o Egipto e a Arábia Saudita.

Isolar o Irão

Para além deste anúncio servir para isolar o Irão, os
Estados Unidos procuram igualmente atacar o que consideram serem ameaças na
região, tais como, a Síria, o Hezbollah e a rede al-Qaeda.


Os representantes

dos países que se reuniram com Condoleeza Rice pretendem ver diminuída a
influência do Irão na região, em particular no Iraque, mas também pretendem que
os Estados pressionem Israel no sentido do estabelecimento de um estado
palestiniano

Fonte: BBC-Lingua Portuguesa

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População e Habitação: Censo arranca amanhã

Arranca amanhã em todo o país o Recenseamento Geral da População e Habitação, um processo que prevê que durante 15 dias sejam visitados entre quatro e cinco milhões de agregados familiares para o registo de todos os seus componentes e também do tecto que os alberga.

Dentro deste quadro, um total de 45551 recenseadores e 16542 controladores encontram-se já no terreno atendendo ao início da operação. Com efeito, segundo informações a que a nossa Reportagem teve acesso, ontem e hoje os brigadistas estão a tomar posições nas áreas de enumeração, processo que inclui o alerta às famílias que serão abrangidas no primeiro dia da operação.Este procedimento constitui o culminar dos preparativos para o início do processo de recolha de dados, uma operação estatística que tem em vista conhecer a população moçambicana e o tipo de habitação. Este é o Terceiro Recenseamento da População e Habitação no pós-independência sendo que os anteriores foram realizados, respectivamente, em 1980 e 1997.
Informações que nos chegam das províncias dão conta de que a operação de desdobramento das equipas é um facto, e o presidente do Gabinete Central do Recenseamento, João Dias Loureiro, já veio dizer que `não há razões para falhar´.Para além das viaturas disponibilizadas pelo Gabinete Central de Recenseamento, num total de 105, os Governos provinciais assumiram um compromisso com o processo, alocando outros meios para complementar o esforço de palmilhar todo o território nacional que os brigadistas deverão levar a cabo nos próximos 15 dias.A fraca divulgação do processo em todo o país continua a ser um dos percalços. Cidadãos há que continuavam, até ontem, sem entender o significado do processo, e muitos outros que o confundem com o recenseamento eleitoral.Perante estes factos, o Gabinete Central de Recenseamento está já a intensificar as campanhas de mobilização da população, esforço para o qual também se conta com as autoridades a nível local. Aliás, para além dos brigadistas, este processo conta com o envolvimento de pouco mais de 45 mil guias que, para além de prestarem apoio no que diz respeito às rotas, permitirão uma maior aproximação dos recenseadores e a população a recensear.Hoje, o Gabinete Central de Recenseamento vai lançar oficialmente o início da operação de recolha de dados e deverá divulgar as características da indumentária que os brigadistas vão envergar para que o processo não seja aproveitado para outros fins, particularmente num momento em que o país se ressente da ocorrência de crimes violentos.
O presidente do Gabinete Central do Recenseamento indicou que para além de camisetes e bonés com as inscrições `recenseador´ ou `controlador´, cada agente vai munido de um cartão de identificação. Por outro lado, a operação de registo da população vai decorrer no período das sete às 17.30 horas e será antecedida de prévio aviso.
Fonte: Noticias

Assaltantes aterrorizam `Museu´

Pelo menos três residências, situadas em dois prédios um a frente do outro, foram assaltadas por homens armados, na tarde do último domingo, na Rua da Argélia, na zona do Museu, na cidade de Maputo.


Ontem, supostamente, os mesmos assaltantes foram vistos a sondarem outras habitações no mesmo local. Alertada, a Polícia mobilizou-se, mas ninguém foi detido. Das casas assaltadas, duas encontram-se no prédio número 28, estando uma no primeiro andar e outra no segundo.


A terceira ocupa parte do primeiro andar do edifício com a entrada número 39.As habitações do prédio número 28 foram, provavelmente, atacadas pela mesma `gang´, composta por quatro indivíduos, todos armados com metralhadoras. A casa do outro edifício foi `visitada´ por um grupo de cinco assaltantes, segundo alguns residentes da zona.


Em todos os casos, os bandidos privilegiaram bens de pequenas dimensões, mas de grande valor monetário, tais como jóias e telefones celulares, de acordo com as nossas fontes. Acrescentaram que as vítimas foram amaradas e as mulheres, em particular foram alvo de tentativas de violação sexual. As duas quadrilhas actuaram de forma semelhante, tanto nos bens seleccionados para o roubo, como no tratamento às vítimas, facto que faz os residentes crerem que se trata do mesmo grupo com número diferente de membros.


Depois dos assaltados, os bandidos abandonaram a zona calmos. Caminharam pela Rua da Argélia com as armas e bens roubados escondidos até desaparecem e ninguém afirma ter-lhes visto a entrar em viatura alguma. As vítimas foram socorridas pelos vizinhos, que só se apercebiam de que uma residência foi assaltada ao descobrir os seus ocupantes amarados.Na manhã de ontem, alguns supostos bandidos foram detectados na mesma rua, antes de atacarem.


Alertada, a Polícia, que aliás tem a sua Segunda Esquadra próximo da zona, mobilizou alguns agentes para efectuar uma ronda. Ninguém foi detido.Entretanto, ainda ontem, o Comando da Polícia, na capital do país, mobilizou a Imprensa para apresentar cinco cidadãos, entre eles um nigeriano, acusados de serem membros de uma quadrilha `altamente perigosa´ responsável por assassinatos e roubos. O porta-voz Abílio Quive disse que com sua neutralização os assaltos poderão reduzir, mas nada disse acerca dos bandidos que actuam na Rua da Argélia.

Fonte: Noticias

segunda-feira, 30 de julho de 2007

General da Inteligencia angolana preso em Luanda: E corre riso de vista nos masmoras do regime que ajudou a defender

O antigo chefe da segurança externa Fernando Garcia Miala, mais três dos seus adjuntos detidos desde sexta-feira última por ordem de um tribunal militar, acusados de desobediência, estarão neste momento a observar uma greve de fome em sinal de protesto contra as condições da sua detenção.


[General Miala, 'a esquerda]

De fonte oficial ainda nada se sabe sobre a situação do General Miala e dos seus adjuntos, passados que são já mais de três dias desde que a notícia da sua prisão foi avançada em primeira-mão pelo jornalista William Tonet do jornal Folha 8.



De facto, até agora nenhum pronunciamento público foi feito por qualquer entidade ligada quer ao Tribunal quer à Procuradoria Militar, o que deixa campo aberto a todas as versões que actualmente circulam sobre as razões que levaram à sua prisão e as condições da detenção.
Uma destas versões é que Miala está incomunicável, não pode receber comida do exterior e foi obrigada a vestir o fardamento da cadeia o que o antigo chefe do SIE (Serviços de Informação Externa) recusou por considerar uma suprema humilhação da sua pessoa.


Risco de vida


Ao nível mais político já se desenham algumas movimentações, tendo esta terça-feira a BBC apurado que alguns partidos da oposição se preparam para reagir à prisão do Genera Miala, considerando que já pode estar em risco a sua própria vida.Manuel Fernandes, o Secretário Executivo da Plataforma dos Partidos da Oposição Civil disse à BBC que o General Miala está a ser perseguido pelo regime pelo que a sociedade deve reagir no sentido de se evitar o pior.


No tocante ao risco de vida que alegadamente o General Miala estará a enfrentar Manuel Fernandes disse que "em Africa tudo é possível". Manuel Fernandes disse que os POC se preparam para convocar a imprensa para reagirem à detenção do antigo chefe do SIE.
Miala foi preso sexta-feira com mais três antigos altos oficiais da secreta angolana que com ele foram passados compulsivamente à reforma depois de terem sido acusados de estarem a conspirar contra o governo e o PR.

Dezoito meses meses depois desta acusação Miala e o seus companheiros terão sido presos por desobediências à lei militar por não terem comparecido ao acto da sua despromoção.


Fonte: BBC - Lingua Portuguesa

Incêndio na Catembe causa elevados prejuízos

Já não há bombas de combustível a abastecer 24/24 horas* “Móbil”ou “Total”? governo responsabiliza a gasolineira fornecedora do combustível pelo incêndio na estação de serviço anexa ao Centro Náutico




No incêndio deflagrado ao princípio da noite da última sexta-feira nas bombas de combustível «Móbil» («Total», mas ainda lá vem escrito MOBIL) no distrito Municipal de Maputo, do outro lado da Baía designado por Catembe, o governo de Moçambique afirmou ter havido violação grave de regras de segurança pelo distribuidor. O governo assegura, entretanto, que nos próximos dias poderá haver responsabilização logo que o trabalho de peritagem policial, a decorrer em coordenação com administração local e com o Ministério da Energia, ficar concluído. Esta informação foi revelada ao “Canal” horas depois das chamas terem sido extintas e que fizeram explodir cerca de sessenta (60) garrafas de gás doméstico, sete (7) motorizadas, um (1) restaurante de luxo com nome Jangada, quantidade não especificada de gasolina, gasóleo e petróleo, um (1) edifício onde se vendia energia eléctrica para o sistema de Credilec (EDM pré-pagamento), computadores, congeladores que serviam para a venda de gelo, e cervejas e refrigerantes e uma série de bens ainda não totalmente inventariados e como tal não avaliados para além de valores monetários em caixa. A fonte do «Canal de Moçambique» é o vice-ministro do Interior, José Mandra.




Fogo posto?



O governo prometeu ainda uma acção criminal se se provar que houve fogo posto como por enquanto se especula. A infraestrutura que ardeu era a estação de serviço mais capacitada na Catembe para prestar todo o tipo de serviços, desde ar e reparação de pneus a fornecimento de combustíveis para viaturas 24 sobre 24 horas, inclusive venda de gás doméstico. Agora os automobilistas não têm onde abastecer após o por do Sol. Idem para moradores que usavam o petróleo como combustível para a iluminação e o gás para na culinária. Vários edifícios foram também atingidos pelas explosões ocorridas por voltas das 18 horas da sexta-feira e que puseram em pânico os residentes e transeuntes por ainda estar fresco nas memórias o morticínio suscitado pelas explosões no Paiol de Mahlazine, no lado Norte da capital do país. Foi o terror para aqueles que atravessaram a baía para mais um dia de laser e quando se iniciava o fim-de-semana. Milhares de crianças corriam apavoradas cruzando-se ou acompanhando adultos, todos em correria desenfreada e em debanda da à procura de apoio, segurança e esclarecimento do que na verdade estava a acontecer. O vice-ministro do Interior, anotou que se vai repor os estragos. “Estamos a estudar a reparação e a ver o que corrigir”. José Mandra assegurou que as explosões ocorreram “numa altura em que não havia muito combustível”, razão pela qual não houve danos humanos.



Camião com 60 mil litros




Quando aconteceu o curto-circuito provocado por uma motobomba na altura em que um camião cisterna MLX 14-83 estava a abastecer os tanques com capacidade para cerca de 60 mil litros de combustível, apenas estavam a trabalhar seis homens. Três ficaram feridos, sendo dois trabalhadores das bombas “Móbil” e o motorista do camião. Aparentemente a “TOTAL” é quem terá de assumir as responsabilidades, aparentemente, porque como é sabido tudo o que era MOBIL em Moçambique foi comprado pela TOTAL há cerca de pouco mais de um ano. A prudência do condutor do camião foi que evitou desgraça maior. Pôs o veículo imediatamente em andamento para evitar que os 60 mil litros pegassem fogo. Se não fosse isso desgraça maior estaria a ser contada. A transformação da Mobil em cinzas acontece numa altura em que o dono das bombas está fora do país, sendo que, ninguém está para prestar informações por os presentes serem simples trabalhadores.




Testemunhas




O empregado da bomba que estava ao serviço no dia da explosão, Domingos Bila, de 54 anos de idade, residente no Bairro Guaxene, na mesma zona da estação de serviço onde se registou a ocorrência, trabalhador há quase três anos, diz não se ter apercebido do problema porque estava a abastecer um carro. “Quando começámos a encher os tanques só vi explosões com jactos de fogo. Depois fugi. Mais tarde voltámos para socorrer um segurança das instalações que sofreu queimaduras no corpo”. Outra fonte, pessoa que vendia energia para quem tem Credilec na Catembe, Milagre Tembe, recorda-se apenas do cogumelo do fogo e das explosões das garrafas de gás e o intenso fumo que passou a entrar no seu gabinete. Garantiu ainda com satisfação que um ferido está livre de perigo. “Estamos bem felizmente mas continua um colega nosso no hospital da Catembe, se bem que já fora do perigo”. “Todo mundo desapareceu naquele momento”, recorda.



Administrador



Presente no local estava o administrador da Catembe, Luís Matsinhe, que falando ao “Canal” sublinhou ter sido mais um acidente de trabalho. “Este foi um acidente de trabalho. Temos é de manter a segurança no local. Na próxima semana estaremos em altura de, com outras instituições, nomeadamente, Ministério do Interior, e de Energia, de fazer a avaliação dos prejuízos. Agora é muito cedo”. Disse entretanto que “provavelmente começaremos já hoje a avaliar, mas na segunda-feira teremos os primeiros encontros, porque o dono também deve estar a caminho; neste momento está no exterior”.


Fonte: Canal de Mozambique

Revolução Verde de Guebuza é um assunto político

O assunto é mais político que social. A tal revolução verde que o governo de Armando Guebuza, diz ser a solução para o combate a pobreza absoluta, ainda está na outra margem.


Numa conversa sobre este tema de revolução verde, tida com uma figura sénior do governo, e que reputamos idoniedade, ficamos a entender claramente que o assunto é mais político que social. Porque segundo a nossa fonte, não se pode falar de uma revolução verde num país em que os agricultores aindausam o cabo curto para lavrarem a terra.
De acordo com a nossa fonte, a chamada revolução verde, é só para lançar areia no seio dos que apoiam este país, ou seja, uma maneira de angariar mais fundos para oaumento das economias pessoais, dele e dos seus colegas.Num outro passo da conversa, o nosso interlocutor apontou o caso da Zambézia, que tem imensas áreas de cultivo, mas estas andam abandonadas, sem justificação nenhuma.
Recordou que muitos governantes que passaram por esta província organizaram excursões para os países asiáticos considerados maiores produtores de arroz, mas que até hoje, não há resultados palpáveis sobre o que foram fazer naqueles países.Segundo ele, este dinheiro que o estado gasta em pagar as despesas de transporte, alimentação e outrasdespesas seriviria para comprar um tractor e aloucar a um dos regadios que tanto precisa.
Outro cenário que ficamos a saber do nosso entrevistado, é pelo facto de muitos que querem investir principalmente na área agrícola nesta província, sempre encontrarem barreiras, quando pretendem uma área. A resposta que vem das autoridades de tutela é aquela de sempre. Esta parcela já está requerida com o fulano de X ou Y. Esta atitude deixa muita coisa atrás, porque é a Zambézia que continua a correr atrás do prejuízo.Recorde-se que recentemente, o governo da Zambézia deslocou-se a Vietname, com o propósito de convidar o empresariado daquele país a investir no país, em particular na província da Zambézia.
Fonte: DIÁRIO DA ZAMBÉZIA

Sofrimento como paradigma de identificação

Os processos de invenção de identidades colectivas buscam do património de sofrimento a sua legitimidade para se afirmarem, disse o escritor Mia Couto, dissertando sobre “A Literatura e a Invenção da Identidade", numa palestra quarta-feira realizada na cidade de Maputo.
Como que a fundamentar a sua constatação, Mia Couto referiu-se a vários exemplos, com destaque para o seu ingresso na FRELIMO.Nos momentos imediatamente após a independência, conta que sentiu a necessidade de se candidatar a membro da FRELIMO. O processo de candidatura, segundo ele, decorria de uma maneira muito curiosa, pois que acontecia numa sessão pública e quem se candidatasse tinha que fazer a defesa pública da sua candidatura e passar por uma espécie de crivo onde era avaliado.
A defesa pública não era nada mais que uma “narração de sofrimento”, “e os que me antecederam realmente contaram histórias terríveis das suas vidas, eram pessoas que tinham sofrido na pele o racismo, a discriminação, a miséria, coisas que eu não tinham afectado a mim”. Prossegue afirmando que entrou em pânico, imaginou uma reprovação justamente porque o sofrimento era um atestado de ingresso e “eu era privilegiado, vinha da outra raça, eu era uma espécie de filho do sistema".
Não precisou de inventar e, quando chegou a sua vez, disse que “eu sofrí com o sofrimento dos outros e que essa dor que era uma dor emprestada não era de facto uma dor menor que a dor real dos outros que sofriam. Passei do teste e fui admitido". Observa que quando invocamos o sofrimento marcamos uma fronteira entre nós que sofremos e os outros que nos fizeram sofrer. “A ideia é: sofremos juntos, então somos irmãos; o passado é uma ferida comum, então partilhamos o mesmo presente". Aos olhos do escritor, esta dicotomia - sofrimento e vitimação - é um processo mental muito simplista, perigoso muitas vezes porque não pergunta, não questiona e não requere análise.
Continua afirmando que o paradigma sofrimento faz, não raras vezes, um apelo para que haja legitimidade para que os “outros" sofram, situação que faz emergir aquilo que chama de sentimento mais primário da humanidade, o desejo de vingança que, por sua vez, cria uma possibilidade de manipulação.“Essa possibilidade de manipulação tem sido, a meu ver, um dos principais instrumentos que as elites africanas usam para dominar os seus povos. A operação consiste em criar uma identidade, por exemplo, nós somos os ruandeses. E os outros nem é preciso nomear, sabemos quem são os outros.
Às vezes, é preciso criar esses outros”, disse.Num outro desenvolvimento, Mia Couto enalteceu o papel desempenhado por poetas e escritores no processo de libertação de África.“Craveirinha é um nome que não pode ser esquecido nem da história nem da literatura deste país, porque o próprio Eduardo Mondlane, que é o fundador da nação moçambicana, revela no seu livro 'Lutar por Moçambique' que foram os textos de José Craveirinha que ensinaram muitos dos nacionalistas a verificarem que há uma voz, há um rosto que se chama Moçambique. O poeta mostrou uma nação antes dela existir”, apontou.
Fonte: SAVANA

Renamo reúne em Agosto Conselho Nacional na Beira

O maior partido da oposição moçambicana, Renamo, realiza na próxima semana o seu Conselho Nacional na Beira cidade que é tida como um dos seu bastiões e é um dos municípios do Centro e Norte do País sob sua gestão. Este encontro que se anuncia para Agosto, segundo fontes daquele partido, entre outras matérias irá estudar para quando a realização do seu 5º Congresso que já vem sendo adiado há anos alegadamente por motivos financeiros.
Consta da agenda para este encontro na Beira, a reflexão sobre a realização do 5.º Congresso, preparação das eleições provinciais, o recenseamento, critérios para a selecção dos candidatos, fiscalização das eleições e se o partido vai ou não avançar para coligação com outros. Forçado pela aproximação do pleito eleitoral para formação das assembleias provinciais em todo o país excepto na província Maputo-Cidade, o partido de Afonso Dhlakama vai reunir na Beira, entre 5 e 7 de Agosto. Anuncia-se que deverão tomar parte do evento cerca de mil membros provenientes de todas as suas representações de base a nível do país.
Neste encontro anuncia-se ainda que se irá deliberar exactamente se o congresso será ainda para este ano ou para o próximo, e em que datas. Fontes da organização revelam também que se vai discutir no encontro a estratégia a adoptar nas primeiras eleições provinciais. Segundo Dhlakama as eleições provinciais em termos de estratégia do seu partido são mais urgentes, porque estão próximas, do que a realização do 5.º Congresso, mas segundo ele “será no Conselho Nacional que se irá deliberar” para quando a realização a reunião da mais alta instância da Renamo – o Congresso. O presidente do maior partido da oposição refere que este ano tinham na agenda a realização do Congresso mas, apenas porque o Calcanhar de Aquiles era a logística agora, com as eleições provinciais caberá ao Conselho Nacional deliberar nos dias 5, 6 e 7. Em suma, não há verba para tudo. Ou se investe nas eleições provinciais ou se faz Congresso. É o que se depreende das palavras do líder da perdiz. Afonso Dhlakama anotou também que esta reunião do Conselho Nacional do seu partido na Beira será seguida de “um seminário de capacitação aos representantes provinciais” da Renamo.
Quanto à importância das primeiras eleições provinciais Dhlakama diz que são históricas uma vez que “os governos provinciais serão obrigados a prestar contas aos membros da Renamo, por um lado, e a passar a conviver de perto com a oposição directamente, por outro”. Quanto a adiamentos o presidente da Renamo referiu que “não podem nem devem serem adiadas”. Mas o certo é que o presidente da República, que é também presidente do partido Frelimo, Armando Guebuza, embora a Lei eleitoral diga que o chefe de Estado deve marcar as eleições com 180 dias de antecedência, depois de já o ter feito e cumprindo escrupulosamente esta exigência para 20 de Dezembro, remarcou a semana finda para 16 de Janeiro, violando a Lei que é entretanto omisso sobre quaisquer poderes do PR poder remarcar eleições depois de já o ter feito.
Interrogado quanto ao facto dos doadores não quererem financiar as eleições provinciais, Dhlakama desvaloriza isso e diz que “o problema é do governo”. Responsabiliza o Governo por sempre se ter mostrado “relutante e não disposto a realizar as eleições provinciais” pelo que, consequentemente, “não tem uma rubrica para o financiamento das mesmas”. Os doadores também se recusam a financiar as eleições porque acham que as leis que as regem, se bem que tenham sido revistas pelo parlamento dominado pelo partido presidido por Guebuza, acabaram por voltar a não reconhecer o direito dos observadores nacionais e internacionais poderem estar presentes em todas as circunstâncias de apuramento de resultados, o que é entendido como tendo por trás disso a intenção de se continuar a esconder algo e a não permitir total transparência aos sufrágios.
Afonso Dhlakama entende que “governo não deve estender a mão a doadores internacionais” e muito menos “à última hora”. Embora ainda não pela boca de Dhlakama ou porta-voz com essa incumbência, a Renamo está agora a defender publicamente que não tem nada contra a decisão do presidente da República que alterou de 20 de Dezembro deste ano para 16 de Janeiro de 2008 as eleições provinciais. Defende também, intransigentemente, que estas primeiras eleições se realizem dentro dos prazos exigidos pela Constituição.
Fonte: Canal de Mocambique

Brown tranquiliza Bush

O PRIMEIRO-MINISTRO britânico reafirmou, na véspera de um encontro ontem com o Presidente norte-americano, George W. Bush, que não há qualquer abrandamento nas relações com os Estados Unidos, considerando que esta relação privilegiada pode ser ainda reforçada.

[Jorge Bush, Presidente americano, 'a esquerda]

“É do interesse nacional britânico que a relação com os Estados Unidos seja a nossa relação bilateral mais importante”, recordou Gordon Brown, contradizendo notícias da Imprensa britânica segundo as quais esta relação poderia passar a ser menos estreita que ao tempo do seu antecessor, Tony Blair.


“É uma relação fundada sobre os nossos valores comuns de liberdade, oportunidades (económicas) e de dignidade dos indivíduos”, afirmou Brown, que chegou a Downing Street no final de Junho, numa declaração feita sábado à noite.


“Devido aos valores que partilhamos, a relação com os Estados Unidos é não somente forte como poderá ainda ser reforçada nos próximos anos”. “Da mesma forma que a Grã-Bretanha e os EUA sempre enfrentaram, lado a lado, os grandes desafios mundiais no passado, continuaremos a trabalhar unidos e de maneira muito próxima para enfrentar os grandes desafios mundiais no futuro”, declarou ainda o chefe do Governo britânico.


[Gordon Brown, PM britanico, 'a direita]

Gordon Brown deve voltar a encontrar-se hoje com o Presidente Bush, em Campo David, perto de Washington, após se terem avistado ontem. Tony Blair, que cimentou relações pessoais calorosas com Bush, foi muito criticado por ter sido o principal aliado dos Estados Unidos na guerra no Iraque, a ponto a ser qualificado pelos seus detractores “caniche" do Presidente norte-americano.


A Casa Branca indicou que entre os assuntos a abordar estarão a questão nuclear iraniana, a situação na região sudanesa de Darfour e a protecção dos dois países da ameaça terrorista.
Mas, provavelmente, os assuntos que mais atenção vão ter neste encontro são a situação no Afeganistão e no Iraque, onde a Grã-Bretanha tem 5500 soldados na região de Basra, no sul do país.

A cimeira deverá determinar o futuro da “relação especial” entre os dois países, particularmente notória durante os governos de Blair, que manteve um bom relacionamento político e pessoal com Bush.


O Governo de Brown já referiu que quer manter laços firmes com os Estados Unidos, mas que essas relações não serão tão intensas como durante o período Blair.


Fonte: Noticias

TAÇA DE MOÇAMBIQUE-2007: Candidatos nos quartos-de-final


SEM surpresas. Foi assim como decorreu no pretérito fim-de-semana a primeira e última eliminatória da Fase Zonal da Taça de Moçambique em futebol. Todas as equipas “a prior” apontadas como principais favoritas a seguirem em frente venceram os seus confrontos, transitando, consequentemente para fase final, ou seja, quartos-de-final.

Das seis equipas apuradas cinco são do Moçambola, nomeadamente Costa do Sol, Desportivo, Ferroviário de Maputo, Chingale de Tete e Ferroviário da Beira, o que mostra que os mais fortes não deixaram o seus créditos por mãos alheias.



Dos “gigantes”, as honras vão para o Costa do Sol, líder do Moçambola, que voltou a mostrar estar em grande momento de forma, ao golear a Académica, por 3-0, naquilo que foi o maior destaque desta fase, mais particularmente para a Zona Sul.



O Desportivo, actual detentor da prova, apesar de não ter ganho o Clube de Gaza por números avolumados, cumpriu o seu dever ao vencer por 1-0, resultado que lhe permite continuar a acalentar esperanças em repetir o feito do época passada. Já o Ferroviário de Maputo, outro dos potenciais candidatos a conquistar a segunda maior prova nacional, bateu o Vilankulo FC, por 2-0.



O Atlético Muçulmano, líder do “Nacional” da Divisão de Honra, na Zona Sul, destacou-se não só por ter “carimbado passaporte” para próxima eliminatória, mas também por ter sido a equipa que conseguiu o resultado mais expressivo nas três zonas. Cilindrou o 1º de Maio, por 4-0, e tornou-se igualmente na única equipa da região sul que não actua no Moçambola nos “quartos”.
No centro, e no embate beirense, o Ferroviário da Beira venceu o Benfica de Macúti, por 1-0, no prolongamento após uma igualdade a zero golos no tempo regulamentar. O Chingale de Tete, venceu o Textáfrica, por 4-1, depois de um empate a zero bolas ao fim dos 90 minutos e no prolongamento.



No centro, não se realizou a partida entre Sporting de Quelimane e Desportivo de Chimoio, devido à falta de espaço. O campo do Ferroviário de Quelimane, o único disponível, está a acolher o torneio de futebol dos VIII Jogos Escolares.
Na zona norte, o Sporting de Nampula foi surpreendido em casa pelo Ferroviário de Pemba, perdendo por 1-0, enquanto o Ferroviário de Nampula goleou no seu reduto o Matchedje de Cuamba, por 3-0.



Os vencedores destes vão jogar entre si, em data ainda a anunciar, para se apurar o único representante da região.


Fonte: Noticias

Ainda o incêndio da Catembe: Insegurança prevalece nas outras duas bombas


A BOMBA de combustíveis que pegou fogo no princípio da noite da última sexta-feira no distrito municipal da Catembe, do outro lado da baía de Maputo, era teoricamente a que maior segurança oferecia em termos de localização e de outras medidas. Uma comissão técnica constituída por responsáveis dos diversos serviços sociais, com envolvimento de quatro peritos do Ministério da Energia, está a recolher mais elementos para a determinação das reais causas, cujos resultados deverão ser conhecidos hoje.



Uma das atribuições desta comissão é também de verificar se estão a ser cumpridas todas as medidas preventivas previstas na legislação sobre a instalação das bombas de combustíveis e no final deverá produzir algumas recomendações técnicas para reforçar a segurança e minimizar o impacto em casos idênticos.



Este grupo encontra algumas dificuldades na recolha de informações, uma vez que o respectivo proprietário, Gulamo Jamal, não se encontra no país, estando a contar apenas com a colaboração de um dos trabalhadores.



Algumas das informações que se pretende apurar é saber se a instalação está ou não assegurada. O fogo atingiu dois depósitos de oito mil litros cada e um outro com capacidade para quatro mil litros, mas que na altura do incêndio continha apenas mil. Ficaram também destruídos incalculáveis bens de terceiros, como motorizadas, entre outros, que haviam achado na bomba um lugar seguro para guardá-los.



De acordo com o vereador municipal afecto ao distrito da Catembe, Luís Matsinhe, as outras duas bombas que continuam a operar na mesma área apresentam maior vulnerabilidade a qualquer tipo de acidente, comparadas com as condições de segurança que a outra apresentava.
Conforme disse, a bomba que se situa mesmo na entrada da ponte da travessia Catembe/Maputo é a que maiores danos causaria em caso de incêndio, pois tem a maior concentração de botijas de gás nos seus armazéns. Aliás, este factor é apontado como tendo contribuído bastante para a propagação das chamas no incêndio da última sexta-feira, apesar de, felizmente, não ter causado perda de vidas humanas, salvo três feridos entre os trabalhadores, que contraíram queimaduras em diversas partes do corpo.



Dois dos três feridos foram evacuados para o Hospital Central de Maputo, onde estão ainda a merecer um acompanhamento directo. O considerado mais grave, Francisco Pedro, que, segundo informação médica, teve queimaduras a 30 porcento do corpo, trabalhava como bombeiro na altura em que se deu o incidente, enquanto que Arrão Flo era um agente de segurança, também em serviço no mesmo local.



O terceiro ferido é um operador de computadores, Milagre Tembe, o único que se considera ter sofrido ferimentos ligeiros em consequência das queimaduras, encontrando-se a receber assistência ambulatória no centro de Saúde local.


Fonte: Noticias

Malária desencoraja investimentos

OS casos de malária, particularmente em zonas endémicas, são algumas das razões que ditam a falta de investimentos nessas áreas, segundo indicam estudos realizados nalguns pontos do país e que foram apresentados à comunicação social por Elizabeth Streat, num seminário subordinado ao tema “Os Novos Desafios Representados pela Malária”, promovido pela Malária Consortium.
Segundo a fonte, as zonas com maiores atracções turísticas e que sejam ao mesmo tempo, endémicas são preteridas pelos turistas, devido ao receio das picadas dos mosquitos, vectores do parasita que provoca malária. Para sustentar as suas declarações, Elizabeth Streat disse que um inquérito realizado em 2000 em lugares turísticos mostrou que a malária foi motivo de ausência de visita de turistas, em cerca de 40 porcento.

Sofala regista bons níveis de crescimento económico

A PROVÍNCIA de Sofala vem registando níveis significativos de crescimento económico, com uma participação activa do sector industrial, dos transportes e serviços de agricultura e de construção, não obstante o facto de a região ser ciclicamente afectada pelos fenómenos naturais, como cheias, ciclones e estiagem. Estes desastres têm provocado vários danos nas famílias e aos demais empreendimentos sociais e económicas.



Segundo Antónia Charre, representante do Governo provincial ao V Conselho Coordenador do Ministério da Indústria e Comércio realizado recentemente no povoado de Nhandanga, no distrito de Nhamatanda, contribuem para este crescimento o sector público na edificação de infra-estruturas vitais para o desenvolvimento das actividades económicas nas zonas rurais e do sector privado.



“São resultados visíveis da implementação da estratégia global da reforma do sector público, mais concretamente no que diz respeito à simplificação de procedimentos administrativos e de licenciamento das actividades económicas, o que tem trazido um ambiente cada vez mais favorável para o investimento de nacionais e estrangeiros”, disse Antónia Charre, para quem a simplificação de procedimentos permite a redução do tempo para licenciamento de qualquer actividade, chegando mesmo a demorar apenas um dia.



Acrescentou que o Governo continua a trabalhar com as empresas de manufactura para beneficiarem de isenção de direitos na importação de matérias-primas e foram estabelecidos os balcões únicos, para além de aproximar várias empresas aos potenciais compradores nacionais, por forma a colocarem os seus produtos com maior facilidade.



Ainda sobre o apoio ao empresariado, o Ministro da Indústria e Comércio, António Fernando, disse que foi feita a operacionalização de linhas de crédito para o apoio às fábricas de descasque da castanha de caju e atribuídos equipamentos de trabalho para as unidades de dimensão média no ramo da agricultura. Foram igualmente disponibilizados os armazéns do Instituto de Cereais de Moçambique a agentes económicos locais.



Fonte: Noticias

Obras do Zambeze: Japão financia projectos sociais

O GOVERNO do Japão já desembolsou cerca de nove milhões de dólares norte-americanos para a concretização de diferentes projectos sociais nas regiões de Caia, em Sofala, e Chimuara, na Zambézia, no âmbito da construção da ponte sobre o rio Zambeze. Integrada na mesma componente, decorre igualmente a finalização das discussões entre o gabinete de implementação daquele empreendimento e alguns investidores suecos para a libertação de mais fundos em valores entretanto não revelados.



De acordo com o representante do Estado moçambicano naquele megaprojecto, Elias Paulo, os projectos a beneficiar aquelas comunidades ribeirinhas do grande Zambeze foram identificados em coordenação com o grupo-alvo representado pelos respectivos Conselhos Consultivos Distritais de Caia e Mopeia, incluindo os Governos provinciais de Sofala e Zambézia. Com efeito, acaba de ser lançado um concurso público nacional para a consultoria das actividades, havendo uma positiva manifestação de interesse dos especialistas interessados neste assunto cujo acto vai decorrer num período de 90 dias.

Depois disso, segue-se imediatamente o lançamento de um concurso público para a adjudicação das obras previstas a serem concluídas até finais do primeiro semestre do próximo ano. “Agora estamos na fase final para o início das actividades programadas”, sublinhou o director do Gabinete do Projecto de Construção da Ponte sobre o rio Zambeze. Basicamente, são projectos considerados prioritários pelas próprias comunidades beneficiárias, nomeadamente o abastecimento de água potável, melhoramento das unidades sanitárias, construção de residências para os funcionários deste sector público, mitigação do impacto negativo de HIV/SIDA, aumento da renda familiar e ordenamento territorial. Para além disso, a iniciativa inclui ainda a construção de mercados.

Numa primeira fase, o fundo injectado pelo Japão será aplicado na reabilitação e expansão do sistema de abastecimento de água para consumo, melhoramento do Centro de Saúde e a construção de um mercado na vila de Caia. Em Chimuara, no distrito de Mopeia, o mesmo valor vai servir na construção de um posto de Saúde, maternidade, residência para o respectivo pessoal clínico e ordenamento territorial. Conforme está programado, o mesmo dinheiro se destina igualmente à execução das obras das instalações do Gabinete do Projecto Construção da Ponte sobre o Zambeze e a aquisição de alguns meios circulantes para o empreendimento.
Enquanto isso, o Governo sueco financiou dois importantes estudos sobre o diagnóstico da situação de prevenção do HIV/SIDA incluindo outras doenças endémicas, para além de outros projectos de desenvolvimento a serem implementados pelas comunidades locais com vista a reduzir todos os efeitos negativos que, eventualmente, possam resultar da construção daquela obra de arte. Deste modo, pretende-se essencialmente que sejam criadas actividades sustentáveis para as comunidades circunvizinhas das duas margens daquele curso de água, no âmbito de combate à pobreza absoluta. Com efeito, uma missão da Embaixada da Suécia esteve recentemente no terreno para posteriormente desenhar os projectos recomendados neste estudo.

Fonte: Noticias

Nos estabelecimentos de ensino no país: Meta de passagem é 100 porcento

Ministro da Educação e Cultura, Bonifácio Aires Ali, em entrevista ao “Notícias”, debruça-se sobre o novo currículo, dissipa dúvidas e receios




O MINISTRO da Educação e Cultura, Bonifácio Aires Ali, esclarece e reafirma que a meta de passagem nos estabelecimentos de ensino no nosso país é de 100 porcento. “Não há mínimo “ – sublinhou aquele governante, aludindo que o professor deve trabalhar para atingir aquele nível de aprovações. “Nenhum professor deve começar o ano lectivo a pensar que vai fazer passar, pelo menos, 50 porcento de alunos. Isso está errado. Porque qualquer pai, quando leva o seu filho à escola, quer que ele passe de classe” – acrescentou.




Bonifácio Aires Ali ['a direita] fez aquele pronunciamento, num exclusivo ao “Notícias”, no qual ele detalha sobre duas pesquisas separadas realizadas recentemente, que apontam para uma preocupante baixa de qualidade dos alunos das escolas moçambicanas, sobretudo os do ensino primário do primeiro e segundo ciclos.




O ministro da Educação e Cultura respondeu a várias questões efectuadas por leitores do “Notícias” o (Ancha de Carla Mazuze, Admiro Agostinho, Gustavo Nhavene, Jaime Matlombe, Marisa Chilengue, Laura Ananias, Jacob Cossa, Albertina Marcos, Bernardo Jaime e vários outros) residentes nos diferentes bairros da cidade de Maputo, tendo avançado que será desenvolvido um trabalho, ainda este ano, visando explicar a essência do novo currículo.
Um dos referidos estudos foi compilado pelo Consórcio da África Austral para a Monitoria da Qualidade de Ensino (Southern africa Consortium for Monitoring Educational Quality, SAMEQ).




Levada a cabo em alguns países da região, incluindo Moçambique, a pesquisa dá conta que concluído o primeiro ciclo do ensino primário, 74.6 porcento dos alunos apresentam grandes lacunas na leitura de frases simples. Pais e encarregados de educação responsabilizam o MEC por este facto, porque esta instituição introduziu em 2004 um novo currículo escolar prevendo passagens semiautomáticas.




Há alguns estudos que demonstram que reprovar o aluno não traz nenhuma vantagem, pois isso atrasa a vida do estudante por um ano e diminui a sua auto-estima, promovendo a desistência escolar e o abandono das aulas. No entanto, se erguem também vozes que defendem que as passagens semiautomáticas no ensino primário promovem a preguiça e desinteresse, quer da parte dos professores, que não se preocupam em preparar as lições, quer da parte dos próprios alunos, que sabem, “a priori”, que vão passar de classe, sem nenhuma condição, não se esforçando, por isso, em saber um pouco mais.Inserimos a entrevista completa de Bonifácio Aires Ali, na página dois da presente edição, rubrica “ O cidadão quer saber”.




Fonte: Noticias

domingo, 29 de julho de 2007

Anistia acusa empresas de web de conivência com censura

Blogueiro egípcio foi preso por insultar o Islã e o presidente do Egito A Anistia Internacional advertiu nesta quarta-feira que a Internet pode "se tornar irreconhecível", a menos que se tome uma ação contra o que chamou de "erosão da liberdade online".Com base no último relatório da Open Net Initiative, um site criado por acadêmicos das universidades de Toronto, Harvard Law School, Cambridge e Oxford, a Anistia acusou empresas como Google, Microsoft e Yahoo! de serem coniventes com a censura.



O relatório cita o caso da China, que teria se aproveitado da sua posição de "mercado em expansão" para conseguir o apoio de gigantes da Internet para restringir as buscas e navegações de internautas chineses na web.O estudo detalha que, em janeiro de 2006, o Google concordou em oferecer uma versão censurada de seu mecanismo de busca para obter autorização para operar na China.Um mês depois, o Yahoo! expressou sua "profunda preocupação" diante de países que desejam impor censura na Internet, mas depois foi revelado que a empresa havia liberado informações para autoridades chinesas, levando à condenação, em 2003, do dissidente Li Zhi a oito anos de prisão.
Dois anos depois o repórter Shi Tao foi condenado a dez anos de prisão. Documentos divulgados pela Justiça chinesa provaram, posteriormente, o envolvimento do Yahoo! nos dois casos.O alerta da Anistia antecipa os resultados que serão apresentados nesta quarta-feira em uma conferência organizada pela ONG de defesa dos direitos humanos em Londres, em que vítimas da repressão online poderão expor suas experiências.Para Tim Hancock, diretor da Anistia, "o modelo chinês, que estimula o crescimento econômico, mas proíbe a liberdade de expressão, está crescendo em popularidade entre dezenas de países que bloqueiam sites e prendem blogueiros".
"A menos que tomemos uma atitude agora, a Internet pode ser tornar irreconhecível¿, disse ele. Motivações políticasAinda segundo a Open Net Initiative, pelo menos 25 países estão usando filtros na Internet, como Azerbaijão, Barein, Mianmar, Etiópia, Marrocos e Arábia Saudita. O Brasil não foi citado no relatório.Os filtros são apenas um dos aspectos da repressão na Internet, diz a Anistia. Segundo a ONG, websites e cibercafes estão sendo fechados por "motivações políticas".
O blogueiro egípcio Abdul Kareem Nabell Suleiman, de 22 anos, foi condenado a quatro anos de prisão por insultar o Islã e difamar o presidente do Egito.A conferência da Anistia Internacional contará com celebridades do mundo da Internet, como o fundador da Wikipedia, Jimmy Wales.O evento marca o primeiro aniversário do website irrepressible.info, que está sendo relançado para se tornar um canal de informação para os interessados no futuro da liberdade na Internet.
Fonte:Reuters/BBC Brasil

Bispos da África Austral exigem boa governação

Os bispos da Associação Inter-regional da África Austral (Imbisa) consideraram `inadmissível´ a pobreza nos seus países, visto que alguns são potencialmente ricos em recursos naturais, defendendo que o seu desenvolvimento passa pela boa governação.

Os prelados, reunidos de 21 a 25 de Julho em Luanda, disseram numa mensagem dirigida `ao povo de Deus da região´ que tanto dentro da igreja como fora dela o desenvolvimento pela boa governação constitui um compromisso obrigatório para todos os responsáveis.`Na igreja, o desenvolvimento identifica-se com a procura de auto- suficiência em recursos humanos e materiais para as dioceses e paróquias.
Fora dela, o desenvolvimento que deve ser antes de mais humano, inclui o crescimento em recursos materiais, para que o país resolva, por si mesmo, os seus respectivos problemas´, lê-se na mensagem.Sublinharam que nenhum governante deve ignorar o povo como verdadeiro proprietário da fazenda pública ou património nacional, habitualmente representado pelo Estado.`O governante, tanto civil como eclesiástico, não é dono, é administrador dos bens da comunidade.
Por isso, na gestão do património, todo o governante é obrigado a agir segundo as leis´, sublinha a mensagem.Os bispos consideram que a governação, para ser boa, inclui a transparência consubstanciada numa contabilidade credível e séria prestação de contas.Os eclesiásticos defendem que os cargos devem ser confiados aos mais competentes e não aos mais amigos, porque um governante, como um funcionário pago com o dinheiro do povo, deve considerar-se empregado do mesmo povo. Por isso, lembram, o governante deve servir o povo com respeito e não com altivez.
Durante o encontro, o bispo angolano Gabriel Mbiling foi eleito ao cargo de presidente da Imbisa para um mandato de três anos. Gabriel Mbilingi terá como adjunto Frank Nubuasah, da Conferência Episcopal do Botswana, enquanto o bispo zimbabweano Martines Angelo Floro foi eleito secretário-geral.Os bispos da África Austral visitaram, durante a sua estada, a localidade do Soyo na província do Zaire (norte de Angola), local onde teve inicio a evangelização na África Austral.

Fonte: Panapress

sábado, 28 de julho de 2007

SERENAS

Serenas águas do Índico
emprestam o sabor aos olhos;
mastigam vozes que teimam mostrar
as infinitas orlas que ondulm e se retem
P'ra chincar seu carpido perto de mim.



Vejo e toco esse labeio mareno;
uma paisagem a gerar e parar
que nem um mirone se pre-dispoe
que nem o veste da humidade latente
Que se captura em imagem firme e rente
do seu leito.



Mas tudo finca contagiante, andante
num mar como este que se debruça à nu;
esteira e estepe posta à costa
volvendo onde, enfim, se esperneia e ateia
a vontade fogosa de sempre o ver.


(Jito_Pemba 30/2/2007)

Confirmada nocividade: MISAU desaconselha uso de pasta “Colgate”


OS Ministérios da Saúde e da Indústria e Comércio alertam a população para não comprar e muito menos utilizar a pasta dentífrica da marca “Colgate Maximum Cavity Protection”, aparentemente fabricada na República da África do Sul e que não tem autorização para comercialização no país. Das análises feitas a este detergente, verificou-se, entre outras anomalias, contém uma substância química chamada Dietileno Glicol, que é nociva à saúde das pessoas.


De acordo com um comunicado conjunto assinado pelos ministros da Saúde, Ivo Garrido, e da Indústria e Comércio, António Fernando, para além da presença desta substância, as referidas pastas ostentam prazos de validade viciados, tais como 32/07/2007 e 34/06/2008, datas que não existem no nosso calendário.

Mais ainda, as informações contidas no tubo da pasta dentífrica não condizem com as que estão na embalagem exterior, facto que só por si leva a concluir que está-se perante um produto contrafeito, cuja utilização poderá colocar em risco a saúde das pessoas.

Preocupados com o bem-estar e com a saúde do povo, aponta ainda o comunicado, o Ministério da Saúde e o Ministério da Indústria e Comércio determinam que “até novas orientações, é interdita a venda das pastas dentífricas da marca Colgate Maximum Cavity Protection e que sejam retiradas da circulação em todos os estabelecimentos comerciais do país”.

A mesma nota refere ainda que estas medidas foram tomadas depois que o Governo moçambicano, através daquelas duas instituições, recebeu informações sobre a circulação no país de uma pasta com esta marca Colgate Maximum Cavity Protection, com características que podem perigar a saúde das pessoas.

Entretanto, antes de recebermos o comunicado conjunto, soubéramos que as autoridades moçambicanas reuniram-se ontem com os representantes da marca “Colgate” no país sobre a matéria, tendo estes reconhecido a ocorrência do problema e mostraram-se dispostos a colaborar.

Martinho Djedje, director nacional adjunto para a área dos Recursos Humanos e porta-voz do Ministério da Saúde, disse que o sector tomou conhecimento da circulação no mercado de produtos contrafeitos daquela marca e verificados todos os detalhes que deixam suspeitas claras, decidiu-se pela sua retirada do mercado e, mais tarde, confirmou-se, através de análises laboratoriais, a existência de substâncias nocivas.

“No encontro que tivemos com os representantes da marca na manhã de ontem, estes admitiram existir no mercado pasta dentífrica contrafeita, à semelhança do que já foi detectado em muitos países”, disse Djedje.
Fonte: Notícias

Sorteio das meias-finais da Taça COSAFA/Castle: Adversário dos `Mambas´ conhecido fim-de-semana 2007/07/27

O adversário dos `Mambas´ nas meias-finais da Taça Castle vai ser conhecido fim-de-semana, mais concretamente no domingo, altura em que vai ser realizado o sorteio dessa fase da prova logo a seguir ao término do último jogo do Grupo `C´, a ser disputado no Gaberone Stadium.


O secretário-geral da Federação Moçambicana de Futebol, Filipe Johane, segue amanhã para a capital tswana, onde vai assistir, domingo, ao sorteio das meias-finais, havendo muita expectativa da parte de todos os moçambicanos em volta desta cerimónia, até porque dela vai-se saber se Moçambique será eleito para acolher as meias-finais, depois de ter sido um dos três países que receberam os quartos-de-final.


A confirmar-se a escolha do nosso país, os `Mambas´, que não perdem há seis jogos na Machava, terão mais possibilidades de manter a invencibilidade e transitarem para a final da prova, o que possibilitaria o melhoramento do actual 86º lugar no `ranking´ da FIFA. Para além de Moçambique, estão igualmente qualificadas para as meias-finais a Zâmbia, na qualidade de detentora do trofeu, e a África do Sul, que venceu o Grupo `B´, disputado na Suazilândia. Deste modo, as selecções que a partir de amanhã se batem pela última vaga das meias-finais são Angola, Lesotho, Botswana e Namíbia.

Fonte: Noticias

Dom Bosco abre as portas este ano

AS futuras instalações do Instituto de Formação Dom Bosco, em construção na ex-Maquinag, bairro Luís Cabral, cidade de Maputo, serão inauguradas ainda este ano.


A sua função será formar formadores e gestores das instituições de educação profissional. A edificação do empreendimento acontece no âmbito do acordo assinado em 2006, entre o Ministério da Educação e Cultura e a Sociedade Salesiana em Moçambique.
O referido acordo privilegia a melhoria da qualidade da educação profissional e conta com um investimento total de dois milhões de dólares. A Sociedade Salesiana em Moçambique está a intervir na ampliação das infra-estruturas da escola de Moamba, num montante orçado em 960 mil dólares e está a adaptar a actual Comercial da Lhanguene e a dotar de equipamento as escolas de Ngaúma e Ilha de Moçambique. Estas acções têm como suporte o Programa Integrado da Reforma da Educação Profissional (PIREP), lançado o ano passado pelo Presidente da República.
Fonte: Noticias

Mirones e quadros da EDM após o assalto Bandidos voltam à Machava

CINCO gatunos armados com pistolas assaltaram, pouco depois das 13.00 horas de ontem, o posto de cobrança da Electricidade de Moçambique (EDM), localizado na Avenida Lurdes Mutola, perto da esquina com a Josina Machel, no Bairro da Machava, em Maputo e tiraram todo dinheiro existente. No início do mês, três assaltantes invadiram a dependência do Banco Austral, a cerca de 300 metros, e apoderaram-se de mais de um milhão de meticais.


O assalto deu-se na altura em que os quatro funcionários preparavam a interrupção do funcionamento do estabelecimento para o almoço, pelo que aos clientes já não eram permitidos entrar. A loja mantinha-se ainda em funcionamento devido à obrigatoriedade de atender os três utentes que até às 13:30 horas se encontravam no interior a cumprir a fila. Nessa altura, um cidadão fez-se à entrada da loja, exigindo ao vigilante da Siner Segurança em serviço no local, Aurélio Montanha, que lhe deixasse entrar para pagar a sua factura. Ao suposto cliente foi dito que o posto já tinha interrompido o atendimento, pelo que não seria possível entrar.


O segurança contou-nos que o sujeito manteve-se junto à entrada até que a porta foi aberta para deixar sair uma das três clientes, que continuava dentro. Segundo o agente Montanha, foi nessa altura em que o bandido golpeou-lhe com uma coronhada da arma que trazia escondida, atingindo-lhe violentamente na zona da nunca. Perdeu os sentidos. Caiu e apareceram mais quatro homens com pistolas em punho. Passaram por ele, já imobilizado, e entraram no estabelecimento, mas antes tiraram a arma do agente.

Uma vez dentro, os cinco bandidos tomaram conta da loja ao ameaçar de morte os quatro funcionários. Dividiram-se em partes, realizando trabalhos específicos. Uns foram tirar todo o dinheiro das caixas de cobrança, referente à receita do dia e outros procuraram o equipamento de vigilância electrónica. Levaram o vídeo, que grava as imagens enviadas pelas câmaras montadas na loja, segundo Óscar Mauai, responsável pela área comercial da EDM na província do Maputo.Até ao fecho da presente edição, desconhecia-se o valor roubado, tendo Óscar Mauai justificado que ainda se estava a trabalhar no sentido de se saber o total da quantia tirada pelo gatunos.


O estabelecimento da EDM fica a cerca de 300 metros da dependência do Banco Austral assaltada a 2 deste Julho por três bandidos armados de “AKM`s” arrancadas minutos antes a agentes da Polícia e a menos de cinco minutos de uma esquadra policial. Tanto a Polícia da República de Moçambique, como a equipa de reacção da Siner Segurança, chegaram ao local depois dos bandidos terem saído para parte incerta.

Fonte: Jornal Notícias

Mozambique: Agriculture Input Fairs - a Chance to "Live in Dignity"

Despite a chain of misfortunes, 75-year-old Gonçalves Mandlate faithfully works his plot soon after sunrise each day, hoping that his life, and those of the five grandchildren who live with him, will improve. Their standard of living is miserable. All six live crammed into a reed shack that is divided inside by a coarse, sack-like curtain. The space for the bedroom is completely occupied by a reed mat that they sleep on, under a ragged mosquito net. In the other half of the room the family sits to eat on the sandy floor among rusty pots and worn out shoes. There is no running water, no electricity and no latrine.


Recently, thieves stole Mandlate's prize possessions: a hoe, a watering can and his radio. But even then he did not give up farming. "I improvised. I used this to water the plots," Mandlate says, holding up a five-litre water carrier with its spout cut off. "I used my hands instead of a hoe. It took me longer to farm the land each day, but I managed."

There is no trace of self pity in this account, perhaps because Mandlate -- a widower for the past 20 years -- has become accustomed to hardship. As a child, he had to drop out of school to herd his family's livestock. Then he had to endure Mozambique's 16-year civil war that ended in 1992 after taking hundreds of thousands of lives and severely disrupting agricultural production. Mandlate has also lost crops due to frequent droughts and during the devastating floods of 2000.
Three of his six children died due to different illnesses. And three years ago he took on responsibility for the five grandchildren when his son, a bricklayer, left with his wife to take a job in neighbouring Gaza province. "The children were registered in school here," says Mandlate. "I'm not sure when their father and mother will be back."

However, in April this year Mandlate had a welcome boost. He and about 2,250 other farmers in the so-called Zonas Verdes ("Green Zones", in Portuguese) around the capital of Maputo benefitted from an "Input Trade Fair".

The fairs are part of a national programme implemented by the Ministry of Agriculture with support from the United Nations Food and Agriculture Organisation, donor agencies and international non-governmental organisations, whereby vouchers with a cash value are distributed to farmers most in need of assistance instead of giving them kits of seeds and tools.
The beneficiaries can spend the vouchers only during a fair, purchasing agricultural supplies of their choice from local companies which then cash in their vouchers the same day. "The agricultural kits that were given before came from companies in foreign countries," says Laurence Hendrickx, a representative of the Flanders International Co-operation Agency, a Flemish governmental body which supports the programme.

"It is an intervention that is somewhere between emergency and development The government gives the means to farmers in need of assistance to produce food for the coming year, and moreover food that they choose -- and at the same time stimulates the local economy by (facilitating) buying from local companies."

The hope is that obliging farmers to support the local economy will strengthen it for years to come, enabling the immediate development gains of aid to be sustainable over the long term.
The fair that Mandlate attended "was a big success," says Simao Niquisse, the head of the technical department in the Ministry of Agriculture.

"There is more transparency with the fairs than with food distributions because they are so well planned. We work closely with the agricultural associations and community leaders who identify the beneficiaries who are most in need. The farmers have a choice of quality agricultural inputs at their doorstep."

Hendrickx, who has visited several of the agricultural input fairs, says they have become lively events, with many members of the community drawn to participate: "One group of women in Gaza province, for example, borrowed money from the bank to hire a truck to follow the fairs held across the country so they could sell their groundnuts."

She adds that another important aspect is the HIV/AIDS awareness activities that take place at the fairs. An estimated 16.6 per cent of Mozambique's population aged between 15 and 59 years is now infected with HIV, according to government -- and AIDS has taken a toll on agricultural production.

"The fairs usually have street theatre groups to make people aware of HIV/AIDS, and the people love them. It's a great opportunity for these awareness activities because is not often that there is an event when you have such a large gathering," notes Hendrickx.

Tens of thousands of farmers in the flood or drought affected provinces have now benefited from the project, which was first extended nationally in 2003, and hundreds of thousands of dollars are estimated to have been pumped into the local economy as a result.
Fonte: Inter Press Service (Johannesburg)

Mozambique: Guebuza to Speak At Commonwealth Business Forum

Mozambican President Armando Guebuza on Friday accepted an invitation from the Commonwealth Business Council (CBC) to speak at the opening of the Commonwealth Business Forum to be held in November in Kampala.

Guebuza received the invitation from the CBC director general Mohan Kaul, who is currently touring southern Africa According to a CBC source, during Kaul's meeting with Guebuza, the two men "also discussed trade and investment issues, how to increase trade, and how to improve the business climate in the region".

Kaul's message was that Africa must make more progress in becoming internationally competitive, if it is to increase its share of world trade from the current figure of just 1.5 per cent The CBC was set up by Commonwealth heads of government in 1997. It describes its goal as "to achieve economic empowerment for shared global prosperity through the enhancement of private sector contribution to social and economic development".

Fonte: AIM (Maputo)

Arnaut contra relutância da UE em apoiar eleições provinciais

O presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades de Portugal da Assembleia da República, José Luís Arnaut, insurgiu-se ontem contra a alegada recusa da comunidade internacional em apoiar as eleições das Assembleias Provinciais em Moçambique.

Nos últimos dias, têm-se multiplicado em Maputo informações dando conta da indisponibilidade da comunidade doadora, principalmente da União Europeia (UE), em apoiar as primeiras eleições das Assembleias Provinciais, alegadamente por serem `inoportunas´ e pela falta de garantias na lei eleitoral de uma participação plena dos observadores na fiscalização do processo. A suposta inutilidade das eleições provinciais, pelo menos este ano, tem a ver com o facto de estarem também agendadas para 2008 as terceiras eleições autárquicas moçambicanas, que, para a comunidade internacional, podiam ser realizadas em simultâneo com as das assembleias provinciais, e estarem também marcadas as gerais (parlamentares e presidenciais) para 2009.
Falando hoje à imprensa em Maputo, após um encontro da delegação da Rede de Parlamentares do Banco Mundial, da qual faz parte, o deputado português disse que é `obrigação´ da comunidade internacional `ajudar Moçambique no aprofundamento do seu processo democrático´. `Não faz sentido que a União Europeia fale da necessidade de aprofundar a democracia nos seus parceiros africanos e depois coloque dificuldades no apoio a esse processo´, sublinhou José Luís Arnaut. Arnaut apontou que a mobilização financeira que o governo moçambicano está a tentar fazer junto da comunidade internacional para apoiar as eleições provinciais deve ser imputada ao `custo da democracia´, sendo, por isso, dever de todos comparticipar nesse esforço.
O Governo moçambicano tem disponíveis apenas cerca de nove milhões de euros, dependendo agora de apoios externos para o financiamento de cerca de 25 milhões de euros para suportar o processo das eleições das assembleias provinciais. A delegação da Rede dos Parlamentares do Banco Mundial, composta por 12 deputados de todos os continentes, terminou hoje uma visita de quatro dias, que vinha decorrendo desde 22 deste mês. A Rede de Parlamentares do Banco Mundial é uma plataforma que congrega mais de 1.000 parlamentares de 110 países, que têm como um dos seus maiores objectivos fortalecer a prestação de contas e transparência do Banco Mundial.
fonte: Noticias lusofonas/Noticias/2007/07/27

Depósitos de combustível em chamas na Catembe desde cerca das 18h(act)2007/07/27 - 18:56


Bombas de gasolina da TOTAL em Catembe incendiaram-se quando o camião-cisterna estava a abastecer as bombas.

Visto de Maputo, às 19h30m.
O acesso dos bombeiros é limitado e só pode fazer-se por ferry-boat, tendo pelo menos um carro sido transportado de Maputo para o local.O fogo ficou extinto depois de arderem 4 depósitos (2 de gasolina, um de gasóleo e um de petróleo. Registaram-se 5 feridos, um dos quais em estado grave. As bombas situam-se junto à saída do cais onde atracam os barcos que fazem a carreira para Maputo.

fonte: STV/Observação Directa

ESTES TIPOS JÁ NÃO MUDAM MESMO


Eles comem tudo, eles comem tudo..!

Depois de ter deixadoo BCI-Fomento e vendido as suas acções ao Grupo Insitec, o antigo ministro das Finanças, Abdul Magid Osman, entra nova aventura de negócios. No início do presente mês, o antigo governante participou na criação de uma nova instituição designada Epsilon Investimentos SA, cujo objectivo é o de adquirir acções noutras empresas para sua revenda a posteriori com o fito de obter lucros mais altos.
Abdul Osman, que acaba de largar o BCIFomento aonde era PCA, será o futuro PCA da nova sociedade, criada em conjunto com a South African Faheem Tayob e um moçambicano nascido na Guiné-Bissau, de nome Arnaldo Joaquim Lopes Pereira, engenheiro, 60 anos, membro do Conselho de Administração da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), instituição de Graça Simbine Machel.
Fazem também parte do Conselho de Administração da Epsilon duas instituições nacionais: o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) e os Aeroportos de Moçambique.Com Faheem Tayob está também Vitória Dias Diogo, presidente da Alta Autoridade da Função Pública e irmã da Primeira Ministra Luísa Diogo; Ângelo António Macuacua, vice-reitor da Universidade Eduardo Mondlane; Moisés Rafael Massinga, industrial na área da Pesca e accionista da Ripple Fish MozambiqueLda (ex-Unagi Mozambique) e na Mavimbi Lda, de que é igualmente sócio Armando Guebuza, presidenteda República.
Américo Magaia (FACIM) tem assento no Conselho de Administração em representação de MalangatanaValente Ngwenya.Abdul Carimo Mohamed Issa, um muçulmano moderado, Sunni, advogado de 43 anos de idade e antigo porta-voz da Assembleia da República e presentemente membro do Conselho de administração da FDC, igualmente accionista em várias empresas, será o Presidente do Conselho Fiscal da Epsilon.
Fonte: O OBSERVADOR

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Mia Couto nega existência de uma identidade cultural

Mia Couto, explicou numa palestra, em Maputo, que nunca se pode pensar que existe uma identidade cultural que seja tipicamente moçambicana porque, por sua natureza, as identidades são de carácter dinâmico e sempre há espaço para diversas manifestações culturais de um povo.

`As identidades são sempre múltiplas, quase sempre são misturadas. Não devemos ter medo de as misturar e não devemos estar à procura de pureza quando falamos de identidades´. Esta intervenção vem numa altura em que se fala de crise de identidade cultural em Moçambique. Quando se entra no campo da música, a velha geração procura quase sempre reduzir a actual produção musical à insignificância.

Mia Couto afirma que não existe identidade, mas sim identidades, afirmação que nos remete à sua obra ´Cada Homem é uma Raça´, de 1990, em que João Passarinheiro, personagem principal, é inquirido por um polícia que o pergunta: qual é a sua raça? Ao que Passarinheiro responde simplesmente que `a minha raça sou eu mesmo. A pessoa humana é uma identidade individual. Cada homem é uma raça, senhor polícia´.

Afirma que as identidades são sempre híbridas. Quando se diz que sou moçambicano, sou desta etnia, por exemplo, não existe alguém que seja só puramente dessa etnia, cultura ou nacionalidade, do ponto de vista de definição de cultura, daquilo que é a marca de uma cultura como sinal de identidade moçambicana. `Somos produto de várias misturas que se foram fazendo, e ainda bem que ninguém é puro, porque é em nome da pureza que quase sempre se fizeram os massacres, as exclusões dos outros. Existem identidades, mas elas não são estáticas. A identidade é uma coisa que muda no tempo, dentro de nós próprios e, portanto, não é uma verdade pura e imutável´. `A identidade de um povo é feita por um somatório de identidades individuais, colectivas, religiosa, de grupos, de raças, etc. É muito difícil dizer que um moçambicano é assim religiosamente. Um moçambicano é católico? Muçulmano? Tem religião dos antepassados? Ou é tudo isso misturado? A ideia é que a identidade é uma moldura, mas essa moldura tem que dar espaço a diversidades. Portanto, quando falamos de uma identidade temos que falar sempre no plural, porque se estou à procura de uma identidade pura vou cair sempre no erro´.

`No que concerne a música, esta passa por este mesmo cozinhado; é uma sopa que se faz, que tem raízes e que se devem encontrar com a terra, com as tradições, com o passado, com tradições, e depois a maneira como se cria um caldo cultural em que as coisas são capazes de se misturar´. `Os grandes povos que são exportadores de música fizeram isso muito bem. O Brasil, por exemplo, é um país de exportação de música de grande qualidade, fez isso porque foi capaz de misturar coisas diferentes; Cabo Verde é outro exemplo, é um país que exporta música de grande qualidade, porque se tornou uma espécie de uma misturadora´. `Acho que tem que existir espaço para todos os géneros musicais e é preciso criar várias `escolas musicais´ dentro do país. Alguns deles por serem nossos e porque temos originalidade, sabemos que têm o carimbo moçambicano, e a marrabenta é um desses ritmos que tem toda a condição para sair de Moçambique e impor-se no mundo. Implica que alguém tem que trabalhar na qualidade, numa condição de saber que lá fora isso tem que ser vestido de uma certa maneira´, salientou.


fonte: O País

Angola24Horas

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